| www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
  de Carvalho | 

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| ECLESIASTES 5   1 Guarda o teu pé, quando fores à
  casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer
  sacrifícios de tolos; pois não sabem que fazem mal. 2 Não te precipites com a tua boca,
  nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma na presença de Deus;
  porque Deus está no céu, e tu estás sobre a terra; portanto sejam poucas as
  tuas palavras. 3 Porque, da multidão de trabalhos
  vêm os sonhos, e da multidão de palavras, a voz do tolo. 4 Quando a Deus fizeres algum voto,
  não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. O que votares,
  paga-o. 5 Melhor é que não votes do que
  votares e não pagares. 6 Não consintas que a tua boca faça
  pecar a tua carne, nem digas na presença do anjo que foi erro; por que razão
  se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos? 7 Porque na multidão dos sonhos há
  vaidades e muitas palavras; mas tu teme a Deus. 8 Se vires em alguma província
  opressão de pobres, e a perversão violenta do direito e da justiça, não te
  maravilhes de semelhante caso. Pois quem está altamente colocado tem superior
  que o vigia; e há mais altos ainda sobre eles. 9 O proveito da terra é para todos;
  até o rei se serve do campo. 10 Quem ama o dinheiro não se fartará
  de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará do ganho; também isso é
  vaidade. 11 Quando se multiplicam os bens,
  multiplicam-se também os que comem; e que proveito tem o seu dono senão o de
  vê-los com os seus olhos? 12 Doce é o sono do trabalhador, quer
  coma pouco quer muito; mas a saciedade do rico não o deixa dormir. 13 Há um grave mal que vi debaixo
  do sol: riquezas foram guardadas por seu dono para o seu próprio dano; 14 e as mesmas riquezas se perderam
  por qualquer má aventura; e havendo algum filho nada fica na sua mão. 15 Como saiu do ventre de sua mãe,
  assim também se irá, nu como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa
  levar na mão. 16 Ora isso é um grave mal; porque
  justamente como veio, assim há de ir; e que proveito lhe vem de ter trabalhado
  para o vento, 17 e de haver passado todos os seus
  dias nas trevas, e de haver padecido muito enfado, enfermidades e
  aborrecimento? 18 Eis aqui o que eu vi, uma boa e
  bela coisa: alguém comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu
  trabalho, com que se afadiga debaixo do sol, todos os dias da vida que Deus
  lhe deu; pois esse é o seu quinhão. 19 E quanto ao homem a quem Deus
  deu riquezas e bens, e poder para desfrutá-los, receber o seu quinhão, e se
  regozijar no seu trabalho, isso é dom de Deus. 20 Pois não se lembrará muito dos
  dias da sua vida; porque Deus lhe enche de alegria o coração. |