www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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1 SAMUEL 1 1 Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome
era Elcana, filho de Jeroão,
filho de Eliú, filho de Toú,
filho de Zufe, efraimita. 2 Tinha ele duas mulheres: uma se
chamava Ana, e a outra Penina. Penina
tinha filhos, porém Ana não os tinha. 3 De ano em ano este homem subia da
sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos
de Eli. 4 No dia em que Elcana
sacrificava, costumava dar quinhões a Penina, sua
mulher, e a todos os seus filhos e filhas; 5 porém a Ana, embora a amasse,
dava um só quinhão, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre. 6 Ora, a sua rival muito a
provocava para irritá-la, porque o Senhor lhe havia cerrado a madre. 7 E assim sucedia de ano em ano
que, ao subirem à casa do Senhor, Penina provocava
a Ana; pelo que esta chorava e não comia. 8 Então Elcana,
seu marido, lhe perguntou: Ana, por que choras? e porque não comes? e por que
está triste o teu coração? Não te sou eu melhor de que dez filhos? 9 Então Ana se levantou, depois que
comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava
sentado, numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor. 10 Ela, pois, com amargura de alma,
orou ao Senhor, e chorou muito, 11 e fez um voto, dizendo: ó Senhor
dos exércitos! se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te
lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao
Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha. 12 Continuando ela a orar perante e
Senhor, Eli observou a sua boca; 13 porquanto Ana falava no seu
coração; só se moviam os seus lábios, e não se ouvia a sua voz; pelo que Eli
a teve por embriagada, 14 e lhe disse: Até quando estarás
tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. 15 Mas Ana respondeu: Não, Senhor
meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; não bebi vinho nem bebida
forte, porém derramei a minha alma perante o Senhor. 16 Não tenhas, pois, a tua serva
por filha de Belial; porque
da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora. 17 Então lhe respondeu Eli: Vai-te
em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste. 18 Ao que disse ela: Ache a tua
serva graça aos teus olhos. Assim a mulher se foi o seu caminho, e comeu, e
já não era triste o seu semblante. 19 Depois, levantando-se de
madrugada, adoraram perante o Senhor e, voltando, foram a sua casa em Ramá. Elcana conheceu a Ana,
sua mulher, e o Senhor se lembrou dela. 20 De modo que Ana concebeu e, no
tempo devido, teve um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o
tenho pedido ao Senhor. 21 Subiu, pois
aquele homem, Elcana, com toda a sua casa, para
oferecer ao Senhor o sacrifício anual e cumprir o seu voto. 22 Ana, porém, não subiu, pois
disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então e levarei, para que
apareça perante o Senhor, e lá fique para sempre. 23 E Elcana,
seu marido, lhe disse: faze o que bem te parecer; fica até que o desmames;
tão-somente confirme o Senhor a sua palavra. Assim ficou a mulher, e
amamentou seu filho, até que o desmamou. 24 Depois de o ter desmamado, ela o
tomou consigo, com um touro de três anos, uma efa
de farinha e um odre de vinho, e o levou à casa do Senhor, em Siló; e era o menino ainda muito criança. 25 Então degolaram o touro, e
trouxeram o menino a Eli; 26 e disse ela: Ah, meu Senhor! tão
certamente como vive a tua alma, meu Senhor, eu sou aquela mulher que aqui
esteve contigo, orando ao Senhor. 27 Por este menino orava eu, e o Senhor
atendeu a petição que eu lhe fiz. 28 Por isso eu também o entreguei
ao Senhor; por todos os dias que viver, ao Senhor está entregue. E adoraram
ali ao Senhor. |