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ESTÁ ESCRITO – Mark Finley

 

 

51 OS ANJOS PODEM SER MAUS

 

52 ESPÍRITO DOS MORTOS

 

53 O ENTUSIAO A RESPEITO DO SÁBADO

 

54 ESPAÇO SUFICIENTE

 

55 SABEMOS QUE ELE VAI VOLTAR

 

56 DECIFRANDO O CÓDIGO DA BÍBLIA

 

57 O PRIMEIRO HOMEM DE FÉ

 

58 UM HOMEM DE DESTAQUE

 

59 UM CANTOR NA ESCURIDÃO

 

60 MAIS IMPORTANTE ACONTECIMENTO HISTÓRIA


 


 

51

OS ANJOS PODEM SER MAUS?

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Eles parecem estar em toda parte hoje em dia. Nos guiando. Nos consolando. Nos trazendo mensagens secretas.Os anjos alcançaram o topo. É bom pensar que cada um de nós tem seu próprio anjo da guarda. É bom pensar que existem mensageiros divinos aqui na terra, cuidando de nós. Mas aí você se depara com uma história, uma história extraordinária, que te faz pensar: anjos podem ser maus?Eu acho que os anjos estão aqui para nos guiar e nos proteger.Bem, os anjos parecem ser uma espécie de mensageiros de Deus. Eles intervêm em nossas vidas, de certa forma, para nos ajudar e são uma resposta às nossas orações. Eles parecem ser uma equipe de mensageiros especiais de Deus ou algo assim. Eu acredito que os anjos são seres enviados por Deus e estão aqui para nos ajudar em qualquer situação que seja necessária. É um fenômeno e tanto. Existem anjos fazendo aparições regulares no horário nobre da tv. Existem anjos estrelando filmes. Existe artesanato de anjos, estátuas de anjos, cartões de anjos, até mesmo web sites de anjos. Os anjos desenvolveram uma incrível legião de seguidores. E tudo sobre eles aparece banhado em luz. Eles parecem trazer um pedaço do céu para a terra.Mas às vezes, ouvimos falar de seres angelicais que parecem trazer algo muito diferente para a terra. Às vezes ouvimos histórias que nos levam a pensar se existem anjos trapaceiros vagando neste planeta. Os anjos podem, de fato, ser maus? Bill foi um rapaz que recebeu uma visita extraordinária quando morava em Los Angeles. Ele estava meditando em seu apartamento um dia, quando de repente, uma luz brilhante pareceu encher todo o seu ser. A luz parece ter se transformado numa lâmpada de mil watts em sua cabeça e então, um ser surgiu diante dele. Ele irradiava intensas luzes douradas e brancas e usava um manto longo e branco. Ele parecia brilhar de uma forma gloriosa igual a Jesus Cristo.Este ser belo e majestoso lhe fez algumas perguntas sobre a sua vida, e sobre suas lutas pessoais. E ele disse a Bill para não se preocupar tanto com as coisas. Depois dessa visita marcante, Bill sonhou em se tornar o discípulo pessoal desse anjo. Ele se achou o homem mais sortudo da América. E começou a receber o que ele acreditava ser mensagens daquele ser celestial.Porém meses depois, essas mensagens levaram Bill à beira de um colapso. Ele vivia atormentado por ansiedades. Sua vida havia se tornado um caos. Ele estava dando todo o seu tempo e dinheiro para várias causas da nova era. Mas não foi só isso. Ele desenvolveu uma necessidade obsessiva de oferecer e fazer cada vez mais. As mensagens, mais tarde ele percebeu, haviam o conduzido ao que ele chamou de "um pesadelo de escravidão".A experiência de Bill provou ser profundamente perturbadora. Ele seguiu o que parecia ser um anjo, alguém que ele tinha certeza ter vindo direto do céu e acabou correndo direto para um precipício.Como explicamos coisas assim? Como explicamos todas as outras histórias de pessoas que foram levadas por seres angelicais a uma terrível devoção ou até mesmo ao suicídio? Será que Deus está brincando com a gente? Será que às vezes ele nos envia palavras de consolo e às vezes nos envia para um precipício?Agora, vamos tentar obter algumas respostas da bíblia. A palavra, na verdade, tem considerações muito claras a respeito dos anjos. Ela os retrata de uma maneira um pouco mais complicada do que podemos ver num website sobre anjos. Nem todo mundo com uma auréola é necessariamente divino.Anjos podem ser maus? Bem, o apóstolo Pedro nos dá uma resposta em sua segunda epístola. Nós a encontramos em segunda Pedro, capítulo 2, versículo 4: "Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo".Pode parecer um tanto estranho, mas anjos podem pecar, ou pelo menos já pecaram uma vez.Apocalipse, capítulo 12, nos fala que isto aconteceu durante uma grande rebelião no céu. Tudo aconteceu quando um anjo chamado Lúcifer se rebelou e se tornou Satanás.Encontramos esta história em Apocalipse, capítulo 12, versículos do 7 ao 9: "Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos."Os anjos que se rebelaram contra Deus não foram destruídos. Eles foram atirados para a terra. Satanás teve a oportunidade de criar uma alternativa ao comando de Deus; ele teve a chance de mostrar que o seu modo de amar era melhor do que o de Deus. O resultado tem sido uma quantidade enorme de sofrimento, crueldade e desgraça. É uma venda difícil demais para satanás fazer. Portanto ele e seus anjos precisam apelar para a trapaça. Ele tenta enganar o mundo inteiro. Ele às vezes se disfarça de um anjo de luz. Ele mente desde que disse a Adão e Eva: "é certo que não morrereis". Anjos podem ser maus? Sim, podem, infelizmente. E eles estão oferecendo aos seres humanos hoje, um caminho - um caminho direto para o precipício.Sem dúvida, é importante em nosso mundo hoje saber diferenciar entre anjos do bem e do mal. Nós queremos ouvir aqueles que vêm do céu, não aqueles infiltrados do inferno.E felizmente, a bíblia nos dá alguns princípios importantes que nos ajudarão a fazer isso. Na verdade, somos recomendados a testar os espíritos. Paulo fala sobre o dom do discernimento de espíritos, ou seja, saber distinguir os espíritos.A palavra enfatiza duas coisas quando se trata de anjos do bem contra os do mal. Estes dois princípios giram em torno de ouvir a verdade e estar seguro.Primeiro, nos concentremos na verdade. Este princípio é muito importante. João nos ensina isso em sua primeira epístola. Primeira João, capítulo 4, versículos do 1 ao 3. Trata-se de um princípio que vai nos permitir ficar protegidos dos anjos malignos e entender a diferença entre a verdade e o erro: "amados, não deis créditos a qualquer espírito: antes provai os espíritos se procedem de Deus... Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus".Aí está. O apóstolo João queria que os crentes tivessem algo concreto com o qual pudessem testar as mensagens dos anjos. Então ele recorreu a verdade do evangelho, a verdade sobre Jesus ter vindo como homem para nos salvar. Ele estava dizendo aos crentes isto: os anjos de Deus falam a verdade,ponto final. Todas as mensagens deles são coerentes com a palavra de Deus. É importante ter um padrão de verdade objetiva, porque o que queremos ouvir nem sempre é o que precisamos ouvir. Algumas mensagens podemos sentir que são verdadeiras, ainda que pareçam estar nos levando para um precipício.Ás vezes a verdade de Deus nos deixa incomodados. Às vezes a verdade de Deus sacode a gente.Um homem chamado Ló se sentia muito bem numa cidade chamada Sodoma.Ele obteve muita prosperidade ali. Ele sustentava sua família ali. E ele acabou se tornando indiferente à corrupção que crescia ao redor dele.Mas dois estranhos chegaram à cidade um dia e hospedaram-se na casa de Ló. Eles eram, na verdade, anjos enviados por Deus e levavam uma mensagem assustadora. A cidade estava prestes a ser destruída. A maioria dos parentes de Ló riram com a notícia. Parecia uma piada de mau gosto. Gênesis, capítulo 19, versículo 15 nos conta o que aconteceu depois. E tudo é colocado de forma muito clara e muito sucinta: "ao amanhecer, apertaram os anjos com Ló, dizendo: levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, que aqui se encontram, para que não pereças no castigo da cidade." Ló saiu na mesma hora, pouco antes de chover fogo sobre aquele terrível lugar. Aquela não foi a mensagem que ele queria ter ouvido, mas ele precisava ouví-la imediatamente.Eu estava indo para casa numa tarde de sexta-feira com meus filhos numa auto-estrada e ao nosso lado tinha um caminhão e a porta de trás soltou-se. Estávamos tão perto que a porta deveria ter atingido o meu carro. Mas nós ouvimos o barulho e ela parece que passou direto como se tivesse um escudo cercando e protegendo a gente. E dissemos "obrigado, Senhor", na mesma hora. Foi um testemunho poderoso para os meus filhos sobre como os anjos podem nos proteger hoje, e agora." Um rei muito corrupto de Israel, chamado Acabe, queria uma direção. Ele queria saber se deveria levar uma expedição militar contra os exércitos da Síria em ramote-gileade. Acabe havia conseguido uma aliança com o rei de Judá, um homem de Deus chamado Josafá. E Acabe queria saber se ele seria vitorioso na batalha ou não. Então ele reuniu seus profetas especiais do reino e perguntou: "iremos à peleja contra ramote-gileade, ou deixarei de ir?"Os profetas responderam em uma só voz: "sobe, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei." Bom, Josafá ficou um pouco desconfiado. Aqueles profetas estavam falando em nome de Deus com muita facilidade, com muita rapidez.Então ele perguntou, o mais educadamente possível, se havia por ali algum profeta do Senhor. O rosto de Acabe se fechou e o versículo 7 de segundo Crônicas, capítulo 18, nos diz a resposta dele: "há um ainda, por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é mau. Este é Micaías." Acabe, embora relutante, mandou buscar este homem de Deus. O mensageiro do rei disse a Micaías, no entanto, que seria melhor ele concordar com o que todos os outros profetas estavam dizendo.Mas o profeta de Deus não podia dizer aquela boa notícia mentirosa. Ele disse a Acabe e Josafá que havia visto Israel dispersa pelos montes como ovelhas que não têm pastor. Ele viu um desastre.Bem, o rei Acabe ficou muito aborrecido. Por que este homem teve de ser tão trágico? E mandou Micaías para a prisão.E então, o rei Acabe marchou rumo à batalha contrariando o conselho do profeta. Ele foi ferido mortalmente e seu exército teve de recuar depois de um longo dia de batalha sangrenta. Acabe na verdade não queria uma direção, ele queria permissão. Ele queria um selo de aprovação para as suas escolhas. Ele se cercou de bajuladores, e quando a verdade estava diante de seus olhos, ele a jogou na prisão. A bíblia nos diz que os espíritos mentirosos estavam na boca de todos aqueles profetas. Eles guiaram o mestre deles direto para o precipício.Isto é importante ser lembrado quando tentarmos diferenciar entre anjos do bem e do mal. É importante ser lembrado quando organizarmos as mensagens que "se dizem" divinas. Às vezes só estamos buscando permissão, e não direção. Às vezes resolvemos seguir a mensagem mais fácil, aquela que satisfaz os nossos caprichos. E essa mensagem pode nos levar direto para o precipício."Muito tempo atrás, eu estava no estado da Pensilvânia num desvio, descendo uma ladeira muito inclinada com o caminhão ganhando impulso. O caminhão pesava mais de 18 toneladas. Eu basicamente havia perdido controle do caminhão. A velocidade estava alta, saía fumaça dos freios. Eu estava perdendo toda a pressão de ar. E aí eu clamei pelo Senhor, ou pelo meu anjo para me ajudar porque eu sabia que eu não podia fazer nada. E em alguns segundos, o caminhão começou a perder velocidade e nós voltamos a aproximadamente 30 km por hora quando pude retomar o controle e fazer as curvas. Eu não deveria estar aqui para contar esta história, mas pude sentir a intervenção divina do Senhor e um anjo para parar o caminhão." Agora, vamos ver o segundo princípio básico na bíblia que refere-se a discernir os espíritos. Este princípio refere-se a estarmos seguros como seres humanos, a estarmos protegidos.Você conhece a principal forma de identificar os espíritos malignos no novo testamento? Pelas aflições que eles causam.Pessoas possuídas por espíritos malignos são açoitadas no chão ou estão ferindo-se a si mesmas ou estão gritando de dor. Em várias ocasiões, Jesus expulsou um espírito que havia deixado um homem surdo e mudo, um espírito que fazia um garoto espumar pela boca, um espírito que fazia um homem ferir-se a si mesmo com pedras. É isto que os espíritos malignos fazem. Eles são destrutivos. Eles não acalentam, eles não criam amor ou alegria. Eles criam aflições.É isto que os anjos do mal fazem. É por esta estrada que eles tentam guiar as pessoas. Não é uma estrada segura. É uma estrada que leva à dor e à destruição.Portanto é isto que devemos manter em mente quando ouvimos falar de algum mensageiro angelical, algum ser banhado de luz. Nós temos que olhar para os resultados. Nós temos que ver para onde as mensagens estão levando a pessoa. Nós temos que ver se o estilo de vida dela é saudável ou destrutivo.Os anjos de Deus não encaminham as pessoas por estradas destrutivas. Deixe-me mostrar o que os anjos de Deus fazem.O implacável rei Herodes estava determinado a matar o menino Cristo antes que ele pudesse crescer e tomar sua coroa. Então, ele enviou soldados para matar todos os bebês meninos em Belém.Mas um anjo do Senhor apareceu a José num sonho e disse a ele: "dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise;" Mateus 2, versículo 13.Esta família permaneceu segura numa terra distante.O apóstolo Pedro estava trancafiado num calabouço, acorrentado à parede, cercado por guardas armados. Ele estava aguardando a sentença de execução do rei Herodes.Mas um anjo apareceu para ele em sua cela, tocou-lhe o ombros e o guiou para fora da cela, passou pelos guardas, passou pelo portão da prisão. Pedro voltou a salvo para seus irmãos e irmãs em Cristo.Amigos, é isso que os anjos de Deus fazem. Eles nos guiam para a segurança. Ouçam o que os salmistas têm a dizer sobre isso.Em salmo 34, e versículo 7, Davi coloca desta forma: "o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra." (salmo34:7)Salmo, capítulo 91, e versículo 11 acrescenta esta confirmação: "porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos."Amigo, os anjos do Senhor são enviados para o nosso bem. Este é o segundo ponto importante que devemos entender. Eles não tornam a nossa vida caótica. Eles não nos guiam para obsessões. Eles não nos deixam doentes.Os anjos nos mantêm seguros. Eles nos afastam do perigo, não nos empurram para ele. Eles nos guiam para longe de coisas que nos escravizam, e não para a prisão.os anjos de Deus cooperam conosco. Eles se alegram com pecadores que se arrependem. Eles trabalham para nos levar até Deus. Eles querem enriquecer o nosso relacionamento com ele."meus filhos e eu voltávamos da casa de meus pais para a nossa casa e no pé da colina onde meus pais moram tem um sinal. Nós paramos no sinal, ele estava vermelho e acendeu a luz verde e eu senti alguma coisa me tocar e eu não consegui mover o carro. Eu não conseguia acionar os pedais. Eu parecia estar paralisada. Meus filhos estavam paralisados. Fez um silêncio mortal no carro. E meus filhos são adolescentes, eles teriam dito "vai logo, mãe". E ninguém disse uma palavra. Ficamos ali mais ou menos um minuto. A luz ficou vermelha de novo. Depois ficou verde de novo. E de repente, a sensação acabou e nós fomos. Conforme subimos a colina, chegamos a outro cruzamento, nos deparamos com um acidente que tinha acabado de acontecer. Ainda havia vidros voando, portanto o acidente era recente. Nós paramos no cruzamento e observamos as conseqüências daquele acidente e mais uma vez ficou um silêncio total no carro. E um dos meus filhos me disse assim "mãe, um anjo nos impediu de estar neste acidente." Nós contornamos o acidente e prosseguimos. E todos sabíamos, naquele carro, que os anjos haviam nos impedido."Apresentador nós podemos distinguir entre anjos do bem e do mal. Nós podemos distinguir suas mensagens. O novo testamento nos ensina princípios claros que nos ajudarão a discernir melhor. E estes dois princípios trabalham juntos. Nós devemos manter os dois em mente.Os anjos de Deus falam a verdade de Deus. Às vezes eles nos falam o que não queremos ouvir. Às vezes eles nos dão umas sacudidas. Eles nos tiram de nosso "estado de comodidade". Mas é seguro estar com eles. Eles nos levam a um lugar seguro. Eles não nos empurram para um precipício. Eles nos guiam em direção a um lugar mais saudável. Eles nos ajudam a amadurecer o nosso relacionamento com Deus. Minha idéia básica sobre o que são os anjos e o que eles fazem é que eles são seres ajudadores invisíveis e eles são enviados por Deus para nos ajudar em áreas que não somos capazes de controlar ou que estejam fora de controle, além de, nos direcionar para o Senhor.Alguns anos atrás, eu saí numa viajem missionária e havia alguns documentos importantes que eu estava tentando juntar. Havia um, em particular, que eu não conseguia achar em lugar nenhum. O sábado já estava chegando. Eu tive que parar de procurar. E naquela noite, quando eu fui dormir... No meio da noite, eu tive uma experiência onde o meu quarto ficou completamente iluminado como se fosse dia e eu senti uma presença no meu quarto. Eu falei com ele, parece que foi uma eternidade. E finalmente, ele me disse "é isso que está procurando?" E foi até minha estante de livros numa pilha de pastas e papéis. Ele foi até lá e retirou o documento, exatamente o documento que eu estava procurando. Eu disse "ah sim, muito obrigado." Quando eu acordei de manhã, pensei comigo mesmo, cadê essa transcrição, esse documento? Aí eu disse, "não começe a procurar isso, você tem que se arrumar para ir à igreja". Aí eu disse "não preciso mais procurar." Fui até o local exato onde eu lembrava ter visto a mão e peguei o papel. Era um mero pedaço de papel e eu o peguei. Então, eu tive certeza de que foi um anjo que me visitou e me ajudou a achar aquele documento.Para mim, os anjos são, na verdade, mensageiros de Deus, seres celestiais. Eu também acho que os seres humanos podem ser anjos, escolhidos por Deus para ajudar as pessoas ou para impressioná-las com alguma coisa, uma mensagem ou algo assim para o bem.Os anjos de Deus trabalham para garantir a nossa segurança. Deus quer guiar cada um de nós para um lugar seguro. E por isso precisamos nos certificar de que estamos ouvindo as mensagens certas. Precisamos nos certificar de que estamos alicerçados na verdade de Deus. Precisamos nos certificar de que entendemos o que Deus está enfatizando neste livro, a bíblia.E não apenas o que queremos ouvir. Você quer assumir um compromisso comigo neste momento, para se tornar um ouvinte melhor? Você quer decidir neste momento investir seu tempo para ouvir a palavra de Deus, para que você saiba reconhecer melhor a voz de Deus.Vamos nos determinar a fazer isso, neste momento, enquanto oramos.

