www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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NÚMEROS 22 1 Depois os filhos de Israel
partiram, e acamparam-se nas planícies de Moabe,
além do Jordão, na altura de Jericó. 2 Ora, Balaque,
filho de Zipor, viu tudo o que Israel fizera aos
amorreus. 3 E Moabe
tinha grande medo do povo, porque era muito; e Moabe
andava angustiado por causa dos filhos de Israel. 4 Por isso disse aos anciãos de Midiã: Agora esta multidão
lamberá tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo.
Nesse tempo Balaque, filho de Zipor,
era rei de Moabe. 5 Ele enviou mensageiros a Balaão,
filho de Beor, a Petor,
que está junto ao rio, à terra dos filhos do seu povo, a fim de chamá-lo,
dizendo: Eis que saiu do Egito um povo, que cobre a face da terra e estaciona
defronte de mim. 6 Vem pois agora, rogo-te,
amaldiçoar-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; porventura
prevalecerei, de modo que o possa ferir e expulsar da terra; porque eu sei
que será abençoado aquele a quem tu abençoares, e amaldiçoado aquele a quem
tu amaldiçoares. 7 Foram-se, pois, os anciãos de Moabe e os anciãos de Midiã,
com o preço dos encantamentos nas mãos e, chegando a Balaão, referiram-lhe as
palavras de Balaque. 8 Ele lhes respondeu: Passai aqui
esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor me falar. Então os
príncipes de Moabe ficaram com Balaão. 9 Então veio Deus a Balaão, e
perguntou: Quem são estes homens que estão contigo? 10 Respondeu Balaão a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei de
Moabe, mos enviou,
dizendo: 11 Eis que o povo que saiu do Egito
cobre a face da terra; vem agora amaldiçoar-mo;
porventura poderei pelejar contra ele e expulsá-lo. 12 E Deus disse a Balaão: Não irás
com eles; não amaldiçoarás a este povo, porquanto é bendito. 13 Levantando-se Balaão pela manhã,
disse aos príncipes de Balaque: Ide para a vossa
terra, porque o Senhor recusa deixar-me ir convosco. 14 Levantaram-se, pois, os
príncipes de Moabe, vieram a Balaque
e disseram: Balaão recusou vir conosco. 15 Balaque,
porém, tornou a enviar príncipes, em maior número e mais honrados do que
aqueles. 16 Estes vieram a Balaão e lhe
disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim, 17 porque grandemente te honrarei,
e farei tudo o que me disseres; vem pois, rogo-te,
amaldiçoar-me este povo. 18 Respondeu Balaão aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me
quisesse dar a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além da
ordem do Senhor meu Deus, para fazer coisa alguma, nem pequena nem grande. 19 Agora, pois, rogo-vos que
fiqueis aqui ainda esta noite, para que eu saiba o que o Senhor me dirá mais. 20 Veio, pois, Deus a Balaão, de
noite, e disse-lhe: Já que esses homens te vieram chamar, levanta-te, vai com
eles; todavia, farás somente aquilo que eu te disser. 21 Então levantou-se Balaão pela
manhã, albardou a sua jumenta, e partiu com os príncipes de Moabe. 22 A ira de Deus se acendeu, porque
ele ia, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho
por adversário. Ora, ele ia montado na sua jumenta, tendo consigo os seus
dois servos. 23 A jumenta viu o anjo do Senhor
parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão e, desviando-se do
caminho, meteu-se pelo campo; pelo que Balaão espancou a jumenta para fazê-la
tornar ao caminho. 24 Mas o anjo do Senhor pôs-se numa
vereda entre as vinhas, havendo uma sebe de um e de outro lado. 25 Vendo, pois, a jumenta o anjo do
Senhor, coseu-se com a sebe, e apertou contra a sebe o pé de Balaão; pelo que
ele tornou a espancá-la. 26 Então o anjo do Senhor passou
mais adiante, e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar
nem para a direita nem para a esquerda. 27 E, vendo a jumenta o anjo do
Senhor, deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de Balaão se acendeu, e ele
espancou a jumenta com o bordão. 28 Nisso abriu o Senhor a boca da
jumenta, a qual perguntou a Balaão: Que te fiz eu, para que me espancasses
estas três vezes? 29 Respondeu Balaão à jumenta:
Porque zombaste de mim; oxalá tivesse eu uma espada na mão, pois agora te
mataria. 30 Tornou a jumenta a Balaão:
Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste toda a tua vida até hoje?
Porventura tem sido o meu costume fazer assim para contigo? E ele respondeu:
Não. 31 Então o Senhor abriu os olhos a
Balaão, e ele viu o anjo do Senhor parado no caminho, e a sua espada
desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se com o rosto
em terra. 32 Disse-lhe o anjo do senhor: Por
que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu te saí como
adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim; 33 a jumenta, porém, me viu, e já
três vezes se desviou de diante de mim; se ela não se tivesse desviado de
mim, na verdade que eu te haveria matado, deixando a ela com vida. 34 Respondeu Balaão ao anjo do
Senhor: pequei, porque não sabia que estavas parado no caminho para te opores
a mim; e agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei. 35 Tornou o anjo do Senhor a
Balaão: Vai com os homens, somente a palavra que eu te disser é que falarás.
Assim Balaão seguiu com os príncipes de Balaque: 36 Tendo, pois, Balaque
ouvido que Balaão vinha chegando, saiu-lhe ao encontro até Ir-Moabe, cidade fronteira que está à margem do Arnom. 37 Perguntou Balaque
a Balaão: Porventura não te enviei diligentemente mensageiros a chamar-te?
por que não vieste a mim? não posso eu, na verdade, honrar-te? 38 Respondeu Balaão a Balaque: Eis que sou vindo a ti; porventura poderei eu
agora, de mim mesmo, falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha
boca, essa falarei. 39 E Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote. 40 Então Balaque
ofereceu em sacrifício bois e ovelhas, e deles enviou a Balaão e aos
príncipes que estavam com ele. 41 E sucedeu que, pela manhã, Balaque tomou a Balaão, e o levou aos altos de Baal, e
viu ele dali a parte extrema do povo. |