www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
|
NÚMEROS 14 1 Então toda a congregação levantou
a voz e gritou; e o povo chorou naquela noite. 2 E todos os filhos de Israel
murmuraram contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse: Antes tivéssemos
morrido na terra do Egito, ou tivéssemos morrido neste deserto! 3 Por que nos traz o Senhor a esta
terra para cairmos à espada? Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por
presa. Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? 4 E diziam uns aos outros:
Constituamos um por chefe o voltemos para o Egito. 5 Então Moisés e Arão caíram com os
rostos por terra perante toda a assembléia da
congregação dos filhos de Israel. 6 E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné,
que eram dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes; 7 e falaram a toda a congregação
dos filhos de Israel, dizendo: A terra, pela qual passamos para a espiar, é
terra muitíssimo boa. 8 Se o Senhor se agradar de nós,
então nos introduzirá nesta terra e no-la dará;
terra que mana leite e mel. 9 Tão somente não sejais rebeldes
contra o Senhor, e não temais o povo desta terra, porquanto são eles nosso
pão. Retirou-se deles a sua defesa, e o Senhor está conosco; não os temais. 10 Mas toda a congregação disse que
fossem apedrejados. Nisso a glória do Senhor apareceu na tenda da revelação a
todos os filhos de Israel. 11 Disse então o Senhor a Moisés:
Até quando me desprezará este povo e até quando não crerá em mim, apesar de
todos os sinais que tenho feito no meio dele? 12 Com pestilência o ferirei, e o
rejeitarei; e farei de ti uma nação maior e mais forte do que ele. 13 Respondeu Moisés ao Senhor:
Assim os egípcios o ouvirão, eles, do meio dos quais, com a tua força,
fizeste subir este povo, 14 e o dirão aos habitantes desta
terra. Eles ouviram que tu, ó Senhor, estás no meio deste povo; pois tu, ó
Senhor, és visto face a face, e a tua nuvem permanece sobre eles, e tu vais
adiante deles numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite. 15 E se matares este povo como a um
só homem, então as nações que têm ouvido da tua fama, dirão: 16 Porquanto o Senhor não podia
introduzir este povo na terra que com juramento lhe prometera, por isso os
matou no deserto. 17 Agora, pois, rogo-te que o poder
do meu Senhor se engrandeça, segundo tens dito: 18 O Senhor é tardio em irar-se, e
grande em misericórdia; perdoa a iniqüidade e a
transgressão; ao culpado não tem por inocente, mas visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta
geração. 19 Perdoa, rogo-te, a iniqüidade deste povo, segundo a tua grande misericórdia,
como o tens perdoado desde o Egito até, aqui. 20 Disse-lhe o Senhor: Conforme a
tua palavra lhe perdoei; 21 tão certo, porém, como eu vivo,
e como a glória do Senhor encherá toda a terra, 22 nenhum de todos os homens que
viram a minha glória e os sinais que fiz no Egito e no deserto, e todavia me
tentaram estas dez vezes, não obedecendo à minha voz, 23 nenhum deles verá a terra que
com juramento prometi o seus pais; nenhum daqueles que me desprezaram a verá. 24 Mas o meu servo Calebe, porque
nele houve outro espírito, e porque perseverou em seguir-me, eu o
introduzirei na terra em que entrou, e a sua posteridade a possuirá. 25 Ora, os amalequitas
e os cananeus habitam no vale; tornai-vos amanhã, e caminhai para o deserto
em direção ao Mar Vermelho. 26 Depois disse o Senhor a Moisés e
Arão: 27 Até quando sofrerei esta má
congregação, que murmura contra mim? tenho ouvido as murmurações dos filhos
de Israel, que eles fazem contra mim. 28 Dize-lhes: Pela minha vida, diz
o Senhor, certamente conforme o que vos ouvi falar, assim vos hei de fazer: 29 neste deserto cairão os vossos
cadáveres; nenhum de todos vós que fostes contados, segundo toda a vossa
conta, de vinte anos para cima, que contra mim murmurastes, 30 certamente nenhum de vós entrará
na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe,
filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. 31 Mas aos vossos pequeninos, dos
quais dissestes que seriam por presa, a estes introduzirei na terra, e eles
conhecerão a terra que vós rejeitastes. 32 Quanto a vós, porém, os vossos
cadáveres cairão neste deserto; 33 e vossos filhos serão pastores
no deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que
os vossos cadáveres se consumam neste deserto. 34 Segundo o número dos dias em que
espiastes a terra, a saber, quarenta dias, levareis sobre vós as vossas iniqüidades por quarenta anos, um ano por um dia, e
conhecereis a minha oposição. 35 Eu, o Senhor, tenho falado;
certamente assim o farei a toda esta má congregação, aos que se sublevaram
contra mim; neste deserto se consumirão, e aqui morrerão. 36 Ora, quanto aos homens que
Moisés mandara a espiar a terra e que, voltando, fizeram murmurar toda a
congregação contra ele, infamando a terra, 37 aqueles mesmos homens que
infamaram a terra morreram de praga perante o Senhor. 38 Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné,
que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida. 39 Então Moisés falou estas
palavras a todos os filhos de Israel, pelo que o povo se entristeceu muito. 40 Eles, pois, levantando-se de
manhã cedo, subiram ao cume do monte, e disseram: Eis-nos aqui; subiremos ao
lugar que o Senhor tem dito; porquanto havemos pecado. 41 Respondeu Moisés: Ora, por que
transgredis o mandado do Senhor, visto que isso não prosperará? 42 Não subais, pois o Senhor não
está no meio de vós; para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos. 43 Porque os amalequitas
e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis à espada; pois, porquanto
vos desviastes do Senhor, o Senhor não estará convosco. 44 Contudo, temerariamente subiram
eles ao cume do monte; mas a arca do pacto do Senhor, e Moisés, não se
apartaram do arraial. 45 Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e
os feriram, derrotando-os até Horma. |