www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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MARCOS 6 1 Saiu Jesus dali, e foi para a sua
terra, e os seus discípulos o seguiam. 2 Ora, chegando o
sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ao ouví-lo,
se maravilhavam, dizendo: Donde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que
lhe é dada? e como se fazem tais milagres por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, filho
de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? e não estão aqui
entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele. 4 Então Jesus lhes dizia: Um
profeta não fica sem honra senão na sua terra, entre os seus parentes, e na
sua própria casa. 5 E não podia fazer ali nenhum
milagre, a não ser curar alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. 6 E admirou-se da incredulidade
deles. Em seguida percorria as aldeias circunvizinhas, ensinando. 7 E chamou a si os doze, e começou
a enviá-los a dois e dois, e dava-lhes poder sobre os espíritos imundos; 8 ordenou-lhes que nada levassem
para o caminho, senão apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no
cinto; 9 mas que fossem calçados de
sandálias, e que não vestissem duas túnicas. 10 Dizia-lhes mais: Onde quer que
entrardes numa casa, ficai nela até sairdes daquele lugar. 11 E se qualquer lugar não vos
receber, nem os homens vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver
debaixo dos vossos pés, em testemunho conta eles. 12 Então saíram e pregaram que
todos se arrependessem; 13 e expulsavam muitos demônios, e
ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam. 14 E soube disso o rei Herodes
(porque o nome de Jesus se tornara célebre), e disse: João, o Batista,
ressuscitou dos mortos; e por isso estes poderes milagrosos operam nele. 15 Mas outros diziam: É Elias. E
ainda outros diziam: É profeta como um dos profetas. 16 Herodes, porém, ouvindo isso,
dizia: É João, aquele a quem eu mandei degolar: ele ressuscitou. 17 Porquanto o próprio Herodes
mandara prender a João, e encerrá-lo maniatado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque ele se havia
casado com ela. 18 Pois João dizia a Herodes: Não
te é lícito ter a mulher de teu irmão. 19 Por isso Herodias
lhe guardava rancor e queria matá-lo, mas não podia; 20 porque Herodes temia a João,
sabendo que era varão justo e santo, e o guardava em segurança; e, ao
ouvi-lo, ficava muito perplexo, contudo de boa mente o escutava. 21 Chegado, porém, um dia oportuno
quando Herodes no seu aniversário natalício ofereceu um banquete aos grandes
da sua corte, aos principais da Galiléia, 22 entrou a filha da mesma Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos convivas.
Então o rei disse à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to
darei. 23 E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que
me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino. 24 Tendo ela saído, perguntou a sua
mãe: Que pedirei? Ela respondeu: A cabeça de João, o Batista. 25 E tornando logo com pressa à
presença do rei, pediu, dizendo: Quero que imediatamente me dês num prato a
cabeça de João, o Batista. 26 Ora, entristeceu-se muito o rei;
todavia, por causa dos seus juramentos e por causa dos que estavam à mesa,
não lha quis negar. 27 O rei, pois, enviou logo um
soldado da sua guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Então ele foi e o
degolou no cárcere, 28 e trouxe a cabeça num prato e a
deu à jovem, e a jovem a deu à sua mãe. 29 Quando os seus discípulos ouviram
isso, vieram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro. 30 Reuniram-se os apóstolos com
Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. 31 Ao que ele lhes disse: Vinde
vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos
os que vinham e iam, e não tinham tempo nem para comer. 32 Retiraram-se, pois, no barco
para um lugar deserto, à parte. 33 Muitos, porém, os viram partir,
e os reconheceram; e para lá correram a pé de todas as cidades, e ali
chegaram primeiro do que eles. 34 E Jesus, ao desembarcar, viu uma
grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm
pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 Estando a hora já muito
adiantada, aproximaram-se dele seus discípulos e disseram: O lugar é deserto,
e a hora já está muito adiantada; 36 despede-os, para que vão aos
sítios e às aldeias, em redor, e comprem para si o que comer. 37 Ele, porém, lhes respondeu:
Dai-lhes vós de comer. Então eles lhe perguntaram: Havemos de ir comprar duzentos
denários de pão e dar-lhes de comer? 38 Ao que ele lhes disse: Quantos
pães tendes? Ide ver. E, tendo-se informado, responderam: Cinco pães e dois
peixes. 39 Então lhes ordenou que a todos
fizessem reclinar-se, em grupos, sobre a relva verde. 40 E reclinaram-se em grupos de cem
e de cinqüenta. 41 E tomando os cinco pães e os
dois peixes, e erguendo os olhos ao céu, os abençoou; partiu os pães e os
entregava a seus discípulos para lhos servirem;
também repartiu os dois peixes por todos. 42 E todos comeram e se fartaram. 43 Em seguida, recolheram doze
cestos cheios dos pedaços de pão e de peixe. 44 Ora, os que comeram os pães eram
cinco mil homens. 45 Logo em seguida obrigou os seus
discípulos a entrar no barco e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. 46 E, tendo-a despedido, foi ao
monte para orar. 47 Chegada a tardinha, estava o barco no meio do mar, e ele
sozinho em terra. 48 E, vendo-os fatigados a remar,
porque o vento lhes era contrário, pela quarta vigília da noite, foi ter com
eles, andando sobre o mar; e queria passar-lhes adiante; 49 eles, porém, ao vê-lo andando
sobre o mar, pensaram que era um fantasma e gritaram; 50 porque todos o viram e se
assustaram; mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes: Tende ânimo;
sou eu; não temais. 51 E subiu para junto deles no
barco, e o vento cessou; e ficaram, no seu íntimo, grandemente pasmados; 52 pois não tinham compreendido o
milagre dos pães, antes o seu coração estava endurecido. 53 E, terminada a travessia,
chegaram à terra em Genezaré, e ali atracaram. 54 Logo que desembarcaram, o povo
reconheceu a Jesus; 55 e correndo eles por toda aquela
região, começaram a levar nos leitos os que se achavam enfermos, para onde ouviam
dizer que ele estava. 56 Onde quer, pois, que entrava,
fosse nas aldeias, nas cidades ou nos campos, apresentavam os enfermos nas
praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos a orla do seu manto; e
todos os que a tocavam ficavam curados. |