 

Querido Pai, obrigado por saber o que é melhor para nós. Obrigado por nos ensinar o que precisamos saber e por nos guiar a um lugar seguro. Ajude-nos agora a nos tornar os melhores ouvintes da palavra. Ajude-nos a absorver mais profundamente as tuas verdades. Ajude-nos a conhecer a tua voz. Nós te pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador. Amém.

 

 


 


 

52

ESPÍRITO DOS MORTOS

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Na hora de uma grande tristeza, na hora de uma grande perda, desejamos desesperadamente ouvir uma palavra de certeza vinda do outro lado, do além. Mas, e se a voz carinhosa que ouvimos for na verdade a voz de um inimigo, a voz de alguém que vai nos conduzir a um beco sem saída? Uma pesquisa recente revelou que quase 70 milhões de americanos acham que é possível se comunicar com os mortos. Como pode ser visto, o ramo da "vida após a morte" está em alta nos Estados Unidos. Livros que ensinam a contatar "o outro lado" têm estado nas listas dos livros mais vendidos. A paranormalidade é atração em programas de tv. Histórias de fantasmas também fazem sucesso no cinema. "O Sexto Sentido", um filme sobre um garoto que é capaz de ver e se comunicar com os mortos, virou sensação e permaneceu como número um de bilheteria por cinco semanas. Hoje, cada vez mais pessoas estão consultando médiuns como uma forma de lidar com a perda de um ente querido. Alguns cobram 300 dólares por sessão, na qual fazem contato, pelo menos é o que eles dizem, com o falecido e repassam mensagens. Os médiuns parecem trazer um grande conforto. Eles costumam passar mensagens positivas, tipo "estou feliz aqui", ou "estou cuidando de você". Muitos médiuns insistem que seus dons são dados por Deus. Mas existe uma questão que poucas pessoas estão levantando hoje em dia, uma questão muito polêmica. Ninguém está perguntando "será que esses que estão falando conosco são realmente os nossos entes queridos ou será que são outros espíritos, outros mensageiros do outro lado?" Quando vamos a um médium, com quem realmente estamos falando? Quem realmente está respondendo? Estas são questões importantes. E adivinhe? A Bíblia nos dá uma resposta clara, uma resposta surpreendente. Ela se encontra no livro de Levítico, capítulo 19 e versículo 31: "Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus." Bem, o que isso significa? Se não é Deus quem está falando através desses médiuns para trazer conforto, quem será que está? Bom, em sua carta para Timóteo, o apóstolo Paulo alertou para um fenômeno do fim dos tempos. Ele disse em Timóteo, capítulo 4, versículo 1 que as pessoas dariam atenção à "espíritos enganadores e a ensinos de demônios". E o apóstolo João, em sua visão dos últimos dias, viu "espíritos de demônios, operadores de sinais." (Apocalipse 17: 14) Você está começando a captar a mensagem? A Bíblia fala de espíritos malignos. Ela leva muito a sério os anjos caídos. E está nos dizendo que a voz de um ente querido falecido, que pensamos estar ouvindo, pode muito bem ser a voz de um demônio. Afinal de contas, a Escritura diz que os mortos estão dormindo; não estão conscientes; não sabem de nada. Em Eclesiastes 9: 5 diz: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma". Os mortos só serão acordados na ressurreição. A Bíblia não fala sobre nenhum reino dos mortos onde os espíritos dos que já morreram ficam vagando. Os mortos estão dormindo em suas sepulturas. Não estão falando. Portanto quando ouvimos vozes do além túmulo, sabemos que não é a voz de um ente querido, é de outra pessoa. Amigo, as pessoas hoje em dia estão procurando médiuns, porque elas querem alguma esperança do além. Elas querem algum sinal de vida entre os mortos. Mas elas estão procurando no lugar errado. Elas acabam ouvindo espíritos enganadores, ensinos de demônios. Esses espíritos não são de vida, de jeito nenhum. Satanás é um destruidor. Seu reino é um reino de decadência e corrupção. Quando Adão e Eva caíram na grande mentira dita por eles no Jardim do Éden - "é certo que não morrereis" - eles trouxeram a destruição a este planeta. Médiuns, espíritos e fantasmas não oferecem respostas para a tragédia da morte. Mas podemos achar respostas se olharmos em outro lugar, se olharmos para um espírito muito diferente, o Espírito Santo enviado a nós por Deus. Isto foi o que Jesus disse sobre o Espírito Santo, o Espírito que Ele prometeu enviar aos crentes. Ele o descreveu como água viva. Em João 4:14 diz: "Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna." O que Jesus nos oferece é o Espírito Santo como uma fonte de água dentro de nós. É um espírito rejuvenescedor. É um espírito renovador. E é um espírito que continua jorrando "para a vida eterna". Noutra ocasião, em João 6:63, Jesus fala claramente: "O Espírito é o que vivifica." Este Espírito, amigo, é a nossa única esperança de transcender a morte. É a nossa única esperança de vida eterna. O espírito vivifica. Os médiuns não podem vivificar. Os espíritas não podem vivificar. Os incorporadores não podem vivificar. Satanás e todos os seus anjos malignos não podem vivificar. Eles só podem simular. Eles só podem imitar. Eles só podem fingir ser a voz de um ente querido falando do além. Somente o Espírito Santo cria vida. E somente o Espírito Santo pode nos trazer verdadeiro consolo e esperança. Precisamos depositar nossa confiança naquilo que o Deus vivo pode fazer, e não nos supostos espíritos de morte. Tudo que é inspirado por satanás, decididamente nos leva à morte. Tudo que é inspirado por Deus, decididamente, nos leva à vida. Deus é a fonte do consolo verdadeiro. Deixe-me falar sobre uma outra razão pela qual os que alegam ser "espíritos de mortos" nos levam a um beco sem saída. Eu creio que satanás e seus anjos estão envolvidos no trabalho de médiuns e espíritas. Eles querem que a gente ouça os "espíritos enganadores". Mas existe ainda um outro fator - a enganação humana. Existe o elemento da ilusão, da farsa. Muitos médiuns parecem usar uma velha técnica chamada "leitura fria", que foi desenvolvida por artistas de boates e parques itinerantes. Ela dá a ilusão de que o médium realmente está revelando informações sobre você ou o seu ente querido. Por exemplo, um médium pode dizer a pais desesperados: "Vocês estão se perguntando o que fazer com os brinquedos dele, não estão?" E os pais concordarão: "Sim, é exatamente o que estamos pensando." Mas é claro que esta afirmação se aplica a quase qualquer pai que tenha perdido um filho. Ou então, um médium diz a um pai consternado: "Seu filho está dizendo que você ora por ele escondido, em silêncio". o homem concorda. "É isso, exatamente." Mas é claro, qual pai não teria vontade de orar em silêncio pelo filho morto? Os médiuns também sabem como encobrir as pistas quando cometem erros. Por exemplo, um médium pergunta a uma mulher que perdeu o marido recentemente: "Ele morreu subitamente?" A mulher responde: "Não, ele sobreviveu por um tempo." E o médium então diz: "Ah, porque ele está me dizendo, "eu queria ter morrido subitamente". Está vendo, amigo, pessoas necessitando desesperadamente de consolo são vulneráveis demais. Elas querem muito acreditar que essas mensagens sejam de seus entes queridos. Elas vêem revelação onde só existe engano. A enganação é o elemento central que faz esses "espíritos de mortos" agirem. Está enraizada naquela primeira grande mentira "é certo que não morrereis". É pura enganação. Talvez seja um espírito maligno disfarçado de um ente querido que morreu. Talvez seja um médium esperto fazendo você achar que tal mensagem só pode ter vindo de seu filho falecido. Mas é tudo pura enganação. Por isso é um lugar equivocado para se buscar consolo. Existe um outro lugar ao qual podemos ir, que é muito melhor. Ele tem relação com os fatos, com os fatos consistentes da história. Ouçam esta maravilhosa declaração do apóstolo Paulo em Romanos 8: 11. Esta passagem nos dá esperança à qual podemos nos agarrar: "Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita." O Espírito Santo que Jesus promete enviar a todo crente, é o mesmo Espírito Santo que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos. O Espírito de Deus vivifica. A ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos é um acontecimento com muitas testemunhas confiáveis. É um dos acontecimentos melhor documentados e testemunhados da história. Céticos famosos tornaram-se crentes por terem examinado minuciosamente as provas da ressurreição. A ressurreição é uma base sólida para a esperança, uma base sólida para o consolo. E Paulo está nos dizendo que o Espírito Santo que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também o nosso corpo mortal. Na Segunda Vinda de Jesus, na ressurreição, esse Espírito criará vida em nós. No importa que o pó retorne ao pó. Não importa, que nosso corpo físico se estrague. O Espírito Santo vivifica. O Espírito do Deus vivo pode nos recriar. O Espírito Santo é alguém a quem podemos nos agarrar em nossos momentos de tristeza. É por isso que Ele é chamado de Consolador. Veja II Coríntios 1:21 e 22: "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração." Jesus nos deu a dádiva do Espírito Santo, e também nos selou. Jesus é água viva, lembre-se, jorrando para a vida eterna. Jesus é uma prova, hoje, da maravilhosa vida futura. Amigo, você pode confiar na vida futura que Jesus promete. É uma esperança maravilhosa que podemos ter na hora da tristeza. É uma garantia à qual podemos nos apegar por ocasião da morte de um ente querido. A vida que o Espírito Santo oferece não está baseada em truques, trapaça ou ilusão. Está baseada em fatos consistentes da história. Está baseada na ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. A perda de um membro da família é uma das experiências mais difíceis que podemos enfrentar. Ela levanta muitas perguntas. Ela nos força a confrontar o mistério da morte. E geralmente as pessoas se agarram a uma resposta imediata - a promessa de uma mensagem do ente querido. Mas isso não nos faz superar a tristeza. Na verdade, um dos maiores problemas dos médiuns é que eles nos deixam obsecados pela morte. Recentemente, uma atriz chamada Kari Coleman fingiu ser médium em um programa de variedades. Ela estudou algumas técnicas e fingiu estar recebendo mensagens. Após sua performance, Kari disse isso "Não dá para acreditar no quanto as pessoas podem ser vulneráveis. É perturbador." Kari sentiu-se especialmente culpada por enganar um homem cuja mãe havia morrido. Ela se encontrou com ele após o programa e confessou aos prantos que tudo não passara de uma farsa. Na verdade, não havia sido a mãe morta dele quem enviara as mensagens. Para espanto dela, o homem não ficou zangado ou aborrecido. Ele ficou feliz por ter vivido a experiência, ainda que tenha sido uma ilusão. Kari, assim como muitas pessoas, concluíram que a obsessão das pessoas por médiuns é maléfica, é ilusória e destrutiva. Ela disse: "Enquanto a pessoa não lida com a finalidade da morte, ela não segue em frente. Se ela realmente acha que existe um ser humano capaz de falar com o seu filho falecido, ela permanece presa a isso. É preciso haver um ponto final." Falar com supostos espíritos de mortos não nos fornece um ponto final. Nos leva a um beco sem saída. E é para isso, afinal, que satanás e seus espíritos existem - a morte. O resultado do pecado e da rebeldia contra Deus é a morte. Quando a gente vai ao território de satanás, ficamos presos à morte. Podemos nos viciar em suas ilusões. Podemos acreditar que estamos falando com nossos entes falecidos. Somente o Espírito do Deus vivo pode nos fazer superar a morte. Somente o Espírito do Deus vivo pode nos recriar. Somente o Espírito do Deus vivo pode nos reunir aos nossos entes queridos que já se foram - na grande ressurreição final. Por favor, nunca se esqueça disso, amigo. Os espíritos de mortos de satanás nos mantêm presos à morte. O Espírito Santo de Deus nos vivifica. Veja o que Paulo escreveu, o Espírito Santo de Deus nos vivifica, em Romanos, capítulo 8 e versículo 2: "Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte." Existe um padrão aqui, um princípio. Seguir o Espírito de Deus, nos torna livres. O Espírito Santo nos livra do ciclo do pecado e da morte. Paulo repete esta verdade em Gálatas 6: 8: "...O que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna." Onde devemos depositar nossa esperança nas horas tristes? Onde nós devemos investir? Semeie para o Espírito. Confie nEle. Veja o que uma das musicistas do está escrito, Sandy, conta. Veja sua história. Sandy: "Fiquei tão desiludida quando meu filhinho, Trevor, morreu. Ele tinha só sete anos e teve câncer no cérebro. Eu não conseguia entender como a morte dele serviria a um bem maior. Ele, eu e milhares de pessoas estávamos orando por uma cura física. Ainda existem marcas no meu carro onde eu chutei nas horas em que tive que ser direta com Deus. E quando eu realmente me abri com Ele sobre a minha dor. Eu fui sincera quanto aos meus sentimentos, então Deus me enviou o Seu Espírito e começou a me dar uma sensação de paz. Tem um texto na Bíblia que diz que Deus nos dá uma paz que excede o entendimento. Acho que antes eu não entendia realmente o que era isso. Mas hoje eu percebo o que isso significa, que Ele me dá uma paz que ultrapassa a minha necessidade de entendimento. Não há como definir isso muito bem. Muitas vezes não existem respostas para os porquês mais profundos. Deus simplesmente chegou ao meu lado e me deu Seu Espírito e o Seu consolo. E para mim, é um consolo tremendo saber que Trevor só está dormindo. Ele está esperando pela manhã da ressurreição. Ele me disse: 'mamãe, se eu morrer, não vai ser tão ruim, porque eu só vou dormir e depois disso Jesus vai chegar e dizer: "Trevor, acorde, é hora de ir para casa". Para você mamãe, vai ser muito difícil, mas não quero que você sinta minha falta.' Bem, eu sinto falta dele. Mas eu escolhi sofrer com Deus em vez de sofrer sem Ele. E quero encorajá-lo a fazer o mesmo. Que esperança tremenda sentiremos nessa reunião abençoada, quando poderemos abraçar novamente os nossos queridos que se foram." Mark Finley: É do Espírito Santo que precisamos em nossa vida. Você quer se abrir para recebê-Lo para experimentar a presença dele neste momento? Você quer se comprometer a buscar consolo no Deus vivo, nos momentos bons e ruins? Faça isso agora.

