www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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MATEUS 26 1 E havendo Jesus concluído todas
estas palavras, disse aos seus discípulos: 2 Sabeis que daqui a dois dias é a
páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. 3 Então os principais sacerdotes e os
anciãos do povo se reuniram no pátio da casa do sumo sacerdote, o qual se
chamava Caifás; 4 e deliberaram como prender Jesus
a traição, e o matar. 5 Mas diziam: Não durante a festa,
para que não haja tumulto entre o povo. 6 Estando Jesus em Betânia, em casa
de Simão, o leproso, 7 aproximou-se dele uma mulher que
trazia um vaso de alabastro cheio de bálsamo precioso, e lho
derramou sobre a cabeça, estando ele reclinado à mesa. 8 Quando os discípulos viram isso, indignaram-se, e disseram: Para que este desperdício? 9 Pois este bálsamo podia ser
vendido por muito dinheiro, que se daria aos pobres. 10 Jesus, porém, percebendo isso,
disse-lhes: Por que molestais esta mulher? pois praticou uma boa ação para
comigo. 11 Porquanto os pobres sempre os
tendes convosco; a mim, porém, nem sempre me tendes. 12 Ora, derramando ela este bálsamo
sobre o meu corpo, fê-lo a fim de preparar-me para a minha sepultura. 13 Em verdade vos digo que onde
quer que for pregado em todo o mundo este evangelho, também o que ela fez
será contado para memória sua. 14 Então um dos doze, chamado Judas
Iscariotes, foi ter com os principais sacerdotes, 15 e disse: Que me quereis dar, e
eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta
moedas de prata. 16 E desde então buscava ele
oportunidade para o entregar. 17 Ora, no primeiro dia dos pães
ázimos, vieram os discípulos a Jesus, e perguntaram: Onde queres que façamos
os preparativos para comeres a páscoa? 18 Respondeu ele: Ide à cidade a um
certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa
celebrarei a páscoa com os meus discípulos. 19 E os discípulos fizeram como
Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa. 20 Ao anoitecer reclinou-se à mesa
com os doze discípulos; 21 e, enquanto comiam, disse: Em
verdade vos digo que um de vós me trairá. 22 E eles, profundamente
contristados, começaram cada um a perguntar-lhe: Porventura sou eu, Senhor? 23 Respondeu ele: O que mete comigo
a mão no prato, esse me trairá. 24 Em verdade o Filho do homem vai,
conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele
por quem o Filho do homem é traido! bom seria para
esse homem se não houvera nascido. 25 Também Judas, que o traía,
perguntou: Porventura sou eu, Rabí? Respondeu-lhe
Jesus: Tu o disseste. 26 Enquanto comiam, Jesus tomou o
pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei;
isto é o meu corpo. 27 E tomando um cálice, rendeu
graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; 28 pois isto é o meu sangue, o sangue
do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados. 29 Mas digo-vos que desde agora não
mais beberei deste fruto da videira até aquele dia em que convosco o beba
novo, no reino de meu Pai. 30 E tendo cantado um hino, saíram
para o Monte das Oliveiras. 31 Então Jesus lhes disse: Todos
vós esta noite vos escandalizareis de mim; pois está escrito: Ferirei o
pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. 32 Todavia, depois que eu
ressurgir, irei adiante de vós para a Galiléia. 33 Mas Pedro, respondendo,
disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem de ti, eu nunca me escandalizarei. 34 Disse-lhe Jesus: Em verdade te
digo que esta noite, antes que o galo cante três vezes me negarás. 35 Respondeu-lhe Pedro: Ainda que
me seja necessário morrer contigo, de modo algum te negarei. E o mesmo
disseram todos os discípulos. 36 Então foi Jesus com eles a um
lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos:
Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. 37 E levando consigo Pedro e os
dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e
a angustiar-se. 38 Então lhes disse: A minha alma
está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39 E adiantando-se um pouco,
prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível,
passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu
queres. 40 Voltando para os discípulos,
achou-os dormindo; e disse a Pedro: Assim nem uma hora pudestes vigiar
comigo? 41 Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca. 42 Retirando-se mais uma vez, orou,
dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a
tua vontade. 43 E, voltando outra vez, achou-os
dormindo, porque seus olhos estavam carregados. 44 Deixando-os novamente, foi orar
terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então voltou para os discípulos
e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do
homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. 46 Levantai-vos, vamo-nos; eis que
é chegado aquele que me trai. 47 E estando ele ainda a falar, eis
que veio Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e
varapaus, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. 48 Ora, o que o traía lhes havia
dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é: prendei-o. 49 E logo, aproximando-se de Jesus
disse: Salve, Rabi. E o beijou. 50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo,
a que vieste? Nisto, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o
prenderam. 51 E eis que um dos que estavam com
Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo
sacerdote, cortou-lhe uma orelha. 52 Então Jesus lhe disse: Mete a
tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada
morrerão. 53 Ou pensas tu que eu não poderia
rogar a meu Pai, e que ele não me mandaria agora mesmo mais de doze legiões
de anjos? 54 Como, pois, se cumpririam as
Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? 55 Disse Jesus à multidão naquela hora:
Saístes com espadas e varapaus para me prender, como a um salteador? Todos os
dias estava eu sentado no templo ensinando, e não me prendestes. 56 Mas tudo isso aconteceu para que
se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o
fugiram. 57 Aqueles que prenderam a Jesus
levaram-no à presença do sumo sacerdote Caifás,
onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. 58 E Pedro o seguia de longe até o
pátio do sumo sacerdote; e entrando, sentou-se entre os guardas, para ver o
fim. 59 Ora, os principais sacerdotes e
todo o sinédrio buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem
entregá-lo à morte; 60 e não achavam, apesar de se
apresentarem muitas testemunhas falsas. Mas por fim compareceram duas, 61 e disseram: Este disse: Posso
destruir o santuário de Deus, e reedificá-lo em três dias. 62 Levantou-se então o sumo
sacerdote e perguntou-lhe: Nada respondes? Que é que estes depõem contra ti? 63 Jesus, porém, guardava silêncio.
E o sumo sacerdote disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu
és o Cristo, o Filho do Deus. 64 Repondeu-lhe
Jesus: É como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem
assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. 65 Então o sumo sacerdote rasgou as
suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas?
Eis que agora acabais de ouvir a sua blasfêmia. 66 Que vos parece? Responderam
eles: É réu de morte. 67 Então uns lhe cuspiram no rosto
e lhe deram socos; 68 e outros o esbofetearam, dizendo:
Profetiza-nos, ó Cristo, quem foi que te bateu? 69 Ora, Pedro estava sentado fora,
no pátio; e aproximou-se dele uma criada, que disse: Tu também estavas com
Jesus, o galileu. 70 Mas ele negou diante de todos,
dizendo: Não sei o que dizes. 71 E saindo ele para o vestíbulo,
outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com
Jesus, o nazareno. 72 E ele negou outra vez, e com
juramento: Não conheço tal homem. 73 E daí a pouco, aproximando-se os
que ali estavam, disseram a Pedro: Certamente tu também és um deles pois a
tua fala te denuncia. 74 Então começou ele a praguejar e
a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. 75 E Pedro lembrou-se do que
dissera Jesus: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali,
chorou amargamente. |