www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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2 REIS 4 1 Ora uma dentre as mulheres dos
filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu;
e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. Agora acaba de chegar o credor
para levar-me os meus dois filhos para serem escravos. 2 Perguntou-lhe Eliseu: Que te hei
de fazer? Dize-me o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite. 3 Disse-lhe ele: Vai, pede
emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. 4 Depois entra, e fecha a porta
sobre ti e sobre teus filhos; deita azeite em todas essas vasilhas, e põe à
parte a que estiver cheia. 5 Então ela se apartou dele.
Depois, fechada a porta sobre si e sobre seus filhos, estes lhe chegavam as
vasilhas, e ela as enchia. 6 Cheias que foram as vasilhas,
disse a seu filho: Chega-me ainda uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais
vasilha nenhuma. Então o azeite parou. 7 Veio ela, pois, e o fez saber ao
homem de Deus. Disse-lhe ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu
e teus filhos vivei do resto. 8 Sucedeu também certo dia que
Eliseu foi a Suném, onde havia uma mulher rica que o reteve para comer; e
todas as vezes que ele passava por ali, lá se dirigia para comer. 9 E ela disse a seu marido: Tenho
observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus. 10 Façamos-lhe, pois, um pequeno
quarto sobre o muro; e ponhamos-lhe ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um
candeeiro; e há de ser que, quando ele vier a nós se recolherá ali. 11 Sucedeu que um dia ele chegou
ali, recolheu-se àquele quarto e se deitou. l2 Então disse ao seu moço Geazi:
Chama esta sunamita. Ele a chamou, e ela se apresentou perante ele. 13 Pois Eliseu havia dito a Geazi:
Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer
por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao chefe do
exército? Ao que ela respondera: Eu habito no meio do meu povo. 14 Então dissera ele: Que se há de
fazer, pois por ela? E Geazi dissera: Ora, ela não tem filho, e seu marido é
velho. 15 Pelo que disse ele: Chama-a. E
ele a chamou, e ela se pôs à porta. 16 E Eliseu disse: Por este tempo,
no ano próximo, abraçarás um filho. Respondeu ela: Não, meu senhor, homem de
Deus, não mintas à tua serva. 17 Mas a mulher concebeu, e deu à
luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte como Eliseu lhe dissera. 18 Tendo o menino crescido, saiu um
dia a ter com seu pai, que estava com os segadores. 19 Disse a seu pai: Minha cabeça!
minha cabeça! Então ele disse a um moço: Leva-o a sua mãe. 20 Este o tomou, e o levou a sua
mãe; e o menino esteve sobre os joelhos dela até o meio-dia, e então morreu. 21 Ela subiu, deitou-o sobre a cama
do homem de Deus e, fechando sobre ele a porta, saiu. 22 Então chamou a seu marido, e
disse: Manda-me, peço-te, um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra
ao homem de Deus e volte. 23 Disse ele: Por que queres ir ter
com ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem. 24 Então ela fez albardar a
jumenta, e disse ao seu moço: Guia e anda, e não me detenhas no caminhar,
senão quando eu to disser. 25 Partiu pois, e foi ter com o
homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a de longe o homem de
Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita; 26 corre-lhe ao encontro e pergunta-lhe:
Vais bem? Vai bem teu marido? Vai bem teu filho? Ela respondeu: Vai bem. 27 Chegando ela ao monte, à
presença do homem de Deus, apegou-se-lhe aos pés. Chegou-se Geazi para a
retirar, porém, o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em
amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo manifestou. 28 Então disse ela: Pedi eu a meu
senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes? 29 Ao que ele disse a Geazi: Cinge
os teus lombos, toma o meu bordão na mão, e vai. Se encontrares alguém, não o
saúdes; e se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o
rosto do menino. 30 A mãe do menino, porém, disse:
Vive o senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se
levantou, e a seguiu. 31 Geazi foi adiante deles, e pôs o
bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentidos. Pelo
que voltou a encontrar-se com Eliseu, e o informou, dizendo: O menino não
despertou. 32 Quando Eliseu chegou à casa, eis
que o menino jazia morto sobre a sua cama. 33 Então ele entrou, fechou a porta
sobre eles ambos, e orou ao Senhor. 34 Em seguida subiu na cama e
deitou-se sobre o menino, pondo a boca sobre a boca do menino, os olhos sobre
os seus olhos, e as mãos sobre as suas mãos, e ficou encurvado sobre ele até
que a carne do menino aqueceu. 35 Depois desceu, andou pela casa
duma parte para outra, tornou a subir, e se encurvou sobre ele; então o
menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos. 36 Eliseu chamou a Geazi, e disse:
Chama essa sunamita. E ele a chamou. Quando ela se lhe apresentou, disse ele:
Toma o teu filho. 37 Então ela entrou, e prostrou-se
a seus pés, inclinando-se à terra; e tomando seu filho, saiu. 38 Eliseu voltou a Gilgal. E havia
fome na terra; e os filhos dos profetas estavam sentados na sua presença. E
disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume, e faze um caldo de ervas para
os filhos dos profetas. 39 Então um deles saiu ao campo a
fim de apanhar ervas, e achando uma parra brava, colheu dela a sua capa cheia
de colocíntidas e, voltando, cortou-as na panela do caldo, não sabendo o que
era. 40 Assim tiraram de comer para os
homens. E havendo eles provado o caldo, clamaram, dizendo: Ó homem de Deus,
há morte na panela! E não puderam comer. 41 Ele, porém, disse: Trazei farinha.
E deitou-a na panela, e disse: Tirai para os homens, a fim de que comam. E já
não havia mal nenhum na panela. 42 Um homem veio de Baal-Salisa,
trazendo ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas
verdes no seu alforje. Eliseu disse: Dá ao povo, para que coma. 43 Disse, porém, seu servo: Como
hei de pôr isto diante de cem homens? Ao que tornou Eliseu: Dá-o ao povo,
para que coma; porque assim diz o Senhor: Comerão e sobejará. 44 Então lhos pôs diante; e
comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. |