www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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ATOS 23 1 Fitando Paulo os olhos no
sinédrio, disse: Varões irmãos, até o dia de hoje tenho andado diante de Deus
com toda a boa consciência. 2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que
o ferissem na boca. 3 Então Paulo lhe disse: Deus te
ferirá a ti, parede branqueada; tu estás aí sentado para julgar-me segundo a
lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido? 4 Os que estavam ali disseram:
Injurias o sumo sacerdote de Deus? 5 Disse Paulo: Não sabia, irmãos,
que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do
teu povo. 6 Sabendo Paulo que uma parte era
de saduceus e outra de fariseus, clamou no sinédrio: Varões irmãos, eu sou
fariseu, filho de fariseus; é por causa da esperança da ressurreição dos
mortos que estou sendo julgado. 7 Ora, dizendo ele isto, surgiu dissensão entre os fariseus e saduceus; e a
multidão se dividiu. 8 Porque os saduceus dizem que não
há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e
outra coisa. 9 Daí procedeu grande clamor; e levantando-se alguns da parte dos fariseus,
altercavam, dizendo: Não achamos nenhum mal neste homem. E se algum espírito
ou anjo lhe falou, não resistamos a Deus. 10 E avolumando-se a dissenção, o
comandante, temendo que Paulo fosse por eles despedaçado, mandou que os
soldados descessem e o tirassem do meio deles e o levassem para a fortaleza. 11 Na noite seguinte, apresentou-se-lhe o Senhor e disse: Tem bom ânimo:
porque, como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa que o dês
também em Roma. 12 Quando já era dia, coligaram-se os judeus e juraram sob pena de maldição que
não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. 13 Eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração; 14 e estes foram ter com os
principais sacerdotes e anciãos, e disseram: Conjuramo-nos sob pena de
maldição a não provarmos coisa alguma até que matemos a Paulo. 15 Agora, pois, vós, com o sinédrio, rogai ao comandante que o mande descer
perante vós como se houvésseis de examinar com mais precisão a sua causa; e
nós estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue. 16 Mas o filho da irmã de Paulo, tendo sabido da cilada, foi, entrou na
fortaleza e avisou a Paulo. 17 Chamando Paulo um dos
centuriões, disse: Leva este moço ao comandante, porque tem alguma coisa que
lhe comunicar. 18 Tomando-o ele, pois, levou-o ao comandante e disse: O preso Paulo, chamando-me,
pediu-me que trouxesse à tua presença este moço, que tem alguma coisa a
dizer-te. 19 O comandante tomou-o pela mão e,
retirando-se à parte, perguntou-lhe em particular: Que é que tens a
contar-me? 20 Disse ele: Os judeus combinaram rogar-te que amanhã mandes Paulo descer ao
sinédrio, como que tendo de inquirir com mais precisão algo a seu respeito. 21 Tu, pois, não te deixes persuadir por eles; porque mais de quarenta
homens dentre eles armaram ciladas, os quais juraram sob pena de maldição não
comerem nem beberem até que o tenham morto; e agora estão aprestados,
esperando a tua promessa. 22 Então o comandante despediu o moço, ordenando-lhe que a ninguém dissesse
que lhe havia contado aquilo. 23 Chamando dois centuriões, disse: Aprontai para a terceira hora da noite
duzentos soldados de infantaria, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros
para irem até Cesaréia. 24 E mandou que aparelhassem
cavalgaduras para que Paulo montasse, a fim de o levarem salvo ao governador
Félix. 25 E escreveu-lhe uma carta nestes
termos: 26 Cláudio Lísias, ao
excelentíssimo governador Félix, saúde. 27 Este homem foi preso pelos judeus, e estava a ponto de ser morto por eles
quando eu sobrevim com a tropa e o livrei ao saber que era romano. 28 Querendo saber a causa por que o acusavam, levei-o ao sinédrio deles; 29 e achei que era acusado de
questões da lei deles, mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou
prisão. 30 E quando fui informado que
haveria uma cilada contra o homem, logo to enviei, intimando também aos
acusadores que perante ti se manifestem contra ele. Passa bem. 31 Os soldados, pois, conforme lhes fora mandado, tomando a Paulo, o
levaram de noite a Antipátride. 32 Mas no dia seguinte, deixando aos de cavalaria irem com ele, voltaram
à fortaleza; 33 os quais, logo que chegaram a
Cesaréia e entregaram a carta ao governador, apresentaram-lhe também Paulo. 34 Tendo lido a carta, o governador perguntou de que província ele era; e,
sabendo que era da Cilícia, disse: 35 Ouvir-te-ei quando chegarem também os teus acusadores; e mandou que fosse
guardado no pretório de Herodes. |