www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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LUCAS 19 1 Tendo Jesus entrado em Jericó, ia
atravessando a cidade. 2 Havia ali um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de publicanos e era
rico. 3 Este procurava ver quem era
Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura. 4 E correndo adiante, subiu a um
sicômoro a fim de vê-lo, porque havia de passar por ali. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar,
olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu
fique hoje em tua casa. 6 Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria. 7 Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um
homem pecador. 8 Zaqueu, porém, levantando-se,
disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se
em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho
restituo quadruplicado. 9 Disse-lhe Jesus: Hoje veio a
salvação a esta casa, porquanto também este é filho de Abraão. 10 Porque o Filho do homem veio
buscar e salvar o que se havia perdido. 11 Ouvindo eles isso, prosseguiu
Jesus, e contou uma parábola, visto estar ele perto de Jerusalém, e pensarem
eles que o reino de Deus se havia de manifestar imediatamente. 12 Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua, a fim de
tomar posse de um reino e depois voltar. 13 E chamando dez servos seus,
deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha. 14 Mas os seus concidadãos odiavam-no, e enviaram após ele uma
embaixada, dizendo: Não queremos que este homem reine sobre nós. 15 E sucedeu que, ao voltar ele,
depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles servos a quem
entregara o dinheiro, a fim de saber como cada um havia negociado. 16 Apresentou-se, pois, o primeiro, e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez minas. 17 Respondeu-lhe o senhor: Bem está, servo bom! porque no
mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade. 18 Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas. 19 A este também respondeu: Sê tu
também sobre cinco cidades. 20 E veio outro, dizendo: Senhor,
eis aqui a tua mina, que guardei num lenço; 21 pois tinha medo de ti, porque és
homem severo; tomas o que não puseste, e ceifas o que não semeaste. 22 Disse-lhe o Senhor: Servo mau! pela tua boca te
julgarei; sabias que eu sou homem severo, que tomo o que não pus, e ceifo o
que não semeei; 23 por que, pois, não puseste o meu
dinheiro no barco? então vindo eu, o teria retirado
com os juros. 24 E disse aos que estavam ali:
Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem as dez minas. 25
Responderam-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas. 26 Pois eu vos digo que a todo o que tem, dar-se-lhe-á;
mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado. 27 Quanto, porém, àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre
eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim. 28 Tendo Jesus assim falado, ia
caminhando adiante deles, subindo para Jerusalém. 29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto
do monte que se chama das Oliveiras, enviou dois dos discípulos, 30 dizendo-lhes: Ide à aldeia que
está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que ninguém
jamais montou; desprendei-o e trazei-o. 31 Se alguém vos perguntar: Por que o desprendeis? respondereis
assim: O Senhor precisa dele. 32 Partiram, pois, os que tinham sido enviados, e acharam conforme lhes dissera. 33 Enquanto desprendiam o jumentinho, os seus donos lhes perguntaram: Por que
desprendeis o jumentinho? 34 Responderam eles: O Senhor precisa dele. 35 Trouxeram-no, pois, a Jesus e,
lançando os seus mantos sobre o jumentinho, fizeram que Jesus montasse. 36 E, enquanto ele ia passando,
outros estendiam no caminho os seus mantos. 37 Quando já ia chegando à descida
do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se,
começou a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinha visto, 38 dizendo: Bendito o Rei que vem
em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. 39 Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre,
repreende os teus discípulos. 40 Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras
clamarão. 41 E quando chegou perto e viu a
cidade, chorou sobre ela, 42 dizendo: Ah! se
tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! mas agora isso está encoberto aos teus olhos. 43 Porque dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de
trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados, 44 e te derribarão, a ti e aos teus
filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra,
porque não conheceste o tempo da tua visitação. 45 Então, entrando ele no templo, começou a expulsar os que ali vendiam, 46 dizendo-lhes: Está escrito: A
minha casa será casa de oração; vós, porém, a fizestes covil de salteadores. 47 E todos os dias ensinava no
templo; mas os principais sacerdotes, os escribas, e os principais do povo
procuravam matá-lo; 48 mas não achavam meio de o fazer; porque todo o povo ficava enlevado
ao ouvi-lo. |