www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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ATOS 19 1 E sucedeu que, enquanto Apolo
estava em Corinto, Paulo tendo atravessado as regiões mais altas, chegou a
Éfeso e, achando ali alguns discípulos, 2 perguntou-lhes: Recebestes vós o
Espírito Santo quando crestes? Responderam-lhe eles: Não, nem sequer ouvimos
que haja Espírito Santo. 3 Tornou-lhes ele: Em que fostes batizados então? E eles disseram: No batismo de
João. 4 Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento,
dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em
Jesus. 5 Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. 6 Havendo-lhes Paulo imposto as
mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam. 7 E eram ao todo uns doze homens. 8 Paulo, entrando na sinagoga,
falou ousadamente por espaço de três meses, discutindo e persuadindo acerca
do reino de Deus. 9 Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal
do Caminho diante da multidão, apartou-se deles e separou os discípulos,
discutindo diariamente na escola de Tirano. 10 Durou isto por dois anos; de maneira que todos os que habitavam na Ásia,
tanto judeus como gregos, ouviram a palavra do Senhor. 11 E Deus pelas mãos de Paulo fazia
milagres extraordinários, 12 de sorte que lenços e aventais
eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam
deles os espíritos malignos. 13 Ora, também alguns dos
exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome de Jesus sobre os que
tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo
prega. 14 E os que faziam isto eram sete
filhos de Ceva, judeu, um dos principais sacerdotes. 15 Respondendo, porém, o espírito
maligno, disse: A Jesus conheço, e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? 16 Então o homem, no qual estava o
espírito maligno, saltando sobre eles, apoderou-se de dois e prevaleceu
contra eles, de modo que, nus e feridos, fugiram daquela casa. 17 E isto tornou-se conhecido de
todos os que moravam em Éfeso, tanto judeus como gregos; e veio temor sobre
todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. 18 E muitos dos que haviam crido
vinham, confessando e revelando os seus feitos. 19 Muitos também dos que tinham praticado artes mágicas ajuntaram os seus
livros e os queimaram na presença de todos; e, calculando o valor deles,
acharam que montava a cinqüenta mil moedas de
prata. 20 Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia. 21 Cumpridas estas coisas, Paulo
propôs, em seu espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e pela Acaia, porque dizia: Depois de haver estado ali, é-me
necessário ver também Roma. 22 E, enviando à Macedônia dois dos
que o auxiliavam, Timóteo e Erasto, ficou ele por algum tempo na Ásia. 23 Por esse tempo houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho. 24 Porque certo ourives, por nome Demétrio, que fazia da prata miniaturas do
templo de Diana, proporcionava não pequeno negócio aos artífices, 25 os quais ele ajuntou, bem como
os oficiais de obras semelhantes, e disse: Senhores, vós bem sabeis que desta
indústria nos vem a prosperidade, 26 e estais vendo e ouvindo que não
é só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desviado
muita gente, dizendo não serem deuses os que são feitos por mãos humanas. 27 E não somente há perigo de que
esta nossa profissão caia em descrédito, mas também que o templo da grande
deusa Diana seja estimado em nada, vindo mesmo a ser destituída da sua
majestade aquela a quem toda a Ásia e o mundo adoram. 28 Ao ouvirem isso, encheram-se de ira, e clamavam, dizendo: Grande é a
Diana dos efésios! 29 A cidade encheu-se de confusão,
e todos à uma correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco,
macedônios, companheiros de Paulo na viagem. 30 Querendo Paulo apresentar-se ao
povo, os discípulos não lho permitiram. 31 Também alguns dos asiarcas, sendo amigos dele,
mandaram rogar-lhe que não se arriscasse a ir ao teatro. 32 Uns, pois, gritavam de um modo, outros de outro; porque a assembléia estava em confusão, e a maior parte deles nem
sabia por que causa se tinham ajuntado. 33 Então tiraram dentre a turba a Alexandre, a quem os judeus impeliram para a
frente; e Alexandre, acenando com a mão, queria apresentar uma defesa ao
povo. 34 Mas quando perceberam que ele era judeu, todos a uma voz gritaram por
quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios! 35 Havendo o escrivão conseguido
apaziguar a turba, disse: Varões efésios, que homem há que não saiba que a
cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da
imagem que caiu de Júpiter? 36 Ora, visto que estas coisas não podem ser contestadas, convém que vos
aquieteis e nada façais precipitadamente. 37 Porque estes homens que aqui
trouxestes, nem são sacrílegos nem blasfemadores da nossa deusa. 38 Todavia, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma
queixa contra alguém, os tribunais estão abertos e há procônsules:
que se acusem uns aos outros. 39 E se demandais alguma outra
coisa, averiguar-se-á em legítima assembléia. 40 Pois até corremos perigo de sermos acusados de sedição pelos
acontecimentos de hoje, não havendo motivo algum com que possamos justificar
este ajuntamento. 41 E, tendo dito isto, despediu a assembléia. |