www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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MARCOS 7 1 Foram ter com Jesus os fariseus,
e alguns dos escribas vindos de Jerusalém, 2 e repararam que alguns dos seus
discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar. 3 Pois os fariseus, e todos os judeus,
guardando a tradição dos anciãos, não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; 4 e quando voltam do mercado, se
não se purificarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para
observar, como a lavagem de copos, de jarros e de vasos de bronze. 5 Perguntaram-lhe, pois, os
fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a
tradição dos anciãos, mas comem o pão com as mãos por lavar? 6 Respondeu-lhes: Bem profetizou
Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com
os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim; 7 mas em vão me adoram, ensinando
doutrinas que são preceitos de homens. 8 Vós deixais o mandamento de Deus,
e vos apegais à tradição dos homens. 9 Disse-lhes ainda: Bem sabeis
rejeitar o mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição. 10 Pois Moisés disse: Honra a teu
pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. 11 Mas vós dizeis: Se um homem
disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor, 12 não mais lhe permitis fazer
coisa alguma por seu pai ou por sua mãe, 13 invalidando assim a palavra de
Deus pela vossa tradição que vós transmitistes; também muitas outras coisas
semelhantes fazeis. 14 E chamando a si outra vez a
multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós todos, e entendei. 15 Nada há fora do homem que,
entrando nele, possa contaminá-lo; mas o que sai do homem, isso é que o
contamina. 16 (Se alguém tem ouvidos para
ouvir, ouça.) 17 Depois, quando deixou a multidão
e entrou em casa, os seus discípulos o interrogaram acerca da parábola. 18 Respondeu-lhes ele: Assim também
vós estais sem entender? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no
homem não o pode contaminar, 19 porque não lhe entra no coração,
mas no ventre, e é lançado fora? Assim declarou puros todos os alimentos. 20 E prosseguiu: O que sai do homem , isso é que o contamina. 21 Pois é do interior, do coração
dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os
homicídios, os adultérios, 22 a cobiça, as maldades, o dolo, a
libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; 23 todas estas más coisas procedem
de dentro e contaminam o homem. 24 Levantando-se dali, foi para as
regiões de Tiro e Sidom. E entrando numa casa, não
queria que ninguém o soubesse, mas não pode ocultar-se; 25 porque logo, certa mulher, cuja
filha estava possessa de um espírito imundo, ouvindo falar dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés; 26 (ora, a mulher era grega, de
origem siro-fenícia) e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio. 27 Respondeu-lhes Jesus: Deixa que
primeiro se fartem os filhos; porque não é bom tomar o pão dos filhos e
lança-lo aos cachorrinhos. 28 Ela, porém, replicou,
e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa
comem das migalhas dos filhos. 29 Então ele lhe disse: Por essa
palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. 30 E, voltando
ela para casa, achou a menina deitada sobre a cama, e que o demônio já
havia saído. 31 Tendo Jesus partido das regiões
de Tiro, foi por Sidom até o mar da Galiléia, passando pelas regiões de Decápolis. 32 E trouxeram-lhe um surdo, que
falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. 33 Jesus, pois, tirou-o de entre a
multidão, à parte, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na
língua; 34 e erguendo os olhos ao céu,
suspirou e disse-lhe: Efatá; isto é Abre-te. 35 E abriram-se-lhe
os ouvidos, a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. 36 Então lhes ordenou Jesus que a
ninguém o dissessem; mas, quando mais lho proibia,
tanto mais o divulgavam. 37 E se maravilhavam sobremaneira,
dizendo: Tudo tem feito bem; faz até os surdos ouvir e os mudos falar. |