www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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MARCOS 5 1 Chegaram então ao outro lado do
mar, à terra dos gerasenos. 2 E, logo que Jesus saíra do barco,
lhe veio ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 o qual tinha a sua morada nos
sepulcros; e nem ainda com cadeias podia alguém prendê-lo; 4 porque, tendo sido muitas vezes
preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e
os grilhões em migalhas; e ninguém o podia domar; 5 e sempre, de dia e de noite,
andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando, e ferindo-se com pedras, 6 Vendo, pois, de longe a Jesus,
correu e adorou-o; 7 e, clamando com grande voz,
disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por
Deus que não me atormentes. 8 Pois Jesus lhe dizia: Sai desse
homem, espírito imundo. 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu
nome? Respondeu-lhe ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que não os
enviasse para fora da região. 11 Ora, andava ali pastando no
monte uma grande manada de porcos. 12 Rogaram-lhe, pois, os demônios,
dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E ele lho
permitiu. Saindo, então, os espíritos imundos, entraram nos porcos; e
precipitou-se a manada, que era de uns dois mil, pelo despenhadeiro no mar,
onde todos se afogaram. 14 Nisso fugiram aqueles que os
apascentavam, e o anunciaram na cidade e nos campos; e muitos foram ver o que
era aquilo que tinha acontecido. 15 Chegando-se a Jesus, viram o
endemoninhado, o que tivera a legião, sentado, vestido, e em perfeito juízo;
e temeram. 16 E os que tinham visto aquilo
contaram-lhes como havia acontecido ao endemoninhado, e acerca dos porcos. 17 Então começaram a rogar-lhe que
se retirasse dos seus termos. 18 E, entrando ele no barco,
rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os
teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de
ti. 20 Ele se retirou, pois, e começou
a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus;
e todos se admiravam. 21 Tendo Jesus passado de novo no
barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava à
beira do mar. 22 Chegou um dos chefes da
sinagoga, chamado Jairo e, logo que viu a Jesus, lançou-se-lhe
aos pés. 23 e lhe rogava com instância,
dizendo: Minha filhinha está nas últimas; rogo-te que venhas e lhe imponhas
as mãos para que sare e viva. 24 Jesus foi com ele, e seguia-o
uma grande multidão, que o apertava. 25 Ora, certa mulher, que havia
doze anos padecia de uma hemorragia, 26 e que tinha sofrido bastante às
mãos de muitos médicos, e despendido tudo quanto possuía sem nada aproveitar,
antes indo a pior, 27 tendo ouvido falar a respeito de
Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe o manto; 28 porque dizia: Se tão-somente
tocar-lhe as vestes, ficaria curada. 29 E imediatamente cessou a sua
hemorragia; e sentiu no corpo estar já curada do seu mal. 30 E logo Jesus, percebendo em si
mesmo que saíra dele poder, virou-se no meio da multidão e perguntou: Quem me
tocou as vestes? 31 Responderam-lhe os seus
discípulos: Vês que a multidão te aperta, e perguntas: Quem me tocou? 32 Mas ele olhava em redor para ver
a que isto fizera. 33 Então a mulher, atemorizada e
trêmula, cônscia do que nela se havia operado, veio e prostrou-se diante
dele, e declarou-lhe toda a verdade. 34 Disse-lhe ele: Filha, a tua fé
te salvou; vai-te em paz, e fica livre desse teu mal. 35 Enquanto ele ainda falava,
chegaram pessoas da casa do chefe da sinagoga, a quem disseram: A tua filha
já morreu; por que ainda incomodas o Mestre? 36 O que percebendo Jesus, disse ao
chefe da sinagoga: Não temas, crê somente. 37 E não permitiu que ninguém o
acompanhasse, senão Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago. 38 Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, viu Jesus um alvoroço, e os
que choravam e faziam grande pranto. 39 E, entrando, disse-lhes: Por que
fazeis alvoroço e chorais? a menina não morreu, mas dorme. 40 E riam-se dele; porém ele, tendo
feito sair a todos, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele
vieram, e entrou onde a menina estava. 41 E, tomando a mão da menina,
disse-lhe: Talita cumi, que, traduzido, é: Menina,
a ti te digo, levanta-te. 42 Imediatamente a menina se levantou,
e pôs-se a andar, pois tinha doze anos. E logo foram tomados de grande
espanto. 43 Então ordenou-lhes expressamente
que ninguém o soubesse; e mandou que lhe dessem de comer. |