www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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2 SAMUEL 1 1 Depois da morte de Saul, tendo
Davi voltado da derrota dos amalequitas e estando
há dois dias em Ziclague, 2 ao terceiro dia veio um homem do
arraial de Saul, com as vestes rasgadas e a cabeça coberta de terra; e,
chegando ele a Davi, prostrou-se em terra e lhe fez reverência. 3 Perguntou-lhe Davi: Donde vens?
Ele lhe respondeu: Escapei do arraial de Israel. 4 Davi ainda lhe indagou: Como foi
lá isso? Dize-mo. Ao que ele lhe respondeu: O povo
fugiu da batalha, e muitos do povo caíram, e morreram; também Saul e Jônatas,
seu filho, foram mortos. 5 Perguntou Davi ao mancebo que lhe
trazia as novas: Como sabes que Saul e Jônatas, seu filho, são mortos? 6 Então disse o mancebo que lhe
dava a notícia: Achava-me por acaso no monte Gilboa,
e eis que Saul se encostava sobre a sua lança; os carros e os cavaleiros
apertavam com ele. 7 Nisso, olhando
ele para trás, viu-me e me chamou; e eu disse: Eis-me aqui. 8 Ao que ele me perguntou: Quem és
tu? E eu lhe respondi: Sou amalequita. 9 Então ele me disse: Chega-te a
mim, e mata-me, porque uma vertigem se apoderou de mim, e toda a minha vida
está ainda em mim. 10 Cheguei-me, pois, a ele, e o
matei, porque bem sabia eu que ele não viveria depois de ter caído; e tomei a
coroa que ele tinha na cabeça, e o bracelete que trazia no braço, e os trouxe
aqui a meu senhor. 11 Então pegou Davi nas suas vestes
e as rasgou; e assim fizeram também todos os homens que estavam com ele; 12 e prantearam, e choraram, e
jejuaram até a tarde por Saul, e por Jônatas, seu filho, e pelo povo do
Senhor, e pela casa de Israel, porque tinham caída à espada. 13 Perguntou então Davi ao mancebo
que lhe trouxera a nova: Donde és tu? Respondeu ele: Sou filho de um
peregrino amalequita. 14 Davi ainda lhe perguntou: Como
não temeste estender a mão para matares o ungido do Senhor? 15 Então Davi, chamando um dos
mancebos, disse-lhe: chega-te, e lança-te sobre ele. E o mancebo o feriu, de
sorte que morreu. 16 Pois Davi lhe dissera: O teu
sangue seja sobre a tua cabeça, porque a tua própria boca testificou contra
ti, dizendo: Eu matei o ungido do Senhor. 17 Lamentou Davi a Saul e a
Jônatas, seu filho, com esta lamentação, 18 mandando que fosse ensinada aos
filhos de Judá; eis que está escrita no livro de Jasar: 19 Tua glória, ó Israel, foi morta
sobre os teus altos! Como caíram os valorosos! 20 Não o noticieis em Gate, nem o
publiqueis nas ruas de Asquelom; para que não se
alegrem as filhas dos filisteus, para que não exultem as filhas dos
incircuncisos. 21 Vós, montes de Gilboa, nem orvalho, nem chuva caia sobre,
vós, ó campos de morte; pois ali desprezivelmente
foi arrojado o escudo dos valorosos, o escudo de Saul, ungido com óleo. 22 Do sangue dos feridos, da
gordura dos valorosos, nunca recuou o arco de Jônatas, nem voltou vazia a
espada de Saul. 23 Saul e Jônatas, tão queridos e
amáveis na sua vida, também na sua morte não se separaram; eram mais ligeiros
do que as águias, mais fortes do que os leões. 24 Vós, filhas de Israel, chorai
por Saul, que vos vestia deliciosamente de escarlata, que vos punha sobre os
vestidos adornos de ouro. 25 Como caíram os valorosos no meio
da peleja! 26 Angustiado estou por ti, meu
irmão Jônatas; muito querido me eras! Maravilhoso me era o teu amor,
ultrapassando o amor de mulheres. 27 Como caíram os valorosos, e
pereceram as armas de guerra! |