www.4tons.com Pr. Marcelo Augusto
de Carvalho |
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ATOS 26 1 Depois Agripa
disse a Paulo: É-te permitido fazer a tua defesa. Então Paulo, estendendo a
mão, começou a sua defesa: 2 Sinto-me feliz, ó rei Agripa, em poder defender-me
hoje perante ti de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus; 3 mormente porque és versado em
todos os costumes e questões que há entre os judeus; pelo que te rogo que me
ouças com paciência. 4 A minha vida, pois, desde a
mocidade, o que tem sido sempre entre o meu povo e em Jerusalém, sabem-na
todos os judeus, 5 pois me conhecem desde o
princípio e, se quiserem, podem dar testemunho de que, conforme a mais severa
seita da nossa religião, vivi fariseu. 6 E agora estou aqui para ser
julgado por causa da esperança da promessa feita por Deus a nossos pais, 7 a qual as nossas doze tribos,
servindo a Deus fervorosamente noite e dia, esperam alcançar; é por causa
desta esperança, ó rei, que eu sou acusado pelos judeus. 8 Por que é que se julga entre vós
incrível que Deus ressuscite os mortos? 9 Eu, na verdade, cuidara que devia
praticar muitas coisas contra o nome de Jesus, o nazareno; 10 o que, com efeito, fiz em
Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos principais dos sacerdotes,
não somente encerrei muitos dos santos em prisões, como também dei o meu voto
contra eles quando os matavam. 11 E, castigando-os muitas vezes
por todas as sinagogas, obrigava-os a blasfemar; e enfurecido cada vez mais
contra eles, perseguia-os até nas cidades estrangeiras. 12 Indo com este encargo a Damasco,
munido de poder e comissão dos principais sacerdotes, 13 ao meio-dia, ó rei vi no caminho
uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, resplandecendo em torno de
mim e dos que iam comigo. 14 E, caindo nós todos por terra,
ouvi uma voz que me dizia em língua hebráica:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os
aguilhões. 15 Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues; 16 mas levanta-te e põe-te em pé;
pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha tanto das
coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei de aparecer; 17 livrando-te deste povo e dos
gentios, aos quais te envio, 18 para lhes abrir os olhos a fim
de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que
recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela
fé em mim. 19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à
visão celestial, 20 antes anunciei primeiramente aos
que estão em Damasco, e depois em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia e
também aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando
obras dignas de arrependimento. 21 Por causa disto os judeus me
prenderam no templo e procuravam matar-me. 22 Tendo, pois, alcançado socorro
da parte de Deus, ainda até o dia de hoje permaneço, dando testemunho tanto a
pequenos como a grandes, não dizendo nada senão o que os profetas e Moisés
disseram que devia acontecer; 23 isto é, como o Cristo devia
padecer, e como seria ele o primeiro que, pela ressurreição dos mortos, devia
anunciar a luz a este povo e também aos gentios. 24 Fazendo ele deste modo a sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco,
Paulo; as muitas letras te fazem delirar. 25 Mas Paulo disse: Não deliro, ó excelentíssimo Festo, antes digo
palavras de verdade e de perfeito juízo. 26 Porque o rei, diante de quem falo com liberdade, sabe destas coisas, pois
não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer
canto. 27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Sei que
crês. 28 Disse Agripa
a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me cristão. 29 Respondeu Paulo: Prouvera a Deus
que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje
me ouvem, se tornassem tais qual eu sou, menos estas cadeias. 30 E levantou-se o rei, e o governador,
e Berenice, e os que com eles estavam sentados, 31 e retirando-se falavam uns com
os outros, dizendo: Este homem não fez nada digno de morte ou prisão. 32 Então Agripa
disse a Festo: Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para
César. |