www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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1 SAMUEL 24 1 Ora, quando Saul voltou de
perseguir os filisteus, foi-lhe dito: Eis que Davi está no deserto de En-Gedi. 2 Então tomou Saul três mil homens,
escolhidos dentre todo o Israel, e foi em busca de Davi e dos seus homens,
até sobre as penhas das cabras montesas. 3 E chegou no caminho a uns currais
de ovelhas, onde havia uma caverna; e Saul entrou nela para aliviar o ventre.
Ora Davi e os seus homens estavam sentados na parte interior da caverna. 4 Então os homens de Davi lhe
disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te disse: Eis que entrego o teu
inimigo nas tuas mãos; far-lhe-ás como parecer bem aos teus olhos. Então Davi
se levantou, e de mansinho cortou a orla do manto de Saul. 5 Sucedeu, porém, que depois doeu o
coração de Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. 6 E disse aos seus homens: O Senhor
me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu
estenda a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor. 7 com essas palavras Davi conteve os seio chegando para se permitiu que se levantassem
contra Saul. E Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho. 8 Depois também Davi se levantou e,
saindo da caverna, gritou por detrás de Saul, dizendo: Ó rei, meu senhor!
Quando Saul olhou para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra e lhe fez
reverência. 9 Então disse Davi a Saul: por que
dás ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal? 10 Eis que os teus olhos acabam de
ver que o Senhor hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna; e alguns disseram
que eu te matasse, porém a minha mão te poupou; pois eu disse: Não estenderei
a minha mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor. 11 Olha, meu pai, vê aqui a orla do
teu manto na minha mão, pois cortando-te eu a orla do manto, não te matei.
Considera e vê que não há na minha mão nem mal nem transgressão alguma, e que
não pequei contra ti, ainda que tu andes à caça da minha vida para ma tirares. 12 Julgue o Senhor entre mim e ti,
e vingue-me o Senhor de ti; a minha mão, porém, não será contra ti. 13 Como diz o provérbio dos
antigos: Dos ímpios procede a impiedade. A minha mão, porém, não será contra
ti. 14 Após quem saiu o rei de Israel?
a quem persegues tu? A um cão morto, a uma pulga! 15 Seja, pois, o Senhor juiz, e
julgue entre mim e ti; e veja, e advogue a minha causa, e me livre da tua
mão. 16 Acabando Davi de falar a Saul
todas estas palavras, perguntou Saul: E esta a tua
voz, meu filho Davi? Então Saul levantou a voz e chorou. 17 E disse a Davi: Tu és mais justo
do que eu, pois me recompensaste com bem, e eu te recompensei com mal. 18 E tu mostraste hoje que
procedeste bem para comigo, por isso que, havendo-me o Senhor entregado na
tua mão, não me mataste. 19 Pois, quem há que, encontrando o
seu inimigo, o deixará ir o seu caminho? O Senhor, pois, te pague com bem,
pelo que hoje me fizeste. 20 Agora, pois, sei que certamente
hás de reinar, e que o reino de Israel há de se firmar na tua mão. 21 Portanto jura-me pelo Senhor que
não desarraigarás a minha descendência depois de mim, nem extinguirás o meu
nome da casa de meu pai. 22 Então jurou Davi a Saul. E foi
Saul para sua casa, mas Davi e os seus homens subiram ao lugar forte. |