www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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MARCOS 9 1 Disse-lhes mais: Em verdade vos
digo que, dos que aqui estão, alguns há que de modo nenhum provarão a morte
até que vejam o reino de Deus já chegando com poder. 2 Seis dias depois tomou Jesus consigo
a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou à parte sós, a um alto monte; e foi
transfigurado diante deles; 3 as suas vestes tornaram-se
resplandecentes, extremamente brancas, tais como nenhum lavandeiro sobre a
terra as poderia branquear. 4 E apareceu-lhes Elias com Moisés,
e falavam com Jesus. 5 Pedro, tomando a palavra, disse a
Jesus: Mestre, bom é estarmos aqui; faça-mos,
pois, três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias. 6 Pois não sabia o que havia de
dizer, porque ficaram atemorizados. 7 Nisto veio uma nuvem que os
cobriu, e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi. 8 De repente, tendo olhado em
redor, não viram mais a ninguém consigo, senão só a Jesus. 9 Enquanto desciam do monte,
ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do
homem ressurgisse dentre os mortos. 10 E eles guardaram o caso em
segredo, indagando entre si o que seria o ressurgir dentre os mortos. 11 Então lhe perguntaram: Por que
dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro? 12 Respondeu-lhes Jesus: Na verdade
Elias havia de vir primeiro, a restaurar todas as coisas; e como é que está
escrito acerca do Filho do homem que ele deva padecer muito a ser aviltado? 13 Digo-vos, porém, que Elias já
veio, e fizeram-lhe tudo quanto quiseram, como dele está escrito. 14 Quando chegaram aonde estavam os
discípulos, viram ao redor deles uma grande multidão, e alguns escribas a
discutirem com eles. 15 E logo toda a multidão, vendo a
Jesus, ficou grandemente surpreendida; e correndo todos para ele, o saudavam. 16 Perguntou ele aos escribas: Que
é que discutis com eles? 17 Respondeu-lhe um dentre a
multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo; 18 e este, onde quer que o apanha,
convulsiona-o, de modo que ele espuma, range os dentes, e vai definhando; e
eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. 19 Ao que Jesus lhes respondeu: ó
geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos hei de
suportar? Trazei-mo. 20 Então lho
trouxeram; e quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o convulsionou;
e o endemoninhado, caindo por terra, revolvia-se espumando. 21 E perguntou Jesus ao pai dele:
Há quanto tempo sucede-lhe isto? Respondeu ele: Desde a infância; 22 e muitas vezes o tem lançado no
fogo, e na água, para o destruir; mas se podes fazer alguma coisa, tem
compaixão de nós e ajuda-nos. 23 Ao que lhe disse Jesus: Se podes!-tudo é possível ao que crê. 24 Imediatamente o pai do menino,
clamando, com lágrimas disse: Creio! Ajuda a minha incredulidade. 25 E Jesus, vendo que a multidão,
correndo, se aglomerava, repreendeu o espírito imundo, dizendo: Espírito mudo
e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e nunca mais entres nele. 26 E ele, gritando, e agitando-o
muito, saiu; e ficou o menino como morto, de modo que a maior parte dizia:
Morreu. 27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o
ergueu; e ele ficou em pé. 28 E quando entrou em casa, seus
discípulos lhe perguntaram à parte: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 29 Respondeu-lhes: Esta casta não
sai de modo algum, salvo à força de oração e jejum. 30 Depois, tendo partido dali,
passavam pela Galiléia, e ele não queria que
ninguém o soubesse; 31 porque ensinava a seus
discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens,
que o matarão; e morto ele, depois de três dias ressurgirá. 32 Mas eles não entendiam esta
palavra, e temiam interrogá-lo. 33 Chegaram a Cafarnaum. E estando
ele em casa, perguntou-lhes: Que estáveis discutindo pelo caminho? 34 Mas eles se calaram, porque pelo
caminho haviam discutido entre si qual deles era o maior. 35 E ele, sentando-se, chamou os
doze e lhes disse: se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de
todos e o servo de todos. 36 Então tomou uma criança, pô-la
no meio deles e, abraçando-a, disse-lhes: 37 Qualquer que em meu nome receber
uma destas crianças, a mim me recebe; e qualquer que me recebe a mim, recebe
não a mim mas àquele que me enviou. 38 Disse-lhe João: Mestre, vimos um
homem que em teu nome expulsava demônios, e nós lho
proibimos, porque não nos seguia. 39 Jesus, porém, respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu
nome e possa logo depois falar mal de mim; 40 pois quem não é contra nós, é
por nós. 41 Porquanto qualquer que vos der a
beber um copo de água em meu nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo
que de modo algum perderá a sua recompensa. 42 Mas qualquer que fizer tropeçar
um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora
que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no
mar. 43 E se a tua mão te fizer
tropeçar, corta-a; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo duas
mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 44 onde o seu verme não morre, e o
fogo não se apaga. 45 Ou, se o teu pé te fizer
tropeçar, corta-o; melhor é entrares coxo na vida, do que, tendo dois pés,
seres lançado no inferno. 46 onde o seu verme não morre, e o
fogo não se apaga. 47 Ou, se o teu olho te fizer
tropeçar, lança-o fora; melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do
que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno. 48 onde o seu verme não morre, e o
fogo não se apaga. 49 Porque cada um será salgado com
fogo. 50 Bom é o sal; mas, se o sal se
tornar insípido, com que o haveis de temperar? Tende sal em vós mesmos, e
guardai a paz uns com os outros. |