 

ORAÇÃO: Amado Pai, obrigado por sua esperança. Obrigado pelo Teu Santo Espírito que nos vivifica. Obrigado pelo Espírito Santo que ressuscitou Cristo dentre os mortos, e que nos ressuscitará dentre os mortos para nos reunirmos, um dia, aos nossos entes queridos de novo. Obrigado por esta esperança. Em nome de Jesus. Amém

 


 


 

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O ENTUSIASMO A RESPEITO DO SÁBADO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Não faz muito tempo, eu estava olhando a edição de Domingo do Los Angeles Times e me deparei com um suplemento especial: OLAM. Eu percebi que todo o encarte era dedicado ao "entusiasmo em torno do Sábado". Evidentemente, o sábado se transformou em um assunto bastante comentado. Estas pessoas fizeram um grande investimento para informar aos milhões de leitores deste jornal a respeito disso. Dentro, eu achei artigos de uma série de líderes e celebridades. Larry King, Kirk Douglas, Michael Medvid,e... Uri Geller, Shimon Peres e Arianna Huffington e todos eles estavam falando sobre o Sábado, sobre o que o sábado significava na vida deles. Por que? Bom, o quê os colaboradores desta revista especial estão dizendo é o seguinte: "Os seres humanos desesperadamente precisam deste dia especial de descanso". Precisamos mais do que nunca. O mundo está mais agitado, mais barulhento, mais competitivo e intenso do que em qualquer outro período da história. E o sábado pode evitar que sejamos consumidos por isso. O Rabino David Wolpe escreve que nós precisamos do sábado porque "o mundo moderno nunca sussurra". Nossas cidades são como túneis sem saída. Muitas vozes, letreiros luminosos, e um fluxo interminável de mídia, nos cercam. Wolpe nota que as pessoas hoje não têm tempo, suas vidas são corridas. Elas não tem tempo para ver os amigos, para brincar com os filhos super atarefados, ou para olharem calmamente pela janela. Elas estão sempre indo a algum lugar, respondendo a e-mails, ou retornando ligações pelo telefone ou pelo celular. Estão sempre ocupadas com alguma coisa. Mas o Sábado proporciona uma oportunidade de parar, de agradecer as bênçãos recebidas, de abençoar aqueles ao nosso redor a quem amamos. Michael Steinhardt trabalha há 30 anos como investidor em Wall Street. Ele descreve a tensão de trabalhar no incerto mercado de ações. Para ele os sábados passados com a família, são uma forma de retomar o equilíbrio. Na verdade, ele diz que se não fosse este período de descanso e reflexão, ele não conseguiria se manter produtivo. Eu costumo ver muitas reportagens de grandes jornais americanos falando sobre o aquecimento global, escândalos presidenciais ou a situação econômica. Mas, toda esta cobertura para o Sábado - algo que muitas pessoas consideravam um ritual judeu antiquado? É realmente incrível. As pessoas estão redescobrindo o valor do Sábado. Muitos judeus estão redescobrindo esta parte de sua herança. Quando Joseph Lieberman era candidato a vice-presidente, as pessoas perceberam que ele não temia falar sobre a sua fé. Quando ele falava sobre valores essenciais, ele falava sobre crer em Deus. Ele também afirmou que observar o sábado significava muito para ele. Este assunto, aliás, ocupou a primeira página dos jornais da América. Lieberman revelou o que ele faria e o que não faria no sábado, caso fosse eleito como vice-presidente. O sábado está tendo cada vez mais destaque. Mas o mais interessante, é que não está restrito aos círculos judeus. Ele está sendo valorizado nas grandes cidades onde as pessoas são consumidas pelo ritmo acelerado da vida urbana. Ele está sendo apreciado nos subúrbios, onde as famílias estão em busca de tradições que possam torná-las mais unidas. Se você quiser comprar livros sobre o Sábado, via Internet, encontrará centenas de títulos. Se você lê em inglês, veja dois deles: Sábado - Encontrando Renovação e Alegria em Meio a Correria da Vida (Sabbath - Finding Rest, Renewal and Delight). ou Sábado - Antídoto para o excesso de trabalho (Sabbath Sense - A Spiritual Antidote for the Overworked ). Mas o aspecto mais fascinante no interesse pelo Sábado ultimamente é o seguinte: são os cristãos que estão redescobrindo o dia original de descanso de Deus. Mais e mais cristãos estão explorando o que o Sábado pode fazer em suas vidas como crentes. O interesse é tão grande que vários cristãos começaram a criar seus próprios websites. Você pode visitar o site Praticando a Nossa Fé (www.practicingourfaith.org/keepingsabbath.html) ou o site Guardadores do Sábado (www.sabbathkeepers.com) e descobrir mais sobre aqueles que adoram a Jesus Cristo como o Senhor do Sábado e honram o sábado do Senhor. Você pode acessar o site da Associação dos Observadores do Sábado (www.biblesabbath.org) e conferir assuntos de interesse comum dos guardadores do sábado. Em português você pode acessar o site www.bibliaonline.net e fazer perguntas a respeito deste, ou de outros assuntos bíblicos. Se você entrar em uma livraria religiosa hoje, encontrará muitos títulos sobre o Sábado. Você verá que o interesse acerca do Sábado está cada vez maior entre os cristãos. O Sábado está em evidência. Muitas pessoas estão falando sobre ele. Muitos cristãos estão falando sobre ele. Mas será que este fenômeno é uma coisa boa? A observância do sábado está de acordo com a fé do Novo Testamento? É uma parte genuína da vida cristã? Ou será um retorno ao legalismo? Um retorno à tirania da lei? Poucas vezes pensamos sobre estas perguntas. Eu acho que é bem fácil ver que o sábado, como dia de descanso, pode ser uma bênção. Todos podemos nos beneficiar deste dia de descanso e reflexão, passando momentos especiais com nossa família, passando momentos especiais com Deus. É difícil argumentar contra isso. Afinal, o sábado foi uma dádiva de Deus para a humanidade, desde o princípio, desde a criação. Como sabemos, não existiam judeus quando o mundo foi criado. Segundo Jesus, o sábado foi dado à humanidade, para ser observado ao longo dos séculos, como um sinal de amor, entre Deus e nós. E quanto à hoje? O que o sábado significa para os cristãos? É isto que eu gostaria de considerar. A observância do sábado faz parte da fé em Cristo ou é uma negação da graça? Vamos ver o que o Novo Testamento tem a dizer. O apóstolo Paulo é o grande campeão da graça na Bíblia, o homem que mostra o que a salvação pela fé em Cristo significa. E ele, mais que qualquer um, foi contra o legalismo. Ele foi contra aqueles que insistiam que todos deveriam ser circuncidados para serem salvos. Ele foi contra aqueles que insistiam que todos precisavam observar as tradições judaicas ou hebraicas para serem salvos. Ele foi contra aqueles que insistiam que as pessoas só podiam chegar até Deus através dos sacrifícios do Antigo Testamento. Mas categoricamente Paulo declarou que nós não estamos debaixo da Lei, ou seja, não obtemos a salvação por guardar a lei. A salvação é apenas pela fé. Então, o que devemos fazer? Como os cristãos devem se relacionar com a lei? Especificamente, como os cristãos devem se relacionar com a lei moral de Deus? Nós sabemos que o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento com suas regras foi abolido, mas o que dizer da Lei que deveria ser Eterna? O que dizer dos Dez Mandamentos? Vejamos Romanos, capítulo 8: 3 e 4. Nestes versos o apóstolo Paulo deixa bem claro o pensamento de Deus a respeito da lei. "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". A lei como meio de salvação é fraca; a lei como meio de transformação é fraca. É fraca por causa do pecado em nós, é fraca por causa da natureza do nosso coração. Ela não consegue nos erguer e transformar. Só Jesus pode nos erguer. Ele cumpriu as exigências da lei. É assim que Ele nos salva. É assim que Ele nos justifica. Além disso, o Espírito de Deus dentro de nós nos ajuda a crescer. O Espírito nos ajuda a cumprir as justas exigências da lei em nossas vidas. Aqui está uma coisa que todos devemos entender: a lei não consegue nos reconciliar com Deus. Mas quando somos aceitos por Deus, a lei é um legítimo fim, é um legítimo objetivo. Procuraremos guardar os mandamentos de Deus não para sermos salvos, mas porque estamos salvos. Não para sermos amados, mas porque somos amados. Relembre a sua fase de crescimento. Por acaso seus pais mediam a sua altura? Ombros para trás, queixo erguido, e uma régua sobre a sua cabeça? Lembra-se disso? E depois faziam um risco com um lápis. "Essa é a sua altura" eles diziam, "Olha só! Olha como você cresceu!". Alguns meses depois, eles nos colocavam no mesmo lugar e faziam mais um risco, "Puxa, olha só como você cresceu!" Pais normais fazem isso só para que seus filhos vejam que estão progredindo. Ninguém acredita que medir os filhos, de fato, os faça crescer. Ninguém acredita que apenas medir os filhos mais freqüentemente venha fazer com que eles cresçam mais. A lei de Deus é como uma régua de medir. Ela nos mostra se estamos progredindo, na ótica de Deus. Mas a Lei não nos faz crescer. Ela fracassa como meio de transformação. Ela é apenas um fim, um excelente objetivo. Eu estava visitando uma escola primária e notei um poster em tamanho real do Michael Jordan. Ele estava na porta da sala de aula. E o poster tinha uma demarcação vertical em centímetros, seguindo os quase 2m de Jordan. Havia nomes de alunos da primeira e segunda séries anotados na altura dos joelhos do jogador de basquete. É lá que todos eles são medidos e marcados. E aquela professora não estava repreendendo nenhum deles por serem menores que Michael Jordan. Ela não estava tentando intimidar nenhum deles a ficarem mais altos. Mas aquelas crianças adoravam se comparar ao seu herói do basquete. Elas estavam progredindo. Talvez um dia elas alcancem o tamanho do Michael Jordan. A lei moral de Deus é algo que podemos admirar e utilizar como parâmetro. Não é um meio de crescimento, mas é um fim legítimo. Ela se compõem de justas exigências que queremos seguir. Mas voltemos à nossa pergunta principal. E quanto ao sábado? A observância do sábado faz parte das justas exigências da lei? Bom, o que encontramos nos Dez Mandamentos? Vamos olhar em Êxodo 20:8-10. Encontraremos o sábado profundamente arraigado na essência da lei moral de Deus. Diz assim: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus". "Lembra-te do dia de sábado". Está bem ali, junto com "não matarás", e junto com "não adulterarás". Certamente soa como parte da lei moral de Deus. Certamente soa como uma exigência justa. Afinal de contas, você não ouve um cristão dizer "É correto matar ou adulterar, porque não estamos debaixo da lei e sim da graça?". Mas e quanto ao Novo Testamento? Este mandamento recebeu bastante atenção dos que escreveram os Evangelhos? Ele faz parte da essência que pertence a Cristo ou é apenas uma sombra do porvir? Que tal olharmos para o próprio Jesus? Como Jesus se relacionou com o mandamento do sábado? Jesus, na verdade, dedicou bastante tempo na tentativa de restabelecer o Sábado. Os fariseus e saduceus o haviam tornado uma obrigação. Eles o encheram de todo tipo de regras. Jesus queria que este fosse um dia de curas e bênçãos. Ele teve muitos conflitos com líderes judeus em função disso. Durante um deles, note o que Ele disse, registrado em Marcos, capítulo 2 e versos 27 e 28: "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do sábado". Os contemporâneos de Jesus estavam tentando iludir os seres humanos com uma religião de aparências, tentando fazer todos se conformarem com regulamentos insignificantes. Mas Jesus lembrou-lhes que o sábado foi estabelecido por causa do homem. Ele nos foi dado desde a criação, para nosso benefício. E mais, Jesus se apresenta como o Senhor do sábado. Então pense bem. Eu não creio que ele teria dito isso se estivesse tentando abolir este dia. Desafiar as idéias dos fariseus quanto a observância do sábado ocupou muito tempo de Jesus. Teria sido muito mais fácil simplesmente dizer: "o sábado é irrelevante". Em vez disso ele disse: o sábado foi estabelecido para o homem, para os seres humanos. Eu gostaria de me referir novamente àquela sala de aula de escola primária, com o poster do Michael Jordan. Durante o recreio pude observar os alunos da primeira e segunda séries brincando com uma tabela de basquete de plástico. A tabela ficava a pouco mais de um metro do chão. Várias crianças estavam brincando animadas. Elas estavam batendo bola da melhor forma possível. Elas arremessavam de qualquer jeito e comemoravam quando acertavam a cesta. Algumas crianças maiores até arriscavam saltar e enterrar a bola. Quase sempre se atrapalhavam no meio do caminho. Mas em suas mente, elas estavam seguindo o exemplo do "Grande Jordan". Algumas vezes essas crianças não queriam parar nem para lanchar. Neste caso tudo o que a professora precisava dizer é o seguinte: Crianças, atletas como Michael Jordan passam muitas horas treinando, eles precisam fazer exercícios. mas para isso precisam de uma alimentação saudável. Imediatamente, as crianças desembrulhavam os seus lanches e os devoravam. Não há sequer um aluno da primeira ou segunda série que diga "É, talvez o Michael Jordan precise se alimentar, mas eu não". Nenhuma criança pensa assim. Claro que não, eles veneram aquele enorme e glorioso poster. Eles querem ser como o Mike. E quanto aos cristãos? Todos nós queremos ser como Jesus, não é? Ele sempre obedeceu à lei. Ele é o nosso modelo. Ouça o que Lucas nos diz sobre a prática de Jesus, em Lucas 4:16. Se Jesus é alguém a quem admiramos, alguém com quem queremos nos parecer, ouça isto: "entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume". A sinagoga era a igreja daqueles dias. Jesus guardava o sábado, fazia parte de sua disciplina espiritual, fazia parte de seu relacionamento com o Pai. Mas quando se trata da nossa observância do sábado, muitos pessoas costumam dizer "eu não preciso disso. Talvez Jesus precisasse fazer isso por alguma razão, mas eu não". Ora, me desculpe, amigo, mas não conheço ninguém mais maduro que Jesus. Não conheço ninguém que esteja em um plano espiritual mais alto que Jesus. Se Ele precisava do Sábado, nós também - eu preciso, você precisa. Se Ele se empenhou para restabelecê-lo como um dia de bênção, então será bom para nós observa-lo. Quero mostrar-lhe mais uma passagem do Novo Testamento sobre o sábado. Esta passagem claramente o conecta à graça. O livro de Hebreus relaciona o descanso do Sábado ao descanso da fé. No capítulo 4, o autor recorda seus leitores sobre o momento da criação quando Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras. E então ele diz nos versos 9 e 10: "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas". Por que este descanso é importante para o povo de Deus? Porque ele ilustra o nosso descanso em Deus. Aqueles que não acreditam na salvação pelas obras, aqueles que não confiam nas obras da lei, podem descansar na obra completa de Cristo. Eles podem descansar na fé, porque Jesus cumpriu a lei em seu favor. O sábado serve hoje como um maravilhoso símbolo de nossa confiança em Cristo. Ele faz parte de uma vida de fé, uma vida na graça. Eu creio, que o Sábado tem seu lugar na tradição cristã, na fé cristã, na prática cristã. Kirk Douglas conta uma história sobre sua mãe, uma história muito preciosa para ele. Ela estava no hospital, morrendo de pneumonia. Kirk e suas irmãs estavam reunidos ao redor da cama dela. Numa sexta-feira à noite, sua mãe, despertou e disse: "Não se esqueçam de acender as velas de sábado". Eles resolveram acender quatro velas ali no quarto, mas as enfermeiras chegaram gritando com os tubos de oxigênio no quarto podia ocorrer uma grande explosão. Kirk ficou assustado. Então ele olhou para sua mãe. Ele já tinha visto o terror no olhar de outras pessoas que estavam morrendo. Mas agora ele notou algo diferente. Ele disse "ela olhou para mim e abriu um sereno sorriso". Um sorriso igual ao que ela costumava exibir todo sábado, quando sentava na varanda com a Bíblia na mão. Ali estava uma mulher descansando em Deus. Uma frase de um livro religioso veio à mente de Kirk, "Morrendo em paz com Deus". O sábado nos lembra de que podemos descansar em Deus, lembra os cristãos de que há descanso em Cristo. Podemos viver em paz com Deus, podemos viver na graça, viver pela fé. Você já descobriu o descanso que somente Cristo pode trazer? Já descobriu a paz que somente o relacionamento com Ele pode criar? Por que não começar a dedicar todos os sábados a Ele? Torne-os momentos de descanso e reflexão. Use-os para fortalecer a sua fé. Use-os para permitir que a graça de Deus lhe complete Não é preciso trabalhar para isso, não é preciso merecer, basta aceitar, basta descansar. Cada sábado, aquiete a sua mente e diga: "Querido Senhor, obrigado por me criar. A vida é um presente e eu reconheço isso neste Sábado. Cada sábado não deixe de dizer: "Senhor, obrigado por me redimir. A salvação é um presente, e neste sábado eu reconheço isso descansando em Ti". Que tal agora mesmo tomar a sua decisão de guardar o sábado como um dia de reavivamento espiritual? Como um dia de descanso, companheirismo, amizade e comunhão com sua família e com Deus.

 

EU AQUI ESTOU Letra e Música: Steven Curtis Chapman Versão: Francisco Gonçalves Tem você andado em aflição Tem seus dias sido amargos ee sem razão Se o chão desabou, junte as mãos em oração Eu aqui estou, sei da sua dor e lhe dou alento. Está você cansado de lutar e perder? Tem até buscado ajuda sem receber? Nesse instante veja bem levante o rosto olhe além! Eu aqui estou, sei da sua dor e lhe dou alento. Eu Sou o seu Deus e lhe quero tanto, Lhe ver assim me causa dor Aqui estou quando todos já te deixaram. Olhe bem pra Mim, forças lhe dou. Se um filho pede, como não atender? Mesmo quando a voz embarga é só pedir Que Eu irei atender se não agora, só eu sei. Eu aqui estou, sei da sua dor e lhe dou alento. Gravado por José Barbalho no CD "Um Sonhador" pelo SISAC.

