www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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ECLESIASTES 1 1 Palavras do pregador, filho de
Davi, rei em Jerusalém. 2 Vaidade de vaidades, diz o
pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. 3 Que proveito tem o homem, de todo
o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol? 4 Uma geração vai-se, e outra geração
vem, mas a terra permanece para sempre. 5 O sol nasce, e o sol se põe, e
corre de volta ao seu lugar donde nasce. 6 O vento vai para o sul, e faz o
seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os
seus circuitos. 7 Todos os ribeiros vão para o mar,
e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os
rios correm, para ali continuam a correr. 8 Todas as coisas estão cheias de
cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os
ouvidos se enchem de ouvir. 9 O que tem sido, isso é o que há
de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo
debaixo do sol. 10 Há alguma coisa de que se possa
dizer: Voê, isto é novo? ela já existiu nos séculos
que foram antes de nós. 11 Já não há lembrança das gerações
passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois
delas. 12 Eu, o pregador, fui rei sobre
Israel em Jerusalém. 13 E apliquei o meu coração a
inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz
debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para
nela se exercitarem. 14 Atentei para todas as obras que
se e fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão. 15 O que é torto não se pode
endireitar; o que falta não se pode enumerar. 16 Falei comigo mesmo, dizendo: Eis
que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de
mim em Jerusalém; na verdade, tenho tido larga experiência da sabedoria e do
conhecimento. 17 E apliquei o coração a conhecer
a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras; e vim a saber que também
isso era desejo vão. 18 Porque na muita sabedoria há
muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza. ECLESIASTES 3 1 Tudo tem a sua ocasião própria, e
há tempo para todo propósito debaixo do céu. 2 Há tempo de nascer, e tempo de
morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; 3 tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; 4 tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; 5 tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e
tempo de abster-se de abraçar; 6 tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar
fora; 7 tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; 8 tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. 9 Que proveito tem o trabalhador
naquilo em que trabalha? 10 Tenho visto o trabalho penoso
que Deus deu aos filhos dos homens para nele se exercitarem. 11 Tudo fez formoso em seu tempo;
também pôs na mente do homem a idéia da eternidade,
se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até
o fim. 12 Sei que não há coisa melhor para
eles do que se regozijarem e fazerem o bem enquanto viverem; 13 e também
que todo homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de
Deus. 14 Eu sei que tudo quanto Deus faz
durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar; e
isso Deus faz para que os homens temam diante dele: 15 O que é, já existiu; e o que há
de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que já se passou. 16 Vi ainda debaixo do sol que no
lugar da retidão estava a impiedade; e que no lugar da justiça estava a
impiedade ainda. 17 Eu disse no meu coração: Deus
julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo propósito e para toda
obra. 18 Disse eu no meu coração: Isso é
por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam
ver que são em si mesmos como os brutos. 19 Pois o que sucede aos filhos dos
homens, isso mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede;
como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não
tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é vaidade. 20 Todos vão para um lugar; todos
são pó, e todos ao pó tornarão. 21 Quem sabe se o espírito dos
filhos dos homens vai para cima, e se o espírito dos brutos desce para a
terra? 22 Pelo que tenho visto que não há coisa
melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras; porque esse é o seu quinhão;
pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele? |