www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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JUÍZES 16 1 Sansão foi a Gaza, e viu ali uma
prostituta, e entrou a ela. 2 E foi dito aos gazitas: Sansão entrou aqui. Cercaram-no, pois, e de
emboscada à porta da cidade o esperaram toda a noite; assim ficaram quietos a
noite toda, dizendo: Quando raiar o dia, matá-lo-emos. 3 Mas Sansão deitou-se até a
meia-noite; então, levantando-se, pegou nas portas da entrada da cidade, com
ambos os umbrais, arrancou-as juntamente com a tranca e, pondo-as sobre os
ombros, levou-as até o cume do monte que está defronte de Hebrom. 4 Depois disto se afeiçoou a uma
mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila. 5 Então os chefes dos filisteus
subiram a ter com ela, e lhe disseram: Persuade-o, e vê em que consiste a sua
grande força, e como poderemos prevalecer contra ele e amarrá-lo, para assim
o afligirmos; e te daremos, cada um de nós, mil e cem moedas de prata. 6 Disse, pois, Dalila a Sansão:
Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força, e com que poderias
ser amarrado para te poderem afligir. 7 Respondeu-lhe Sansão: Se me
amarrassem com sete cordas de nervos, ainda não secados, então me tornaria
fraco, e seria como qualquer outro homem. 8 Então os chefes dos filisteus
trouxeram a Dalila sete cordas de nervos, ainda não secados, com as quais ela
o amarrou. 9 Ora, tinha ela em casa uns espias
sentados na câmara interior. Então ela disse: Os filisteus vêm sobre ti,
Sansão! E ele quebrou as cordas de nervos, como se quebra o fio da estopa ao
lhe chegar o fogo. Assim não se soube em que consistia a sua força. 10 Disse, pois, Dalila a Sansão:
Eis que zombaste de mim, e me disseste mentiras; declara-me agora com que
poderia ser a amarrado. 11 Respondeu-lhe ele: Se me
amarrassem fortemente com cordas novas, que nunca tivessem sido usadas, então
me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem. 12 Então Dalila tomou cordas novas,
e o amarrou com elas, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! E os
espias estavam sentados na câmara interior. Porém ele as quebrou de seus
braços como a um fio. 13 Disse Dalila a Sansão: Até agora
zombaste de mim, e me disseste mentiras; declara-me
pois, agora, com que poderia ser amarrado. E ele lhe disse: Se teceres as
sete tranças da minha cabeça com os liços da teia. 14 Assim ela as fixou com o torno
de tear, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Então ele despertou
do seu sono, e arrancou o torno do tear, juntamente com os liços da teia. 15 Disse-lhe ela: como podes dizer:
Eu te amo! não estando comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim, e
ainda não me declaraste em que consiste a tua força. 16 E sucedeu que, importunando-o
ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a alma dele se
angustiou até a morte. 17 E descobriu-lhe
todo o seu coração, e disse-lhe: Nunca passou navalha pela minha cabeça,
porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha
mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me tornaria
fraco, e seria como qualquer outro homem. 18 Vendo Dalila que ele lhe
descobrira todo o seu coração, mandou chamar os chefes dos filisteus, dizendo:
Subi ainda esta vez, porque agora me descobriu ele
todo o seu coração. E os chefes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo
o dinheiro nas mãos. 19 Então ela o fez dormir sobre os
seus joelhos, e mandou chamar um homem para lhe rapar as sete tranças de sua
cabeça. Depois começou a afligi-lo, e a sua força se lhe foi. 20 E disse ela: Os filisteus vêm
sobre ti, Sansão! Despertando ele do seu sono,
disse: Sairei, como das outras vezes, e me livrarei. Pois ele não sabia que o
Senhor se tinha retirado dele. 21 Então os filisteus pegaram nele,
arrancaram-lhe os olhos e, tendo-o levado a Gaza, amarraram-no com duas
cadeias de bronze; e girava moinho no cárcere. 22 Todavia o cabelo da sua cabeça,
logo que foi rapado, começou a crescer de novo: 23 Então os chefes dos filisteus se
ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom,
e para se regozijar; pois diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão,
nosso inimigo. 24 semelhantemente o povo, vendo-o,
louvava ao seu deus, dizendo: Nosso Deus nos entregou nas mãos o nosso
inimigo, aquele que destruía a nossa terra, e multiplicava os nossos mortos. 25 E sucedeu que, alegrando-se o
seu coração, disseram: Mandai vir Sansão, para que brinque diante de nós.
Mandaram, pois, vir do cárcere Sansão, que brincava diante deles; e
fizeram-no estar em pé entre as colunas. 26 Disse Sansão ao moço que lhe
segurava a mão: Deixa-me apalpar as colunas em que se sustém a casa, para que
me encoste a elas. 27 Ora, a casa estava cheia de
homens e mulheres; e também ali estavam todos os
chefes dos filisteus, e sobre o telhado havia cerca de três mil homens e
mulheres, que estavam vendo Sansão brincar. 28 Então Sansão clamou ao Senhor, e
disse: Ó Senhor Deus! lembra-te de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que duma só vez me vingue dos
filisteus pelos meus dois olhos. 29 Abraçou-se, pois, Sansão com as
duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, arrimando-se numa com a mão
direita, e na outra com a esquerda. 30 E bradando: Morra eu com os
filisteus! inclinou-se com toda a sua força, e a casa caiu sobre os chefes e
sobre todo o povo que nela havia. Assim foram mais os que matou ao morrer, do
que os que matara em vida. 31 Então desceram os seus irmãos e
toda a casa de seu pai e, tomando-o, o levaram e o sepultaram, entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Ele havia julgado a Israel vinte anos. |