 

ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por colocar a nossa salvação acima de cerimônias e regulamentos. Obrigado por não ser preciso merecer um lugar ao Teu lado. Obrigado por conceder- nos um lugar perto de Ti. Obrigado por criar este espaço no sábado. Por favor, capacita-nos a compreender o verdadeiro significado do "descanso em Cristo". Ajuda-nos a parar, refletir, e verdadeiramente aceitar o que Cristo realizou por nós. Ajuda-nos a viver na graça. Pedimos em Teu nome, amém. O sábado é um presente especial de Deus. Um presente que traz paz, harmonia, bênção, significado e alegria para a sua vida. Nesta semana. Entregue a sua vida a Deus, e diga-Lhe que você quer experimentar Seu sábado de descanso. Em um mundo de estresse e ansiedade, Ele lhe oferece este presente: que é o descanso, este presente que é a paz, este presente que é a harmonia. Por que não tomar posse disso, esta semana, este sábado?

 


 


 

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ESPAÇO SUFICIENTE

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Você está conseguindo encaixar em sua agenda todos os compromissos necessários? As coisas importantes têm tido mais espaço? Ou as coisas urgentes têm preenchido os seus dias? Vejamos como conseguir espaço para o que é mais importante. Recentemente, me deparei com um artigo interessante no jornal Los Angeles Times. A colunista Arianna Huffington escreveu sobre algo chamado "multi-tarefas". Este termo refere-se a fazer várias coisas simultaneamente. Geralmente é usado para computadores e organizações. Mas, Arianna estava abordando as "multi-tarefas" na vida cotidiana, em nossas vidas pessoais. É muito comum tentarmos fazer duas ou três coisas de uma só vez. Tentamos abrir a correspondência e falar com os filhos ao mesmo tempo. Tentamos fazer o jantar, ouvir o noticiário e planejar o café da manhã... ao mesmo tempo. Checamos nossos e-mails na saída para o trabalho ou comemos um lanche durante o caminho ou ligamos para a esposa da estrada. Algumas pessoas chegam a se viciar em multi-tarefas. Segundo Arianna escreve: "Alguns amigos meus só se sentem vivos quando vivem à beira de um colapso, lidando com meia dúzia de crises, mergulhados no drama dessa situação e tendo que utilizar drogas para dormir". Em contraste com tudo isso, Arianna lembra-se da maneira como sua mãe vivia. O mundo da Sra Huffington era bem mais tranqüilo. Ela não sofria com a tirania da pressa. Não havia encontros impessoais na mercearia onde ela fazia compras. Ela falava com todo mundo. Uma ida ao mercado preenchia, prazerosamente, metade de um dia. Ela passava horas avaliando as cores e texturas, percebendo como ficava lindo o alecrim ao lado da lavanda. Arianna recorda: "ir ao mercado com ela era como passear pelo Louvre com um especialista em arte, só que você podia tocar e cheirar aquelas obras de arte". Que coisa maravilhosa! A Sra Huffington cria que a beleza da vida... seria perdida, se não nos doássemos 100% a uma tarefa, a um relacionamento, a um momento. Depois que sua mãe morreu, Arianna queria muito ter um pouco da qualidade de vida de sua mãe. E ela percebeu... que podia - através de uma dádiva que Deus concedeu ao mundo, a dádiva do Sábado. Neste dia especial de descanso, ela poderia dedicar-se ao que é importante e escapar da tirania da pressa. Era um momento em que ela poderia cuidar de sua alma. O Sábado permitiu a Arianna desfrutar do que ela chamou de... "meu dia... especial... sem pressa". Um dia para se concentrar no que é mais importante. Algo maravilhoso para se ter em nossos dias. Esta é uma das razões para o renovado interesse pelo Sábado. O encarte do jornal Los Angeles Times é um exemplo. Muitos livros populares sobre o assunto estão sendo escritos. E muitos cristãos esta re-descobrindo o valor do dia de descanso de Deus. Estamos vivendo em um mundo que, cada vez mais, abafa a serena e suave voz de Deus. Estamos vivendo em um mundo onde o "urgente" ocupa o lugar do "importante". As peças da vida muitas vezes não se encaixam. Talvez por isso tantas pessoas estejam se voltando para o Sábado. Esta é a razão pela qual tantas pessoas estão olhando para o Sábado com outros olhos. Quero lhe contar por que eu, como cristão, passei a valorizar este dia especial de descanso. Este talvez seja o mais importante motivo para mim. Deus preenche o espaço que concedemos a Ele. Este é um princípio importante. Deus preenche o espaço que concedemos a Ele. Se Lhe concedermos pouco espaço vamos ter um Deus muito pequeno. Agora, pense neste princípio no âmbito de nossas tarefas e responsabilidades diárias. Costuma-se dizer: uma tarefa preenche o tempo que dedicamos a ela. Em outras palavras, se tivermos o dia inteiro para fazer alguma coisa, levaremos o dia inteiro para fazê-la. Às vezes isso pode ser bom. Jane decidiu fazer algo que ela estava protelando há muito tempo: organizar suas fotografias de família. Ela vinha tentando juntar todas elas em um álbum durante os poucos minutos de tempo extra que tinha, de vez em quando. Isso nunca aconteceu. Então num domingo, ela decidiu separar algumas horas para este projeto. Ela organizou as fotos em ordem cronológica. Ela etiquetou e agrupou todas elas de acordo com os acontecimentos especiais da vida de sua família. Ela começou a escrever anedotas sobre os fatos familiares mais importantes, coisas já quase esquecidas. Velhas histórias voltaram, com nitidez, à sua mente. E Jane acabou passando o dia inteiro com o álbum de fotos. Não era mais só uma tarefa a ser cumprida, era uma aventura em prol da memória de sua família. Foi um dia maravilhoso que ela jamais esqueceria. As tarefas preenchem o tempo que dedicamos a elas. Já vimos isso acontecer muitas vezes. Isso é ainda mais verdadeiro com Deus. Ele preenche o espaço que Lhe damos. Ele pode nos preencher com maravilhosas concepções de quem Ele é. Ele pode tornar-se um grande aliado em nossas vidas. Mas nós temos que dar mais espaço para Deus. Com muita freqüência damos a Deus apenas retalhos do nosso tempo. Nós O confinamos em um canto - quando temos alguns minutos a mais. Damos a Ele o espaço que temos de sobra. Nos lembramos dEle nas festas de fim de ano, ou fazemos uma oração desesperada numa emergência. Nossos dias são preenchidos com tantas outras coisas, tantas coisas urgentes aqui na terra, que é difícil assegurar tempo de qualidade para o Pai do céu. Mas o que acontece quando Deus é empurrado para o canto? Nosso Deus fica cada vez menor. Sua voz fica cada vez mais fraca. Ele parece cada vez mais distante. E logo, logo Ele vira uma figura esquecida em algum lugar uma figura que de vez em quando cumprimentamos. Deus encolheu consideravelmente para grande parte das pessoas hoje em dia. Ele virou uma versão condensada do Senhor que nossos antepassados adoravam. Ele virou alguém, cujos autores da Bíblia mal reconheceriam. Ouça como os salmistas celebravam o Senhor do céu e da terra. Os Hebreus estavam cercados por povos que cultuavam deuses em miniatura, ídolos que podiam ser manipulados. Mas eles adoravam um Deus bem maior, um Deus majestoso. No Salmo 47, versículos 1,2 e 8. Sinta a grandeza aqui: "... celebrai a Deus com vozes de júbilo. Pois o Senhor Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra. Deus reina sobre as nações; Deus se assenta no seu santo trono". O Deus da Bíblia não está confinado em um canto. Os salmistas O olham com admiração, sabendo que nada é capaz de contê-Lo, nem mesmo o glorioso templo em Jerusalém. Ele reina sobre todas as nações. Um Deus assim oferece um consolo especial para os seres humanos no mundo, um mundo em que é fácil sentir-se insignificante e, às vezes, até mesmo perdido. Leia Salmo 139: 8 -10: "Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me sustentará". Os salmistas celebravam um Deus grandioso, um Deus grande o bastante para guia-los em suas longas peregrinações, um Deus grande o bastante para sustentá-los nos braços, aonde quer que eles fossem. Por que será que os Hebreus confiavam tanto em um Deus grandioso, em um mundo de deuses em miniaturas? Uma importante razão é que eles davam espaço para Deus. Eles Lhe davam espaço a ser preenchido. Na verdade, toda semana eles separavam um dia inteiro para Ele preencher: o Sábado. Eles acreditavam que o sábado era um memorial ao Deus criador, este imenso Deus do universo. E eles tinham como hábito santificar este dia. Veja como o profeta Ezequiel falou sobre a importância deste dia especial de descanso. Ele traz esta mensagem de Deus no capítulo 20, versículos 19 e 20 de seu livro: "Eu sou o Senhor, vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai os meus juízos, e praticai-os; santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus". O Sábado serviu como um sinal ligando Deus ao seu povo. Capacitou-lhes a conhecerem melhor ao único Deus. Permitiu-lhes concentrarem-se no Senhor dos céus e da terra. Era um espaço semanalmente separado que Deus preenchia. E graças a este hábito, o mundo recebeu uma maravilhosa demonstração da grandeza de Deus, um Deus que é muito mais elevado que qualquer ídolo. Deus preenche o espaço que damos a Ele. Se lhe dermos os Sábados, Ele os preencherá com bênçãos maravilhosas. E nós necessitamos tanto dar espaço para Ele hoje. Precisamos redescobrir o grande Deus que nossos pais conheceram. Deixe-me falar sobre o tipo de Deus que surge quando Ele tem espaço suficiente em nossas vidas. Deixe-me falar o que significa ter um Deus grandioso em sua vida. Um primeiro lugar, um Deus grandioso é alguém que cuida das nossas necessidades. Um Deus grandioso é um grande provedor. É irônico normalmente nos esquecemos do provedor porque estamos muito ocupados tentado prover para nós mesmos. É claro que precisamos trabalhar. Mas quase sempre, a luta para "prosperar" governa a nossa vida. Ajudaria, se concedêssemos a Deus espaço para se tornar um provedor sempre presente. Isto nos tornaria muito mais produtivos a longo prazo. Ouça como o salmista expressa a sua fé no Salmo 145, versículo 16: "Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente". Os autores da Bíblia descrevem um Deus que reveste os campos com grama e refresca a terra com orvalho e chuva. Eles eram pessoas capazes de olhar para os lírios do campo e confiar em seu Grande Provedor. O Deus deles era grandioso. E Ele era grandioso para prover até mesmo nas mais difíceis circunstâncias. Eles se lembravam de como Deus cuidou dos filhos de Israel no deserto. O Salmo 114, versículos 7 e 8 diz: "Estremece, ó terra, na presença do Senhor,... o qual converteu a rocha em lençol de água e o seixo, em manancial". Moisés uma vez feriu a rocha, como Deus lhe ordenou, e uma fonte de água surgiu. Os sedentos foram saciados. Os Hebreus celebravam um Deus tremendo cuja presença poderia fazer toda a terra estremecer. Sabe de uma coisa? Se dermos espaço para Deus, Ele preencherá o mundo inteiro. Ele preencherá o nosso mundo como o Grande Provedor. Eu gostaria de lhe convidar a dar um pouco de espaço para Deus em sua vida. Que tal começar a praticar como se faz isso enquanto lê esta palestra. Então, fique à vontade, respire fundo algumas vezes e desfrute as palavras que apresentaremos. Pense nos versos bíblicos. Deixe Deus preencher este espaço que você está lhe dando. Permita-Lhe preencher todo o seu mundo. Dê espaço a Deus e Ele preencherá a terra. Ele a preencherá como o Grande Provedor. Esta é uma grande verdade. Deixe-me falar-lhe de outra. É algo que percebemos a respeito de Deus quando lhe damos espaço. Ele não só preenche a terra, Ele preenche a nossa vida. Ele não só se expande horizontalmente, Ele se expande verticalmente. Deus se expande como uma força moral em nossa vida, como uma fonte de inspiração. Quando damos a Deus pouco espaço em nossa vida, ouvimos menos a Sua voz. Não sentimos Sua autoridade moral. Se a voz da consciência está fraca, facilmente a ignoramos. Os Hebreus perceberam claramente a voz moral de Deus quando Ele trovejou sobre o Monte Sinai em meio a relâmpagos, fogo e fumaça. Deus encheu os céus. E isto os estremeceu. Mas a lei de Deus encheu as mentes deles e os tornou um povo próspero e saudável por gerações. Precisamos de um Deus grande o bastante para nos inspirar, para nos ajudar a crescer. Precisamos do tipo de Deus que o profeta Isaías descreveu. Veja as palavras do Senhor registradas em Isaías 55: 9: "Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos". É comum restringirmos Deus às nossas idéias, sentimentos e atitudes. Deus precisa de mais espaço que isso. Ele é maior do que qualquer coisa que possamos imaginar. Suas verdades são tão grandes que enchem os céus. Pare um minuto agora e pense sobre isso. Medite e dê espaço para Deus. Permita que ele cresça em sua mente e em seu coração. Perceba quão grande Ele é. Se você der a Deus espaço suficiente Ele preencherá a sua vida. Ele iluminará o seu caminho como a sua Grande Inspiração. Ele se tornará uma força moral em sua vida. Qual é o tamanho do seu Deus hoje? Ele Preenche os céus e a terra? Ele é o Grande Provedor? Ele é sua Grande Inspiração? Talvez você esteja permitindo que Ele ocupe um espaço cada vez menor em sua vida. Talvez ele esteja escorregando para o canto. É hora de conceder a Deus o espaço que Ele merece. Deus preenche o espaço que damos a Ele. Nós precisamos dar a Deus mais tempo em nossa agenda. Eu gostaria de sugerir o dia de Sábado como um bom começo. Dedique o Sábado a Deus cada semana e veja o que acontece. Dê a Ele o dia de Sábado. Não o preencha com mais nada. Deixe que Deus o preencha. Deixe Ele operar. Aposto que você ficará surpreso com o modo como Deus se revelará. Acho que você O verá com outros olhos. Acho que você começará a vê-Lo preencher os céus e a terra em sua vida. Por que não? Diga agora mesmo: "Deus tem havido tantas coisas em minha estressante corrida e agitada maneira de viver. Não tenho tido tempo para Ti. Mas, Senhor, eu quero mudar. Eu quero a Tua companhia. Eu quero que Tu preenchas meu coração. Eu quero que Tu preenchas minha mente. Eu quero que Tu preenchas minha vida. E Senhor eu quero voltar a minha mente para a semana da criação, quero pensar no dia especial que Tu criaste. E a partir de hoje, Senhor, eu quero Te entregar o sétimo dia de cada semana, o Sábado, como um tempo especial entre nós dois." Assuma este compromisso! Conceda a Deus este espaço em sua vida e Ele o preencherá. Ele o preencherá de um modo maior e melhor do que você poderia imaginar.

 

ASAS DA LEI Letra e Música: D.A.R. Aufrane - Trad. A.R.S. Letra e Música: W.O. Cushing e Ira D. Sankey Horas benditas, santas e felizes São as que passo junto a Ti, meu Deus. Mestre amado, Criador divino, Do santo sábado, Tu és, Tu és o Senhor. Descansarei, descansarei Sob Suas asas benditas; Sob Seu amor a paz sentirei, Paz e alegria infinitas. Sob Seu amor a paz sentirei, Paz e alegria infinitas. Gravado por Alessandra Samadello no CD "Braços Abertos" pela CBCR.

 

ORAÇÃO: "Querido Pai, perdoe-nos por reduzir-Te ao nosso tamanho. Por favor, perdoe-nos por empurrá-Lo para o canto. Nós queremos dar-lhe espaço. Queremos separar um dia por semana, o dia de Sábado, para que Tu o preenchas, para que possamos ser abençoados por Ti. Dê-nos disposição cada semana para dedicarmos o Sábado a Ti. Ajude-nos a fazer disso um hábito. Ajude-nos a cumprir este compromisso. Pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Amém".

