www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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JOÃO 6 1 Depois disto partiu Jesus para o
outro lado do mar da Galiléia, também chamado de
Tiberíades. 2 E seguia-o uma grande multidão,
porque via os sinais que operava sobre os enfermos. 3 Subiu, pois, Jesus ao monte e
sentou-se ali com seus discípulos. 4 Ora, a páscoa, a festa dos
judeus, estava próxima. 5 Então Jesus, levantando os olhos,
e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Felipe: Onde
compraremos pão, para estes comerem? 6 Mas dizia isto para o
experimentar; pois ele bem sabia o que ia fazer. 7 Respondeu-lhe Felipe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba
um pouco. 8 Ao que lhe disse um dos seus
discípulos, André, irmão de Simão Pedro: 9 Está aqui um rapaz que tem cinco
pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? 10 Disse Jesus: Fazei reclinar-se o
povo. Ora, naquele lugar havia muita relva. Reclinaram-se aí, pois, os homens
em número de quase cinco mil. 11 Jesus, então, tomou os pães e,
havendo dado graças, repartiu-os pelos que estavam reclinados; e de igual
modo os peixes, quanto eles queriam. 12 E quando estavam saciados, disse
aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se
perca. 13 Recolheram-nos, pois e encheram
doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam
comido. 14 Vendo, pois, aqueles homens o
sinal que Jesus operara, diziam: este é verdadeiramente o profeta que havia
de vir ao mundo. 15 Percebendo, pois, Jesus que
estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, tornou a
retirar-se para o monte, ele sozinho. 16 Ao cair da tarde, desceram os
seus discípulos ao mar; 17 e, entrando num barco,
atravessavam o mar em direção a Cafarnaum; enquanto isso, escurecera e Jesus
ainda não tinha vindo ter com eles; 18 ademais, o mar se empolava,
porque soprava forte vento. 19 Tendo, pois, remado uns vinte e
cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre o mar e aproximando-se
do barco; e ficaram atemorizados. 20 Mas ele lhes disse: Sou eu; não
temais. 21 Então eles de boa mente o
receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam. 22 No dia seguinte, a multidão que
ficara no outro lado do mar, sabendo que não houvera ali senão um barquinho,
e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos, mas que estes tinham ido
sós 23 (contudo, outros barquinhos
haviam chegado a Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão, havendo o
Senhor dado graças); 24 quando, pois, viram que Jesus
não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e
foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. 25 E, achando-o no outro lado do
mar, perguntaram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui? 26 Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas
porque comestes do pão e vos saciastes. 27 Trabalhai, não pela comida que
perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do
homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo. 28 Pergutaram-lhe,
pois: Que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus? 29 Jesus lhes respondeu: A obra de
Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou. 30 Perguntaram-lhe, então: Que
sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos e te creiamos? Que operas tu? 31 Nossos pais comeram o maná no
deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer. 32 Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas
meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Porque o pão de Deus é aquele
que desce do céu e dá vida ao mundo. 34 Disseram-lhe, pois: Senhor,
dá-nos sempre desse pão. 35 Declarou-lhes Jesus. Eu sou o
pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim
jamais terá sede. 36 Mas como já vos disse, vós me
tendes visto, e contudo não credes. 37 Todo o que o Pai me dá virá a
mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. 38 Porque eu desci do céu, não para
fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E a vontade do que me enviou é
esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o
ressuscite no último dia. 40 Porquanto esta é a vontade de
meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu
o ressuscitarei no último dia. 41 Murmuravam, pois, dele os
judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu; 42 e perguntavam: Não é Jesus, o
filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz agora: Desci do
céu? 43 Respondeu-lhes Jesus: Não
murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai
que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E
serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e
aprendeu vem a mim. 46 Não que alguém tenha visto o
Pai, senão aquele que é vindo de Deus; só ele tem visto o Pai. 47 Em verdade, em verdade vos digo:
Aquele que crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no
deserto e morreram. 50 Este é o pão que desce do céu,
para que o que dele comer não morra. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do
céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela
vida do mundo é a minha carne. 52 Disputavam, pois, os judeus
entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer? 53 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o
seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. 54 Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne
verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Assim como o Pai, que vive, me
enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por
mim. 58 Este é o pão que desceu do céu;
não é como o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer
este pão viverá para sempre. 59 Estas coisas falou Jesus quando
ensinava na sinagoga em Cafarnaum. 60 Muitos, pois, dos seus
discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? 61 Mas, sabendo Jesus em si mesmo
que murmuravam disto os seus discípulos, disse-lhes: Isto vos escandaliza? 62 Que seria, pois, se vísseis
subir o Filho do homem para onde primeiro estava? 63 O espírito é o que vivifica, a
carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e
são vida. 64 Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os
que não criam, e quem era o que o havia de entregar. 65 E continuou: Por isso vos disse
que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido. 66 Por causa disso muitos dos seus
discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele. 67 Perguntou então Jesus aos doze:
Quereis vós também retirar-vos? 68 Respondeu-lhe Simão Pedro:
Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. 69 E nós já temos crido e bem
sabemos que tu és o Santo de Deus. 70 Respondeu-lhes Jesus: Não vos
escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é o diabo. 71 Referia-se a Judas, filho de
Simão Iscariotes; porque era ele o que o havia de
entregar, sendo um dos doze. |