 


 


 

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SABEMOS QUE ELE VAI VOLTAR

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Mark Finley: Eu gostaria de dedicar o nosso programa "Está Escrito" neste Dia dos Veteranos, aos homens e mulheres que tanto serviram à América ao longo dos anos. O heroísmo e espírito de sacrifício deles são a essência da história memorável que vamos apresentar hoje. Narrador: Havia se passado cinco anos após o helicóptero do Coronel Ben Purcell, do exército americano, ter caído, cinco anos após ele ter ido para uma prisão secreta no Vietnã do Norte e ter desaparecido da face da Terra. Ele não sabia se um dia voltaria para casa. Anne: Judy, eu falei com o deputado hoje, parece que vamos poder enviar alguma coisa. Narrador: Mas o amor extraordinário de uma mulher não o deixaria desaparecer. Esta é a história de como o amor mantém viva a esperança. Ben Purcell: Ben Purcell, Coronel do Exército Americano, Número 56389...Você não tem certeza se alguém, sequer, sabe que você existe. Nós fomos derrubados sob ataque. E ninguém conseguiu avisar. Depois de um tempo, o mundo além daquelas paredes, o mundo real, simplesmente sumiu. Sua memória começa a ficar embaçada. E a guerra não pára nem por um segundo. Você não sabe se vai conseguir ver o mundo real de novo. Você não sabe de quase nada. Mark Finley: O Coronel Ben Purcell, prisioneiro de guerra no Vietnã do Norte, esperou por muito tempo. Ele tentava manter viva a esperança de que algum dia ele conseguiria voltar para casa. Mas tudo ao seu redor parecia impedir a entrada para este outro mundo. A brutalidade de alguns soldados impediam isso. Anos de confinamento impediam isso, anos de trabalhos impassíveis, anos com a mesma pavorosa rotina. Ben sentia-se terrivelmente isolado. Mesmo assim, de certa forma, a provação de Ben é a história de todos nós neste planeta. Estamos presos em um mundo de dor, desgraça e morte. Todos nós esperamos que, de alguma forma, algum dia, possamos ir para um lugar melhor. Quase todas as religiões pregam que existe um mundo mais feliz além deste aqui, uma vida pós-morte onde os seres humanos não precisarão mais sofrer. Quase todos nós nos apegamos a uma idéia de paraíso. O problema é que a dor, a desgraça e a morte estão durando muito tempo. Sempre foi assim. As guerras continuam acontecendo. Os crimes continuam nas manchetes. Desastres naturais continuam ocorrendo, desordenadamente. Parece não haver fim. Às vezes é difícil manter viva a esperança. Este problema é especialmente real na vida dos cristãos. Depositamos nossa fé em um Cristo que fez promessas tremendas. Ele fez lindas promessas sobre sua segunda vinda. Ouça o que Ele disse aos seus discípulos em João, capítulo 14 e versículos de 1 a 3: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". Cristo prometeu voltar. Ele prometeu nos levar para um lugar de muitas moradas, um lugar onde Deus enxugará toda lágrima de nossos olhos, um lugar de infinita paz e alegria. Que promessa tremenda! O problema é que, Ele fez esta promessa há 2000 anos atrás. Ele disse que voltaria em nuvens de glória e Ele fez esta declaração por volta do ano 31 d.C. Mas todos os dias, depois disso, o sol nasce e se põe. Todos os dias, depois disso, o inverno se torna primavera, depois o verão em outono. E nada espetacular nos acolhe nos céus. E aqui embaixo, o sofrimento continua; as guerras continuam; a desgraça continua; a mesma rotina continua. Vivemos cercados pelos mesmos ciclos de vida e morte. Por isso, às vezes, é difícil manter a esperança. Essa linda promessa começa a desaparecer. Aquelas visões de paraíso se tornam muito, muito distantes. Tanta coisa ao nosso redor, pode fazer com que nos sintamos isolados desse outro mundo. Podemos, de fato, saber que iremos para um lugar melhor algum dia? Esta é a nossa provação como seres humanos. E a experiência de Ben Purcell em uma prisão norte vietnamita enfoca isso de maneira pungente. Ele sentiu-se extremamente isolado. Mas, como resultado, Ben nos mostra uma resposta ao nosso dilema básico. Este prisioneiro descobriu um jeito de manter viva a esperança, na pior das circunstâncias. Ben Purcell: Houve dias em que eu quase desisti. Mas aí eu pensava na Anne, eu via o rosto dela e sentia o seu amor. Foi o fato de saber que havia alguém aqui que me amava, que me fez ter vontade de seguir, de continuar vivendo. Eles tomaram a minha aliança logo após eu ter sido capturado. Isso doeu muito, mas eu consegui improvisar uma aliança de um pedaço de alumínio de um tudo de pasta de dente. Eles também levaram essa. Mas depois disso, eu consegui fazer uma com um pedaço de bambu. Ela ficava escondida grande parte do tempo, mas como parte do meu ritual matinal, eu pegava essa aliança de bambu, colocava no meu dedo e pensava na Anne e nas crianças. De alguma forma, isso fez com que eles parecessem mais próximos de mim durante aquele tempo. Mark Finley: Ben conseguiu manter viva a esperança por uma razão essencial: alguém que o amava profundamente queria que ele voltasse. Ele e Anne estavam ligados. Ele acreditava que ela não fosse esquecer disso. Ele acreditava que ela não fosse desistir. E ele tinha uma boa razão para acreditar. Anne: Quando eu recebi a notícia, eu sabia que teria de ser forte, então assumi o papel de esposa confiante no exército e mãe zelosa. Mas no fim, a angústia, a dor no meu coração se tornou devastadora e eu comecei a chorar e achei que as lágrimas nunca teriam fim. Minha vida ficou aos pedaços e não tinha vontade, sequer, de me recompor, não se aquilo significasse viver sem o Ben. Mark Finley: Anne era uma mulher que havia dado tudo de si por aquele homem, de corpo e alma. Ela havia investido sua vida nele. E separar-se dele partiu seu coração. Ela extravasou sua angústia através de lágrimas. Mas curiosamente, essas lágrimas foram a prova de que Ben poderia manter a esperança, foram a evidência de que ele não seria esquecido, de que algum dia ele voltaria para casa, um lugar que ele não podia ver. Amigo, chegamos ao "x" da questão. É assim que mantemos viva a esperança neste mundo. Você percebe por que podemos saber que existe um mundo melhor se aproximando? Por que podemos saber que Jesus Cristo realmente voltará para nos levar para casa? Porque Ele entregou Sua vida por nós. Porque Ele fez um investimento tremendo. Deixe-me falar de um lugar chamado Getsêmani. Cristo foi até lá para orar com três discípulos. Ele estava prestes a ser preso, estava prestes a suportar o fardo dos pecados do mundo na cruz. Lucas descreve a cena. Isto foi o que ele escreveu em Lucas, capítulo 22, versículo 44: "E estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra". Cristo estava começando a vivenciar a agonia da separação com Seu Pai Celestial. Parecia uma separação eterna. Parecia o inferno. Parecia mais do que ele podia suportar. Em dado momento, Ele chegou a implorar ao Pai, "passe de mim este cálice". Mas Cristo não desistiu. Ele se submeteu ao julgamento, à agressão, à provação da cruz e ao Pai abandonando-O. Ele pagou o preço máximo. Cristo estava, de fato, comprometido com você e comigo, de corpo e alma. O apóstolo Pedro descreve isso de forma bastante eloqüente em Primeira Pedro, capítulo 1, versículos 18 e 19: "sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo". Cristo nos resgatou. Cristo pagou pela nossa salvação. Ele pagou por isso não com prata ou ouro, mas com algo muito mais precioso, Seu próprio sangue. Como podemos saber que Cristo está voltando? Porque ele pagou um preço muito alto por nós. Você não paga por alguma coisa e não a leva. Você não paga um preço enorme por uma coisa e esquece dela. Cristo investiu Seu próprio sangue. Ele o derramou sobre este planeta. O sangue da remissão que é um indício de que Ele está voltando para reivindicar os Seus. Pode acreditar nisso. Nada faz sentido se Jesus não voltar por aqueles que foram remidos com tamanho sofrimento. O sangue derramado por Cristo é nossa certeza de que iremos para casa. De forma parecida, as lágrimas derramadas por Anne foram a certeza de Ben de que ele voltaria para casa. Pelo seguinte: Anne não simplesmente chorou e continuou com sua vida. Ela não simplesmente aceitou que Ben havia desaparecido da face da Terra. Não, Anne derramou suas lágrimas, e depois entrou em ação. Anne: Achei que o que estavam fazendo não era suficiente para garantir melhor tratamento para nossos homens. Então ajudei a organizar a Liga Nacional de Famílias de Prisioneiros e Desaparecidos de Guerra. Organizamos tropas e fomos a público. Não deixaríamos o mundo esquecer aqueles que morreram e aqueles que ainda estavam sofrendo para preservar a nossa liberdade. Falávamos para grupos de igrejas e em clubes. Aparecíamos no rádio e na televisão, dávamos entrevistas em jornais. Em dado momento, um grupo nosso viajou para Paris. Nós queríamos nos reunir com os norte-vietnamitas em missão de paz e queríamos que eles nos fornecessem uma lista completa dos prisioneiros, que eles aceitassem o envio de suprimentos para eles, além de organizar a libertação deles. Nós os pressionamos até eles acertarem uma reunião. Foi uma pequena vitória, mas foi muito comemorada. Eu não conseguiria dormir até que Ben voltasse. Acho que as lágrimas serviram para isso. Eu tinha que continuar trabalhando até a reunião definitiva. Mark Finley: O governo dos Estados Unidos, é claro, também estava trabalhando para a libertação dos Prisioneiros. Oficias do Departamento de Estado estavam em duras negociações. Líderes americanos estavam tentando dar um final justo e digno à guerra, para que todos pudessem voltar para casa. Era uma situação difícil e complicada. Estava difícil obter a paz. Anne se solidarizou com aqueles desafios. Mas uma coisa estava acima de toda política, acima de todas as negociações. Era a sua ligação com um homem chamado Ben, um homem prisioneiro em um lugar muito distante. E ela faria qualquer coisa que pudesse para trazê-lo em segurança. Sabe, resolver o maior conflito de todos, o conflito entre o bem e o mal neste planeta, não tem sido simples nem fácil. Nós não entendemos todos os propósitos de Deus na história. Nós não vemos exatamente como tudo isso vai funcionar. Mas Ele está trabalhando para dar um final justo e digno ao sofrimento e à separação. Ele está trabalhando para resolver as questões que têm atormentado o nosso planeta. E uma coisa que podemos saber, com tudo isso, é que Jesus Cristo está determinado a nos levar em segurança. Ele está ligado a todos nós. Ele tem um objetivo em mente, uma coisa é mais importante do que qualquer outra. O apóstolo Paulo destaca esta questão. É assim que ele começa a sua carta aos Gálatas no capítulo 1, versículo 3 e 4: "graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do (nosso) Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai". Que passagem! Uma mensagem que nos atinge, no mundo de hoje. É uma mensagem de graça e paz. E ela nos é dada por Aquele que se dedicou a nos libertar "deste mundo perverso". Por isso que ele se entregou a si mesmo. Para isso que serviu o preço da cruz: para nos libertar de um mundo de sofrimento e desgraça. É a cruz que mantém viva a esperança em um mundo perverso. Esta é nossa certeza. É a nossa certeza de que alguém está vindo nos buscar. É a nossa certeza de que não seremos deixados para trás. O interessante é que, foi a isso que Ben apegou-se naquela prisão Norte Vietnamita. Ben e Anne estavam ligados por um amor imortal, e também por uma imensa fé. Eles sabiam que não estavam sozinhos na esperança de um reencontro. Ben: Às vezes eu fazia pequenos artefatos para passar o tempo. Eu tinha mais orgulho de uma Santa Ceia que eu fiz. Eu fiz um pequeno cálice, um prato e uma tampa com uma cruz em cima, tudo feito de tubos de pasta de dente. E no primeiro Domingo de cada mês, eu celebrava a comunhão. Durante esses momentos, eu lembrava de todas as comunhões que eu e Anne passamos juntos, que compartilhamos. Mas era contraditório porque, mesmo que eu a sentisse espiritualmente, eu sentia tanta falta dela fisicamente, por não poder vê-la e tocá-la. Era em momentos como esses, que eu percebia a minha cruz. E eu dizia, "Ben, existiu uma pessoa que teve de sofrer muito mais do que você jamais poderá sofrer". Mark Finley: Lembrar do que Jesus fez por nós solidifica a nossa esperança. Nós dá um amparo. Torna a esperança tão sólida quanto uma cruz cravada no solo. Um pouco antes de Jesus ser preso e julgado, Ele celebrou uma Páscoa especial com Seus discípulos. Ele partiu o pão para eles. Serviu bebida a eles. E Ele nos concedeu uma forma de lembrar o Seu sacrifício. Paulo recordaria as palavras de Seu Mestre em Primeira Coríntios, capítulo 11 e versículo 24. Jesus disse, preste atenção: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim". E então, pegando o cálice, Jesus disse, no versículo 25: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim ". Paulo nos ajuda a entender o que realmente fazemos quando participamos desta Comunhão especial, na Ceia do Senhor registrada no versículo 26: "Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha". Nós anunciamos a morte do Senhor, através desta memória, até que Ele venha. Por que? Porque esse sacrifício é a nossa maior certeza de que Ele realmente voltará pelos Seus. É a nossa garantia de um futuro com Ele. É como mantemos viva a esperança e ardendo em nossos corações. É uma esperança que Ben teve grande dificuldade para celebrar durante os intermináveis anos de aprisionamento do Vietnã do Norte. E é uma esperança que o ligava, de várias maneiras, à mulher que ele amava. Anne: Havia momentos em que todo aquele medo e frustração eram esmagadores. Uma vez eu chorei na frente das crianças e isso assustou elas. Por fim, eu recorri a Deus e fiz uma oração simples. Eu disse a Ele que eu amava o Ben e que não sabia se ele estava vivo ou morto, mas eu o amava e queria ele de volta. E eu sabia que o Senhor o amava ainda mais que eu. E eu entreguei nas mãos Dele, sem saber como a situação se resolveria. "Deus, acredite, ele é Teu". E no silêncio e quietude daquela noite, minha frustração acabou; o caminho à minha frente parecia claro. Eu senti isso. Mark Finley: Não sabemos o dia nem a hora em que Cristo voltará. Não sabemos ao certo como as pavorosas manchetes de hoje se tornarão o glorioso clímax da história. Mas podemos colocar todos os nossos medos e frustrações diante de Deus. Podemos entregar o nosso futuro nas mãos Dele. Podemos confiar nos planos Dele. E acima de tudo, podemos firmar nossos pés na rocha sólida do que Jesus fez por nós. Ele pagou o preço máximo. Ele nos reivindicou com Seu próprio sangue derramado. Ele está voltando por aqueles que Ele remiu. Ele está voltando para nos levar para casa, para um maravilhoso reencontro. Anne: Alô, aqui é Anne. Sim. Tem certeza? Crianças, crianças, o papai está voltando, o papai está voltando. Finalmente nos reunimos no dia 30 de agosto de 1972 em Bush Field, Atlanta, na Georgia. Foi como se todos aqueles anos de espera tivessem desaparecido. Ben: As pessoas nos alertaram sobre as rupturas em nossa vida familiar depois que eu voltasse. Mas o nosso amor, na verdade, ficou muito mais forte. É como se estivéssemos recuperando o tempo perdido. Por causa dos cinco anos que fiquei longe, cada momento agora é muito precioso para nós. Eu pude fazer a minha parte naquela prisão por causa da fé que eu tinha. Mas também por causa do amor que a Anne e eu sentíamos um pelo outro e por Deus. Hoje, você pode ter certeza que alguém está vindo para levá-lo para um lugar melhor. Pode ter certeza que ouvirá a voz no noivo chamando. Você pode ter uma certeza que o sustentará nos dias difíceis. Está baseado em algo que Cristo fez por você. Está baseado no fato de Jesus ter entregue Sua vida para resgatá-lo deste mundo perverso. Você já aceitou este sacrifício feito a seu favor? Você já disse "sim" a este tipo de amor? Você já aceitou o corpo partido e o sangue derramado como sua certeza de um lar com Deus neste lugar melhor? Eu convido você a aceitar isso, agora. Eu convido você a dizer "sim", agora. Não há lugar melhor para estar neste mundo sombrio. Não há lugar melhor para se ter esperança. Venha para a cruz do jeito que você é. Venha para Aquele que mereceu o direito de ser o seu Salvador. Neste momento, aceite este Cristo. Ele anseia por resgatá-lo. Ele anseia por salvá-lo. Sabe, a Bíblia diz, "o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora". Este Cristo anseia que você, neste momento, onde quer que esteja, ajoelhe-se, abra o seu coração para Ele, que aceite o perdão e a misericórdia Dele. Ele está vindo, amigo. E está vindo por você. Ele quer levar você para uma terra onde não existe doença, nem sofrimento, nem dor, nem tristeza e nem morte. Ele morreu por você. E Ele certamente não teria morrido se não fosse voltar para levá-lo para casa. Queira curvar sua cabeça nessa hora e dizer a Ele, "Senhor, sim, eu quero ir quando Tu voltares. Eu quero estar pronto para a sua volta"

 

Vem Senhor! Letra, música e arranjo: Williams Costa Jr. Vem, Senhor! Vem usar o meu fevor, vem viver no meu labor, vem morar no meu viver. Vem, Senhor! Para que eu possa ajudar meu irmão a encontrar o caminho para Ti. Ó vem, Senhor! Eu sem Ti não sou ninguém, mas eu quero ser alguém para o meu irmão. Vem Senhor! Eu preciso encontrar o caminho do serviço, a vereda da humildade. Vem, Senhor! vem buscar os Teus fiéis pois não quero aqui ficar, eu anelo outro lugar. Mas enquanto Tu não vens, vou seguindo a trabalhar, entretanto eu Te imploro: Vem, Senhor! Vem, Senhor! Ora vem, Senhor jesus! Amém. Gravado por Sonete no MMCD 9803 do Ministério Está Escrito

 

Querido Pai, obrigado pelo presente que foi o Teu filho. Obrigado por Ele Ter se disposto a beber do cálice amargo da cólera, para que pudéssemos beber do cálice da memória. Nós aceitamos esta morte sacrificial. Obrigado por Tua misericórdia em nos perdoar. Nós colocamos as nossas esperanças, medos, frustrações e desejos nas Tuas mãos. Ajude-nos a manter viva a Tua promessa em nosso coração. Ajude-nos a viver com esperança de hoje em diante. Em o nome de Jesus. Amém

 


 

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DECIFRANDO O CÓDIGO DA BÍBLIA

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Alguns anos atrás, um repórter de Nova York, Michael Drosnin, escreveu um livro chamado "O Código da Bíblia". Neste livro ele afirma que um matemático israelense descobriu um código secreto escondido nos textos da Bíblia Hebraica. Segundo ele que o matemático, Dr. Eliyahu Rips, foi capaz de fazer detalhadas previsões sobre o futuro. Desde sua publicação, o livro causou muita polêmica e sensacionalismo. Principalmente porque o código da Bíblia, aparentemente, predisse o assassinato de Yitzak Rabin - mais de um ano antes do crime. O autor também afirmou que, escondidos no texto Hebraico, existem predições do assassinato de Kennedy, da explosão da bomba em Oklahoma, da viagem à lua e da eleição de Bill Clinton. Para muitas pessoas a descoberta do "código da Bíblia é uma evidência da habilidade de Deus em predizer o futuro. Elas queriam saber exatamente como, este código funciona. Bom, ele funciona através de algo chamado "seqüência de letras eqüidistantes". Os decifradores do código da Bíblia primeiro escolheram uma página do texto hebraico. Então, aleatoriamente, procuraram por seqüências de letras - as seqüências podiam ser horizontais, ou verticais, subindo ou descendo, ou podiam ser diagonais. Eles fizeram buscas aleatórias incluindo todas as letras de uma seqüência, ou cada segunda letra, ou cada terceira letra. Procuraram também por letras eqüidistantes. Em certas páginas eles chegaram a mensagens surpreendentes. Em uma determinada página, descobriram a mensagem: "segundo governante será morto", onde as letras estão todas juntas. Depois, acharam, dispostas horizontalmente, letras em uma seqüência que mostrava: "R. F. Kennedy". E por fim, subindo e descendo, diagonalmente, descobriram a seguinte seqüência, "S. Sirham". Parece uma impressionante previsão do assassinato de Robert F. Kennedy. Em outra passagem, os decifradores do Código da Bíblia descobriram esta seqüência: "Queda de", "Rússia" e "Comunismo". De novo, parece uma incrível previsão do colapso do comunismo russo - algo descoberto na Bíblia Hebraica, escrita há milhares de anos. De acordo com Michael Drosnin, o matemático israelense Rips decifrou um extraordinário código bíblico. E Drosnin afirma que este código foi confirmado por renomados matemáticos do mundo inteiro. Ele diz que um experiente decifrador da ultra secreta Agência de Segurança Nacional americana, confirmou que existe um código na Bíblia que revela o futuro. O que podemos deduzir disso tudo? Seria o Código da Bíblia uma nova e surpreendente prova da onisciência de Deus? Seria uma nova evidência, de que este livro, a Bíblia, é de fato um documento inspirado? Para obter algumas respostas, fomos até o campus da Universidade Andrews em Berrien Springs, Michigan, nos Estados Unidos. Eruditos do Seminário Teológico Adventista, têm dedicado sua vida ao estudo do texto da Bíblia, para entender suas mensagens. Nós queríamos saber o que eles acham dessas descobertas do Código da Bíblia. O Dr. Roy Gane é um especialista na Bíblia Hebraica e nas línguas do Oriente Próximo. Ele leciona exegese Hebraica e interpretação do texto hebraico. O Dr. Gane destacou algo muito interessante sobre essas letras hebraicas em seqüências de código. Ele disse: "O Código da Bíblia trabalha com o texto Hebraico, e o Hebraico é uma língua consonantal. Em resumo, existem letras que passaram a ser usadas como vogais, mas existem muito mais consoantes. Portanto, é fácil pegar consoantes aqui e ali e depois, arbitrariamente, atribuir vogais a elas e fazer com que essas consoantes digam algo. Pode-se fazer isso muito mais facilmente do que em inglês. Acho que muitas pessoas não percebem isso." Basicamente, este livro "O Código da Bíblia", cria um código só com consoantes e depois insere várias vogais para criar diferentes palavras. Foi assim que surgiram palavras como "R. F. Kennedy" e "S. Sirhan". Os eruditos também destacaram outra coisa sobre "O Código da Bíblia". Este código só é revelado porque computadores percorrem muitos, muitos caminhos na Bíblia Hebraica. Eles examinam seqüências horizontais a cada três letras, examinam seqüências diagonais a cada cinco letras, e por aí vai. Existem infinitas maneiras em que se pode brincar com um texto dessa maneira. Dependendo da seqüência que você ordenar para que o computador pesquise, você poderá encontrar combinações surpreendentes. Por este prisma, o Código da Bíblia, torna-se cada vez menos impressionante. O Dr. John Paulien é professor de Interpretação do Novo Testamento no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia. Ele já publicou muitos artigos no "Jornal de Literatura Bíblica" e em revistas teológicas. O Dr. Paulien não está tão preocupado com o código da Bíblia em si, e sim, com a maneira correta de se estudar a Bíblia. Ele declarou: "Alguns pensam que escondido em meio às letras do texto, além do significado das palavras, existam mensagens ou formatos que, de alguma forma, são uma revelação superior àquela que obtemos simplesmente lendo o texto". No século 19, apareceu uma idéia semelhante. As pessoas achavam que o grego do Novo Testamento era um tipo de grego muito diferente do grego de Platão, Philo ou de outros escritores gregos conhecideos. As pessoas se perguntavam o porquê disso e diziam: "Bom, este é um livro dado por Deus, então esta deve ser uma espécie de grego divino, um tipo de língua sobrenatural especial". Isto é muito parecido com a idéia: "Bem, Deus envia a mensagem e se você conseguir decifrar o código, tudo vai fazer sentido". Algo interessante aconteceu. Naquele mesmo século, alguém no Egito, virou uma lata de lixo e achou um monte de cartas particulares, recibos, contas, contratos - essas coisas que as pessoas fazem todo dia. E sabe o quê? Estes documentos estavam todos na língua do Novo Testamento. Era o mesmo tipo de grego usado no Novo Testamento. Não era nenhum super código. O Novo Testamento não utilizava uma linguagem secreta, uma língua de eruditos. Era a língua das pessoas comuns, a língua falada nas ruas. Deus não usou uma linguagem secreta ou mística para Se comunicar conosco. Ele usou o grego do dia-a-dia. Ele usou o hebraico do dia-a-dia. Então, de acordo com o Dr. Paulien, não faz sentido procurar a verdadeira mensagem da Bíblia em um código, não faz sentido achar que Deus fala conosco em uma linguagem secreta. Ele afirma: "Parece que a intenção da Bíblia é ser entendida na linguagem real, na língua do dia-a-dia; a intenção é ser entendida por pessoas comuns. Tipos de abordagens como o código da Bíblia, que exigem uma fórmula matemática ou científica para que a Bíblia seja entendida, parecem não combinar com o modo como a própria Bíblia foi produzida." O que os eruditos bíblicos estão dizendo é o seguinte: a mensagem essencial de Deus está apresentada de forma simples. Ela nos é apresentada ao longo da Bíblia. Uma das melhores maneiras de saber como entender as mensagens de Deus é observar como os próprios autores da Bíblia as entenderam. Veja como os autores do Novo Testamento usavam as passagens do Velho Testamento. Isso esclarece muita coisa. Tomemos o exemplo do próprio Jesus. Os capítulos 5,6 e 7 do livro de Mateus, apresentam o famoso Sermão da Montanha. Ali, Ele apresenta os princípios de Seu reino no céu. Mas você sabe o que estes capítulos revelam? Eles nos mostram que Jesus entendia, muito bem, as leis e os preceitos morais do Velho Testamento. Ele tinha a visão ampla, de tal maneira que, conseguiu ampliar esses princípios em Seu sermão. "Não matarás" tornou-se - "não insulte ou ire-se contra seu irmão". "Não adulterarás" tornou-se - "não olhe para uma mulher com intenção impura no coração". Jesus disse que Ele veio para cumprir a lei. E isto é prova de que Ele entendia por completo a lei moral de Deus. Ele entendia a sua essência. Em Mateus 22:37 a 40, Jesus resume a lei desta forma: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas." O amor cumpre a lei. O amor cumpre o que o profeta escreveu. Jesus pôde compreender a essência da mensagem de Deus, porque Ele tinha a visão do todo. Ele não estava simplesmente procurando aqui e ali por palavras, ocultas em um código. Ele estava considerando tudo o que a Bíblia dizia. E os eruditos dizem que isto é o que realmente importa em se tratando de entender as mensagens de Deus. O professor de Inglês, Andrew Wheat, leciona literatura bíblica em uma faculdade cristã no norte da Califórnia. Ele disse: "É preciso examinar esses livros de uma forma holística. Geralmente, a mensagem transcende a uma única passagem e, se você retirá-la de seu contexto, não conseguirá obter a profunda sabedoria que, na minha opinião, o livro tenta transmitir e que penso ser consistente em todos os livros". Estude o que a Bíblia diz, em seu contexto, em sua cultura, com todo o quadro em mente. Tente ver como suas mensagens se encaixam. O autor de Hebreus nos mostra como fazer isso de uma forma maravilhosa. No capítulo 11 temos uma clássica descrição da fé. O autor nos mostra Noé alertando as pessoas sobre um futuro dilúvio - pela fé. Ele nos mostra Abraão indo com Deus para uma terra desconhecida - pela fé. Ele nos mostra Jacó abençoando seus filhos - pela fé. Ele nos mostra Moisés juntando-se aos cativos hebreus - pela fé. Hebreus 11 descreve uma procissão de homens e mulheres, através da história, que realizaram feitos por estarem concentrados no Deus que é fiel. Como este autor Bíblico conseguiu dar esta poderosa mensagem? Ele viu o quadro todo. Ele uniu as histórias. Ele relacionou as mensagens, mas escreveu na linguagem do povo. Amigo, você quer mais evidências da sabedoria de Deus na Bíblia? Você precisa de novas provas de sua inspiração? Não é preciso desvendar um código bíblico secreto. Estude este livro com a visão ampla. Observe o que a Bíblia enfatiza. Observe o que a Bíblia diz sobre Deus. Siga o tema da salvação através da Bíblia. Estude os temas da Bíblia. Estude a Bíblia toda. Desta maneira você vai descobrir tremendas provas da sabedoria divina. Deste modo você vai descobrir mensagens que podem mudar a sua vida. O Dr. Keith Mattingly é o diretor do Departamento de Religião da Universidade Andrews. Ele é especialista no texto hebraico do Velho Testamento, o mesmo que os decifradores do Código da Bíblia investigaram. O Dr. Mattingly , entretanto, descobriu no texto hebraico, não um código, mas uma descrição maravilhosa de Deus. "Eu amo o Velho Testamento. Uma das coisas que mais gosto nele é demonstrar à maioria dos leitores um Deus bem diferente. Normalmente as pessoas vêem, no Velho Testamento, um Deus severo, vingativo, que está lá para matar e destruir. À medida que estudo o Antigo Testamento, vejo a figura de um Deus muito diferente. Vejo um Deus paciente, bondoso, misericordioso, ansioso para entrar na vida das pessoas e ajudá-las a solucionar seus problemas e lutas. Uma das coisas maravilhosas sobre a Bíblia é isso: quanto mais ampla é a visão, mais clara se torna sua mensagem. Os temas mais importantes da Bíblia são os que mais aquecem o coração, os que mais edificam a fé. É inspirador ver como os escritores dos diferentes livros da Bíblia , num período de milhares de anos, formam uma obra única e coerente, uma mensagem bíblica básica. O professor de Novo Testamento, o Dr. John McVay, é reitor do Seminário Teológico Adventista Do Sétimo Dia. Veja o que ele diz: "Um assunto que sempre me atraiu para ilustrar a coerência da Bíblia, é o relato de um paraíso perdido de um lado, onde a história da Bíblia começa, terminando com a maravilhosa história do paraíso recuperado. E o tempo todo, unindo esses dois relatos distantes, está a história do Deus que ama as pessoas. Um Deus fiel e perdoador, que sempre ajuda a humanidade. Os seres humanos, por outro lado, são geralmente estranhos em seu relacionamento com Deus e com o próximo. Eles são inconsistentes, vingativos, etc. Mas estas pessoas têm seus melhores momentos quando estão próximas a Deus e quando os valores do caráter divino são refletidos em seu coração e vida. Permeando as páginas da Bíblia, temos sempre a maravilhosa história da graça de Deus lidando com seres inconsistentes. ·". Você sabe o que vemos quando temos uma ampla visão da Bíblia? Vemos que Deus tem um plano! Ele tem um plano para mim. Ele tem um plano para você. É um plano que pode nos resgatar de nossas provações. É um plano que pode resolver nossos maiores problemas e desafios. E este plano não está escondido em algum código secreto. Você não precisa de computadores para decifrá-lo. Você só precisa de olhos espirituais para ver e ouvidos espirituais para ouvir. Você só precisa de um coração aberto. Você só precisa ver o que é apresentado de forma simples. Jesus disse isso, em Lucas 11: 33. Ele coloca desta forma: "Ninguém acende uma lamparina para pôr num lugar escondido ou debaixo de um cesto. Ao contrário, ela é colocada no lugar próprio, para que os que entrarem na casa possam enxergar tudo bem". Jesus não fala de nenhum código secreto. A Bíblia, a Palavra de Deus, é descrita como uma lâmpada para nossos pés e uma luz para nossos caminhos. O próprio Jesus é descrito como a Luz do Mundo. Essa luz não está escondida debaixo de um cesto, não está escondida em algum lugar secreto. Está brilhando claramente para que todos vejam. E quando você vê esta grande luz, tantas outras coisas ficam claras, tantas outras coisas se encaixam, tantas coisas começam a fazer sentido. "Um assunto da Bíblia que realmente permeia vários livros, especialmente Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Daniel, Hebreus e Apocalipse, que é o último livro, é o tema do santuário de Deus, a Sua morada. Porque Deus quer estar com o Seu povo, este é um tema muito forte. Deus estabeleceu uma morada temporária na Terra entre os israelitas no deserto, para que pudessem interagir com Ele no dia-a-dia, e para que pudessem aprender sobre Deus - quem é Ele, como interagir com Ele, quais são as conseqüências do pecado e o que significa estar debaixo do Seu comando e do Seu governo. O santuário nos ensina bastante sobre o dia a dia com Deus e também acerca das eternas conseqüências do plano da salvação. O tema do santuário aparece de forma muito proeminente no Novo Testamento, no livro de Hebreus e no Apocalipse, onde nós, como cristãos, podemos olhar diretamente para o trono do céu, o centro de controle do Universo. Somos informados que podemos ter acesso a Cristo e ao Pai. De fato, em Hebreus 4:14 a 16, somos convidados a irmos, pela fé, confiantemente ao trono da graça, onde podemos achar perdão e graça em tempos de perigo. Quando preciso disso? O tempo todo. Sou uma pessoa muito necessitada. Mesmo quando tudo está bem na minha vida, ainda assim, tenho muitas necessidades. E é maravilhoso saber que, Cristo está à minha disposição. Ele está no lugar mais poderoso do Universo, atendendo às nossas petições", diz Roy Gane. Na Bíblia, Deus nos revela o Seu plano que inclui um grande convite. Deus está do nosso lado. Ele sempre deseja o melhor para nós. Ele anseia que nos acheguemos a Ele. Esta é a melhor mensagem que você pode ouvir. E é uma mensagem que se repete várias e várias vezes nas páginas da Bíblia. Precisamos fazer mais do que apenas pegar um texto aleatório aqui e ali na Bíblia. Não será hora de você, pessoalmente, começar a levar a sério as mensagens que são apresentadas, de forma simples, na Bíblia? Tantas pessoas parecem fascinadas por algum código secreto na Bíblia. Elas estão procurando por mensagens especulativas. Elas querem saber sobre o próximo terremoto, o próximo assassinato, o próximo grande acontecimento mundial. Mas a Bíblia é um livro que ensina como ser salvo, como ter fé, como conhecer Jesus, como orar. Sim, a Bíblia apresenta também os acontecimentos futuros, mas eles sempre são explicados na própria Bíblia, e não através de um código secreto. Não será hora de você investir tempo para ter uma melhor compreensão da Bíblia? Não será hora de investir tempo para melhor conhecer a esse Deus que finalmente triunfará no universo? Quero convidá-lo a fazer disso uma prioridade. Eu convido você a conhecer o Deus vivo em Sua Palavra viva. Eu convido você a familiarizar-se com a Bíblia, a estudá-la por si mesmo. Faça parte do maravilhoso plano de Deus. Você quer fazer este acordo com Deus? Quer ir à Bíblia e nela encontrar a Deus? Quer encontrar nela o plano da salvação? Quer encontrar, não um código secreto, mas a verdade de Deus para você? Firme então o compromisso de estudar mais a Bíblia, e ore conosco.

 

TUA PALAVRA Letra e Música: Jader Santos Escondi Tua Palavra em meu coração Pra não pecar contra Ti, Escondi as Tuas preciosas verdades dentro de mim. Em não quero falhar, Eu não quero jamais entristecer meu Jesus. CORO: Tua Palavra é luz, Tua Palavra é paz, Tua palavra é vida ao meu coração. Por isso em meu viver Eu quero compreender, Eu quero aceitar me mim o Teu querer. Vem ajudar-me oh Deus! Decidi obedecer, Senhor, em qualquer situação. Sei que Tu vais ser comigo. Decidi que quero, de hoje em diante, ser sempre Teu, Eu não quero falhar, Eu não quero jamais entristecer meu Jesus. Pois a Palavra é luz e a Palavra ensina a direção. Quem estiver sozinho pode andar seguro em meio à escuridão. Quem estiver perdido encontrará a salvação. Quem se sentir culpado achará ali perdão. Gravado por Art´ Trio, pela Voz da Profecia no MMCD 01 12

 

Querido Pai, obrigado por apresentar nas páginas da Bíblia a riqueza da Tua sabedoria. Obrigado por falar conosco em nossa linguagem do dia-a-dia. Obrigado por deixar claras as Tuas mensagens. Por favor, ajude-nos a conhecer profundamente a Tua Palavra. Conceda-nos a disciplina necessária. Conceda-nos a perseverança necessária. Ajuda-nos a ter a visão ampla. E ajuda-nos a estarmos sempre apegados a Ti. Em nome do Salvador, Jesus Cristo. Amém

 


 


 

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O PRIMEIRO HOMEM DE FÉ

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Ele foi chamado para tornar-se o pai de uma nova nação sobre a face da Terra. Ele também se tornaria o pai de um novo tipo de fé. Este homem extraordinário estabeleceria uma ligação entre o Antigo e o Novo Testamento da Bíblia. Esta é sua história. Um dia, o apóstolo Paulo fez uma pausa em suas viagens missionárias ao redor do Mar Mediterrâneo e decidiu escrever uma carta muito especial. Nesta carta ele queria apresentar o Evangelho, as boas novas da salvação através de Jesus Cristo. Ele queria explicar de forma clara e completa como os seres humanos são salvos pela fé. Paulo decidiu enviar esta carta aos crentes em Roma, a maioria dos quais eram judeus. Paulo então escreveu a conhecida carta aos Romanos. Ao escrever esta carta, Paulo dedicou-se a explicar o que Deus havia revelado no Antigo Testamento. Ele queria mostrar que a salvação pela fé estava presente nas Escrituras então existentes. Paulo estudou todas as histórias da Bíblia, desde Adão até os Profetas. Ele escolheu concentrar-se em um homem. Um personagem do Antigo Testamento que havia se destacado como um exemplo da salvação pela fé. Isto foi o que ele escreveu: "Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de se gloriar; porém não diante de Deus. Pelo que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça." (Romanos 4:1-3). Paulo salientou que Abraão foi justificado antes dele ser circuncidado, antes dele participar de qualquer ritual judeu, antes de existir um sistema de adoração no templo. Abraão não havia feito nada disso; ele apenas creu em Deus. Mas Deus o considerou um homem justo. Então Paulo diz: todos os que têm fé são os verdadeiros filhos e filhas de Abraão: Como dizem as Escrituras Sagradas: "Eu fiz de você o pai de muitas nações." Assim a promessa depende de Deus, em quem Abraão creu, o Deus que ressuscita os mortos e faz com que exista o que não existia. Romanos 4:17 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) O patriarca Abraão, segundo Paulo, foi de fato o primeiro homem de fé. Ele nos mostra o que é fé: uma total confiança em Deus, a disposição de entregar a Ele todos os detalhes da nossa vida. Abraão foi o primeiro a descobrir o maravilhoso meio pelo qual Deus "chama à existência as coisas que não existem." Deus não olha apenas para o que somos; ele olha para o que podemos nos tornar. Neste capítulo vamos descobrir exatamente o que isso significa; vamos aprender com Abraão. Porque ele tem muito a ensinar para os que querem ser amigos de Deus hoje. Sua vida é um exemplo para nós. Sua vida ilustra o que Deus pode fazer com apenas um simples gesto de fé. A história de Abraão começa na cidade de Harã, numa região chamada Caldéia. Deus o visitou naquela terra e lhe fez uma proposta: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação." (Veja Gênesis 12:1) Abraão era um homem muito rico. Ele poderia ter dito "Não, obrigado. Eu estou bem aqui com meus parentes, rebanhos e servos." Mas Abraão escolheu confiar em Deus. Ele partiu numa aventura com Deus, sem saber direito para onde iria. Na época ele não era uma pessoa jovem. Ele deixou Harã com a idade de setenta e cinco anos. E ele e sua esposa, Sara, não tinham filhos. Abraão decidiu crer que Deus tinha algum tipo de plano quando Ele lhe prometeu muitos descendentes. Mas, após se estabelecer em Canaã, Abraão começou a se preocupar. Sara ainda não havia engravidado. E eles continuavam sem filhos. Como uma "grande nação" poderia surgir dele? Ele não havia conseguido gerar sequer um filho. Uma noite, sem conseguir dormir em sua tenda, ele contou ao Senhor as suas preocupações. E foi isto que Deus respondeu: "Aí o SENHOR levou Abrão para fora e disse: -Olhe para o céu e conte as estrelas se puder. Pois bem! Será esse o número dos seus descendentes." Gênesis 15:5 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Descendentes tão numerosos quanto as estrelas do céu? Foi uma promessa e tanto. Foi uma promessa e tanto para um homem velho cuja esposa nunca havia engravidado. O que Abraão respondeu? Gênesis 15:5 diz: "Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça." Abraão acreditou em Deus, e isso foi creditado a Ele como justiça. Este foi o ponto destacado por Paulo em sua carta aos Romanos. Isto é o que torna Abraão o Pai de todos os que crêem. Abraão contemplou aquele céu escuro cheio de estrelas e decidiu confiar na promessa de Deus, ao invés de confiar em seu corpo frágil. Deus o havia ajudado em tantas ocasiões. Ele decidiu entregar a Deus este importante assunto também. E Deus abençoou a Abraão. Deus permitiu que ele se estabelecesse em Canaã e prosperasse. Deus presenteou a Abraão e Sara com um filho, apesar da idade avançada. Um filho sadio, chamado Isaque. Abraão viria a tornar-se realmente o pai de uma grande nação, os filhos de Israel. Este povo seria um povo especial para Deus, uma nação diferente das outras, uma nação de sacerdotes, um povo destinado a espalhar a luz de Deus em um mundo escuro. E tudo começou com um velho homem que olhou para as estrelas e acreditou que Deus poderia fazer o que ele tinha prometido. Naquele momento Abraão demonstrou uma fé extraordinária. Mas observemos mais atentamente a vida deste homem a quem Deus abençoou de forma tão singular. Vamos observar este indivíduo a quem Deus considerou justo. Porque nesta história existem detalhes que mostram exatamente o que significa ser salvo pela fé. Em suas viagens, Abraão foi até o Egito. Ali ele entrou em contato com a realeza Egípcia. Ali ele começou a ficar preocupado. Sara era uma mulher muito bonita. E Abraão achou que os príncipes do Egito, acostumados a ter tudo que queriam, poderiam matá-lo para ficar com ela. Então, ele pediu para Sara dizer que era sua irmã. Aparentemente, ele pensou em protege-la e a si próprio, passando-se por seu irmão. Seu plano fracassou. O próprio Faraó ficou interessado naquela linda mulher. Ele convidou Sara para ficar em seu palácio e tratou muito bem a Abraão por causa dela. Mas as pessoas da família de Faraó, repentinamente, começaram a ficar muito doentes. Faraó achou que devia ser algum tipo de julgamento divino. Faraó descobriu que Sara era, na verdade, a esposa de Abraão. Sentindo-se muito ofendido, Faraó ordenou que Abraão e Sara fossem embora. Abraão fraquejou diante da pressão. Ele mentiu para proteger a si mesmo. Ah, ele podia até encarar aquilo como uma "meia mentira". Sara era, de fato, sua meia irmã. Mas ele havia encoberto o lado da verdade que realmente importava. E Abraão mentiu de novo. Quando esteve em um lugar chamado Gerar, ele disse a Abimeleque, o rei de lá, que Sara era sua irmã. Abraão pecou não só uma, mas duas vezes, com essas "meias mentiras". Este homem em Gerar quase tomou Sara como sua esposa! Abraão lutou com esta fraqueza: não contar toda a verdade. A fé de Abraão não foi perfeita. Algumas vezes ele não conseguiu confiar que Deus cuidaria dele em situações de perigo. Certa ocasião, Sara achou que Deus precisava de uma pequena ajuda para o cumprimento da promessa. Ela ainda não tinha filhos. E tudo indicava que ela jamais conseguiria engravidar. Parecia ridículo supor que uma mulher com a sua idade pudesse engravidar. Então, ela sugeriu que Abraão tomasse uma serva, chamada Agar, como sua concubina e tivesse um filho com ela. Talvez assim a grande nação começaria. Abraão concordou com o plano. Agar concebeu um filho homem. Mas aquele não foi o início de uma grande nação. Aquele foi o começo de um conflito interminável naquela família. Sara sentiu muita inveja da fertilidade de Agar. Por fim, Agar foi obrigada a deixar o clã. Abraão tinha suas fraquezas. Ele nem sempre seguiu o plano de Deus à risca. Mesmo assim, ele tornou-se o pai de uma nação santa, o pai de todos os que tem fé, sim, fé em Jesus Cristo. Esta é a maravilhosa maneira de Deus considerar a fé como justiça. Abraão fez uma sábia escolha quando contemplou aquele céu cheio de estrelas. Ele escolheu acreditar. Mas, sabe, Deus também fez uma escolha ao contemplar a Abraão. Deus também escolheu acreditar. Deus podia ter olhado para as fraquezas de Abraão. Ele podia ter olhado para sua tendência de contar meias verdades. Ele podia ter olhado para seu hábito de fraquejar diante da pressão. Deus podia ter olhado para todo tipo de imperfeições. No entanto, Deus escolheu ater-se apenas a um detalhe: a fé de Abraão. Deus concentrou-se neste único gesto. E Ele considerou este único gesto como a maior virtude. Deus tomou esta única boa qualidade e fez com que ela representasse toda a justiça de Abraão. Deus atribuiu a este patriarca, fraco na fé, a sua própria integridade, sua própria justiça, sua própria pureza. É assim que Deus gosta de nos olhar. Foi assim que Deus considerou a Abraão naquela noite. Deus tomou aquele gesto de fé e o transformou em salvação. Faz parte do poder supremo de Deus considerar algo que não existe como se existisse. Este é o princípio que o apóstolo Paulo veio a definir como Justificação pela Fé. Deus justifica pessoas imperfeitas com base na fé delas em Jesus Cristo. Deus escolhe olhar para a nossa fé e a considera como justiça. Paulo escreveu sobre isto aos Romanos: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). Saber que somos completamente aceitos por um Deus santo produz grande paz. Afinal, se Deus é por nós, quem será contra nós? A verdade da justificação pela fé é a verdade da misericórdia de Deus. Deus é misericordioso no modo como Ele olha para nós. Ele não está procurando encontrar pecados para nos condenar. Ele está procurando encontrar uma qualidade que possa elogiar. Foi isso que Abraão descobriu em Canaã. Aquele idoso homem imperfeito descobriu que Deus estava buscando algo de bom nele. E quer saber? Esta perspectiva começou a ser entendida. Ela começou a expandir a alma desse patriarca. Deus o estava considerando como um homem justo. E, Abraão, aos poucos, foi se tornando a pessoa que Deus acreditou que ele era. Um dia, Abraão estava sentado à porta da sua tenda quando viu três homens se aproximando. Por ser um homem muito hospitaleiro, Abraão ofereceu acolhida e alimento aos viajantes. Eles conversaram um pouco e logo ficou claro que eles não eram seres humanos comuns. Eles eram visitantes celestiais. O próprio Deus tinha vindo dar a Abraão uma mensagem sobre o destino de duas cidades vizinhas, Sodoma e Gomorra. O povo de lá havia se corrompido de maneira terrível. O julgamento estava á caminho. Como Abraão, o patriarca, reagiu à grave notícia? " Abraão chegou um pouco mais perto e perguntou: -Será que vais destruir os bons junto com os maus? Talvez haja cinqüenta pessoas direitas na cidade. Nesse caso, vais destruir a cidade? Será que não a perdoarias por amor aos cinqüenta bons?" Gênesis 18:23-24 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Abraão passou a entender o coração do seu Deus. Ele passou a entender que Deus não está procurando algo para condenar; ele está procurando algo para valorizar. E por isso ele fez esta pergunta: E se houver 50 justos na cidade? O Senhor Deus respondeu: "Se eu achar em Sodoma 50 justos, pouparei a cidade toda por amor deles" (verso 26). Note que Deus não está dizendo que se achasse 50 pessoas decentes em Sodoma, Ele as retiraria para um lugar seguro para então destruir a cidade. Não! Ele disse que deixaria de destruir toda uma cidade repleta de pessoas imorais e cruéis, se encontrasse 50 pessoas justas naquela cidade. Deus foi bem generoso. Mas Abraão ousou pedir mais. Desculpando-se por sua audácia, ele perguntou, "Suponha que faltem cinco para cinqüenta justos?" O Senhor não hesitou. "Se eu achar ali quarenta e cinco, Eu não destruirei a cidade." Abraão continuou a pedir. Ele continuou a bater na tecla. E se ali só houver quarenta? E se houver trinta? vinte? A cada vez o Senhor garantiu a Abraão de que Ele seria misericordioso. Finalmente, o patriarca barganhou com Deus até chegar a 10. E Deus lhe disse: "Eu não destruirei a cidade por amor dos dez" (versos 27-32). Você percebe o que este diálogo revela? Não foi apenas uma demonstração da paciência e bondade de Deus. O diálogo revela que Abraão havia absorvido a misericórdia de Deus. Ele estava olhando com os olhos de Deus. Ele passou a considerar a ímpia Sodoma da mesma forma que Deus o havia considerado. Abraão queria achar um jeito de poupar aquelas pessoas. Ele estava procurando por algo bom, algum fio de esperança. Em outras palavras Abraão aprendeu a ser misericordioso. Isto é o que a graça de Deus faz por nós. Isto é o que a aceitação de Deus faz por nós. Quando as pessoas se sentem inseguras e com medo, costumam reagir condenando e acusando os outros. Mas quando as pessoas se sentem seguras, elas acabam sendo generosas com os outros. Coisas maravilhosas acontecem em nossa vida quando Deus contempla e considera nosso gesto de fé como justiça. Todos os que crêem são também filhos de Abraão. Nós podemos imitar esse primeiro homem de fé. Sua fé é um exemplo para nós. Sua vida nos ensina lições preciosas. Abraão era um ser humano com muitas falhas. Às vezes ele achava difícil dizer toda a verdade, às vezes, ele fraquejava diante das pressões. Mas Deus continuou valorizando aquele pequeno gesto de fé. Deus continuou valorizando aquela boa qualidade. E por fim, a fé de Abraão, de fato, tornou-se heróica. Ele passou a ser o homem que Deus acreditou que ele era. Um dia, Abraão enfrentou uma prova muito difícil. Ele ouviu Deus falando com ele. E Deus aparentemente estava lhe dizendo para levar seu amado filho, Isaque, a um lugar na Terra de Moriá, e oferecê-lo como um sacrifício! Aquilo era incompreensível. Abraão não podia acreditar. Isaque era o filho da promessa. Somente através dele é que Abraão poderia tornar-se o pai de muitas nações. Mas Abraão resolveu fazer a viagem mesmo assim. Ele já havia participado de muitas aventuras com o seu Deus. Ele apenas se apegou a certeza de que Deus tinha algo bom em mente. Abraão tomou consigo a lenha e a faca. E com seu amado filho Isaque ele lentamente se dirigiu ao lugar indicado por Deus. Então, Isaque perguntou: "onde está o cordeiro, pai, para o sacrifício?" (Gênesis 22:7). Abraão teve de respirar fundo para dar uma resposta. Ele teve que usar toda fé existente em seu coração, para responder: "meu filho, Deus mesmo proverá o cordeiro para o holocausto." (verso 8). E foi exatamente isso que Deus fez. Ele não permitiria que Abraão sacrificasse seu filho, é claro. Abraão avistou um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos. Este animal era a oferta exigida por Deus. Mas Abraão se manteve firme, ele manteve firme a sua confiança em Deus pela fé. Através desta experiência, ele teve a noção do que significa, para um pai, entregar o seu filho único. Ele pôde também sentir um pouco do que Deus, o Pai, sentiu quando entregou o seu filho Jesus Cristo, o cordeiro imaculado em prol da salvação do mundo. Abraão sentiu o que significou para Deus entregar tudo. Naquele momento Abraão se apoiou em Deus - o Deus que um dia permitiria seu filho ser morto para que todos os que acreditassem Nele pudessem ser considerados justos. Deus o Pai fez este sacrifício a fim de poder aceitar culpados pecadores, que esbocem um gesto de fé, a fim de poder conceder-lhes o Seu perdão. Esta é a linda verdade bíblica da salvação pela fé. Você também quer ser um filho de Abraão? Você já encontrou a segurança resultante de depositar a sua fé nas promessas de Deus? Eu lhe convido a dar este passo agora. Deus é o justificador daqueles que crêem em Jesus Cristo. Você pode confiar em Jesus. Não importa qual a sua fraqueza, não importa quantos problemas o aflijam, você pode estar em paz com Deus mediante a fé em Jesus. Você pode dar este passo agora.

 

ORAÇÃO: Querido Pai, embora nossa fé seja fraca nós a entregamos a Ti. Nós queremos crer em Ti. Queremos depositar nossa confiança na Tua misericórdia. Obrigado por aceitares o nosso pequeno gesto de fé. Obrigado porque através de Jesus Cristo Tu podes nos perdoar e nos aceitar. Ajuda-nos a crescer na compreensão da Tua bondade. Ajuda-nos a confiar mais em Ti. Em nome de Jesus. Amém

 


 


 

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UM HOMEM DE DESTAQUE

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Ele é um dos heróis do mundo antigo mais admirados - um homem que libertou seu povo da escravidão e formou uma nação no árido deserto. Ele enfrentou um poderoso Faraó e falou com Deus em uma montanha. Neste capítulo iremos conhecer o homem por trás da lenda. Eles tinham acabado de sair da escravidão do Egito, debaixo do nariz do Faraó. Eles tinham acabado de saquear seus antigos mestres. Tinham acabado de escapar do exército egípcio - porque o Mar Vermelho se abriu para eles, e depois encobriu os inimigos. Os filhos de Israel tinham visto incríveis milagres no combate épico entre o orgulhoso Faraó e o Deus Eterno. E agora, eles seguiam para a Terra Prometida, uma terra que manava leite e mel. Agora, como eles reagiram quando as coisas ficaram difíceis no deserto? Como eles reagiram quando o sol se tornou causticante e a areia muito quente? Os filhos de Israel se esqueceram de sua gloriosa libertação. Eles se esqueceram de seu passado e futuro como o povo escolhido de Deus. Eles começaram a reclamar, a murmurar do presente. Eles começaram a criticar a seu líder, Moisés. Lamentar-se virou rotina no deserto. Veja o clamor que eles ergueram contra Moisés perto do Monte Sinai: " Vocês nos trouxeram para este deserto a fim de matar de fome toda esta multidão". Êxodo 16:3 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). As pessoas murmuraram tanto que chegaram a desejar terem morrido como escravos no Egito. Bom, Moisés levou o problema ao Senhor. E o Senhor fez chover pão do céu para os filhos de Israel. Cada manhã, exceto no dia de Sábado, uma substância arredondada aparecia no solo, fina como gelo. Era o maná, um miraculoso alimento. Um pouco depois em suas viagens, os israelitas começaram a ficar com sede. E eles murmuraram ainda mais alto: "Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?" (Êxodo 17:3). O povo estava a ponto de apedrejar a Moisés. Ele levou o problema ao Senhor. E o Senhor fez sair água de uma rocha. Algum tempo depois disso os filhos de Israel se cansaram do maná diário. Eles começaram a recordar dos pepinos, melões e alhos existentes no Egito. Eles também queriam carne para comer. E então, eles culparam a Moisés de novo: "Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná" (Números 11:6). Moisés contou ao Senhor como estava a situação. Deus enviou muitas codornizes que caíram por toda parte no acampamento. Os israelitas comeram tanta carne que ficaram doentes. Os filhos de Israel estavam sempre reclamando; e com freqüência se rebelavam. Algumas vezes eles ameaçaram usar armas contra Moisés. Outras vezes eles se rebelaram contra o próprio Deus. Estes ex-escravos não eram pessoas de atitudes nobres. Eles se desesperavam ao menor sinal de adversidade. Mas durante todo o período de caminhadas no deserto, um homem destacou-se na multidão. Um homem mostrou sua grandeza diante do povo. Esse homem foi Moisés. A maioria de nós já ouviu falar da história de Moisés libertando os filhos de Israel do Egito. Ele é retratado como o grande herói que entra no palácio do Faraó e exige, "Deixe o meu povo ir!" Ele permanece firme quando Faraó ameaça. Ele é retratado como o grande libertador que acalma o povo enquanto Faraó os persegue com seu exército. "Aquietai-vos", disse Moisés, "e vede o livramento do Senhor, que hoje, vos fará." (Êxodo 14:13). Moisés passou a ser considerado um herói quando estendeu o braço e levantou o seu cajado sobre o Mar Vermelho, seguindo as ordens de Deus, e as águas se abriram, criando um caminho de fuga. Moisés foi, realmente, um heróico libertador. Mas, há um outro aspecto ainda mais importante. O verdadeiro teste do seu caráter ocorreu durante aquele tempo no deserto. É onde percebemos sua grandeza moral. Pois foi no deserto que ele enfrentou às maiores provações. Sejamos francos, todos nós reclamamos ás vezes. Faz parte da natureza humana. Nos queixamos e lamentamos quando passamos por dificuldades. Queremos culpar alguém quando estamos tristes. Queremos culpar alguém quando as coisas não dão certo. É da natureza humana. Mas também é da natureza humana não gostar de receber criticas. Ninguém gosta de levar a culpa por coisas além do seu controle. A situação fica ainda mais difícil quando a culpa e a murmuração vêm de pessoas por quem você se sacrificou. Moisés havia abandonado os palácios do Egito. Ele havia deixado uma vida de prazeres e conforto. Ele havia escolhido ficar ao lado do oprimido povo de Deus. Moisés os havia ajudado. Deus os havia ajudado. Mas agora eles não estavam sendo agradecidos. No momento em que as coisas se tornavam difíceis eles passavam a atacá-lo. Foi difícil para Moisés agüentar isto. Ele era um ser humano. Ele se cansava. Ele se decepcionava. Mas mesmo assim, por diversas vezes, Moisés conseguiu incentivar o povo a buscar uma solução em Deus. Ele era um bom pastor ali no deserto. Os filhos de Israel se voltavam contra ele por qualquer coisa. Mas Moisés estava sempre disposto a ajudá-los. Ele estava sempre apontando o caminho certo rumo à Terra Prometida. Ele estava sempre lembrando o povo da aliança que tinham com o Deus Eterno. Nós poderíamos perguntar, como Moisés conseguiu? Como ele conseguiu liderar pacientemente com aquele povo ingrato? Como ele conseguiu não se deixar abater pelas murmurações e críticas? Como ele permaneceu acima da mesquinhez do povo? Eu creio que o registro bíblico nos dá uma resposta surpreendente. A Bíblia fala de uma fonte que Moisés descobriu. Foi algo que lhe deu força. Foi algo que lhe deu firmeza, algo que lhe deu coragem e fé. E é algo que pode nos proporcionar a mesma coisa hoje. Um belo dia no deserto, Moisés começou a subir uma montanha rochosa. Enquanto subia ele percebeu que havia escurecido. Uma nuvem tinha encoberto o monte, espessa e escura como a fumaça de uma fornalha. Tudo parecia indicar que algo importante estava para acontecer. Trovões soavam e relâmpagos riscavam o céu. O monte tremia violentamente. Entretanto Moisés continuou subindo. Ele continuou subindo porque o Senhor do céu e da terra desceria naquele monte, a fim de encontrá-lo. Ele foi tateando pelos caminhos da encosta até conseguir chegar ao topo do monte. E lá, rodeado pelo fogo e pela fumaça, Moisés ouviu a voz de Deus. Ela soou mais clara que um trovão. Isto foi o que Deus disse: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim." (Êxodo 20:2 e 3). Este foi o primeiro dos Dez Mandamentos que Deus deu a Moisés. Deus escreveu esses mandamentos com seu próprio dedo em tábuas de pedra. Moisés levaria essas tábuas para os filhos de Israel. Elas se tornariam a espinha dorsal da eterna aliança de Deus com o Seu povo. Estes eram os preceitos morais essenciais sobre os quais seria construída a vida da nação. Infelizmente, os Hebreus com freqüência se esqueceram dessa aliança com Deus. Algumas vezes eles rejeitaram os Dez Mandamentos. Na verdade, eles construíram um bezerro de ouro e passaram a adora-lo, bem ali ao pé do Monte Sinai, quebrando o primeiro mandamento que diz "não terás outros deuses diante de mim." Quase ao mesmo tempo em que o mandamento foi dado, eles o quebraram. Mas Moisés não rejeitou a lei. Moisés não se esqueceu dela. Os Dez Mandamentos eram importantes para ele. A lei de Deus era altamente estimada por ele. Para os filhos de Israel, o Deus do céu parecia um tanto intimidador. Eles estremeceram ao pé do Monte Sinai, em meio ao fogo, fumaça e tremor de terra. Eles disseram a Moisés, "fale você conosco, e não o Senhor." Eles queriam manter Deus à distância. Eles olhavam para os Dez mandamentos como uma obrigação necessária. Mas Moisés tinha subido para se encontrar com Deus no monte. Êxodo, capítulo 33:11 nos diz o seguinte: "O Deus Eterno falava com Moisés face a face, como alguém que conversa com um amigo". (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). É claro que Moisés não podia olhar diretamente para a glória de Deus. Num dado momento, o Senhor colocou Moisés na fenda de uma rocha e passou por perto, para que ele pudesse ver de relance a sua Glória. Mas os dois conversaram longamente sobre assuntos importantes. Para Moisés, era como se ele estivesse conversando face a face com Deus. Para Moisés era como se ele estivesse conversando com um amigo. Este encontro de Moisés com Deus se refletiu em sua face. "Quando Moisés desceu do monte Sinai, o seu rosto estava brilhando, pois ele havia falado com Deus. Mas ele não sabia disso". (Êxodo 34:29) (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Quando Moisés desceu do Monte Sinai, ele não estava trazendo algo negativo, ele não estava trazendo apenas uma lista de exigências. Não. Ele estava trazendo uma revelação gloriosa! Ele havia se aproximado da sublimidade, do poder supremo e da majestade de Deus. Os Dez Mandamentos eram uma expressão do sublime caráter de Deus. Eles revelavam verdades eternas. Aqueles princípios eram mais importantes do que a própria vida. Amigo, eu creio que este era o segredo por trás da força de Moisés. Aqueles princípios davam a Moisés grandeza moral para se erguer acima da ingratidão do povo. Aqueles princípios o sustentavam, enquanto todos os demais murmuravam e lamentavam. Moisés encontrou algo em que se firmar, algo nobre, algo glorioso, algo seguro, algo firme, algo sólido. Ele encontrou princípios morais que vieram diretamente de Deus. Amigo, para permanecer firme, é preciso se firmar em algo. Isto é o que a vida de Moisés nos ensina. A qualidade de nossa vida é determinada pela forma como nos relacionamos com os princípios eternos. Se ficarmos oscilando entre um e outro impulso, se simplesmente reagirmos à nossas vontades momentâneas, então acabaremos presos a nossos desejos egoístas. Ficaremos aprisionados murmurando. Ficaremos vagando pelo deserto. A lei eterna de Deus nos dá algo a mais. Ela nos leva a um lugar maior. Ela nos mostra uma melhor maneira de viver. Os Dez Mandamentos são a maneira de Deus nos dizer, "você pode se firmar aqui." Você pode se firmar na honestidade e na verdade. "Não dirás falso testemunho". Você pode se firmar na fidelidade e na pureza. "Não adulterarás". Você pode se firmar na gratidão e no contentamento. "Não cobiçarás a casa do próximo". Os Dez Mandamentos constituem uma base sobre a qual podemos nos firmar. Eles nos apresentam uma meta a alcançar. Eles estabelecem um parâmetro para a nossa vida. Considere o quarto mandamento, por exemplo, "Guarde o Sábado, que é um dia santo. Não faça nenhum trabalho no sétimo dia". A maioria das pessoas hoje simplesmente ignora este mandamento - até mesmo a maioria dos cristãos. Mas pense um pouco. Não necessitamos deste dia de descanso espiritual mais do que nunca? Não necessitamos de uma pausa de qualidade em nossa agitada luta pela sobrevivência? O quarto mandamento nos chama de volta para o Sábado, nos chama de volta para algo que necessitamos. É isso o que a lei eterna de Deus pode fazer. Não é algo que muda conforme a maré. Não é alterada aqui e ali pela vontade das pessoas. Não. Ela é a imutável expressão do caráter de Deus. A Lei de Deus é uma base segura sobre a qual podemos nos firmar. Esta é a razão pela qual a lei é celebrada com tanto entusiasmo na Bíblia. Atente para o seguinte salmo de Davi: "A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos." (Salmo 19:7 e 8). Os autores da Bíblia dizem a uma só voz: a lei é algo bom e nobre. A lei de Deus é perfeita e segura, mesmo quando meus impulsos me puxam na direção oposta. A lei de Deus é reta e pura, mesmo quando não sinto vontade de obedece-la. E Moisés iniciou essa maravilhosa tradição. Ele foi o primeiro a defender a imutável lei de Deus. Ele foi o primeiro a reconhecer a preciosidade destes princípios divinos. Ele foi o primeiro a segurar aquelas tábuas de pedra nas mãos. E o resultado pôde ser visto! Seu rosto brilhou no meio do deserto. Seu rosto brilhou em meio a uma multidão volúvel. Moisés se manteve firme, porque ele se firmou em algo eterno. Moisés manteve-se firme quando se sentiu sufocado por suas responsabilidades como juiz. Houve época em que ele passava o dia todo resolvendo discórdias entre o povo. Seu sogro Jetro viu o que estava acontecendo e deu a Moisés um conselho. Ele disse o seguinte: "você precisa delegar. Você precisa escolher homens capazes que possam atuar como juízes sob a sua direção" (Veja Êxodo 18). Bom, Moisés não se sentiu ameaçado com isso. Ele não ficou apegado ao poder. Ele humildemente ouviu ao seu sogro pois percebeu que era uma boa idéia. Moisés se manteve firme quando seu braço direito, Arão, passou a invejá-lo. Sua irmã Miriã, encorajou a Arão em sua ambição. Eles começaram uma campanha de auto-promoção. Eles começaram a dizer: será que o Senhor falou somente por Moisés? Não falou o Senhor por nós também? (Números 12:2). Bom, um dia, a pele de Miriã ficou leprosa. E de repente, a ambição dela e de seu irmão foi consumida pelo medo. Eles perceberam que haviam sido muito tolos e cegos. Como Moisés reagiu? Será que Moisés disse que eles ganharam exatamente o que mereciam? Não, ao invés disso "Moisés clamou ao Senhor, dizendo: Ó Deus, rogo-te que a cures" (Números 12:13). Moisés não se deixava dominar por sentimentos de inveja ou ambição. Ele estava acima disso. Ele tinha algo em que se firmar. Algumas vezes, o Senhor ameaçou vir e castigar aquele povo que reclamava e murmurava no deserto. Algumas vezes ele testou Moisés prometendo fazer dele uma nova e melhor nação. Mas Moisés sempre intercedeu com Deus em favor do povo. Durante uma crise, ele orou durante quarenta dias e quarenta noites por eles! Sua voz podia ser ouvida clamando nas areias do deserto: "Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui" (Números 14:19). Moisés foi grande. Ele se firmou em princípios. Ele se manteve acima da vingança, acima da mediocridade, acima de interesses pessoais. Até hoje Moisés é admirado. Sua vida é um exemplo para nós. Sua vida demonstra que vale a pena seguir os princípios de Deus. Jesus Cristo, certa vez, resumiu a lei da seguinte forma: "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente." Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: "Ame os outros como você ama a você mesmo" (Mateus 22:37-39 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Ame a Deus. Ame o próximo. Esta é a essência da eterna lei de Deus. Esta é a base segura em que podemos nos firmar hoje. Foi isso que Moisés descobriu quando subiu ao topo do Monte Sinai. Esta foi a mensagem ouvida em meio aos trovões, relâmpagos, fumaça e fogo. Você já descobriu que a Lei de Deus é uma base segura sobre a qual se firmar? Você consegue permanecer acima da pressão da multidão? Você consegue viver acima das pressões de seus próprios impulsos? Nós necessitamos da lei de Deus, os princípios de Deus, como o fundamento da nossa vida moral. Nós necessitamos de algo firme sobre o qual nos firmarmos. Que tal neste momento se firmar sobre o seguinte: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como ao si mesmo? Vivemos hoje numa sociedade, numa época de relativismo moral. Uma época em que as pessoas dizem, "eu posso avaliar a minha vida pelos padrões da minha própria mente." Mas isto nos deixa como folhas nos ventos de outono, como blocos de madeira lançados num mar de incerteza. Deus promete escrever a sua Lei no coração de todos aqueles que colocam a sua fé em Seu filho, Jesus, e em Seu sacrifício por nossos pecados. Deus promete nos capacitar a permanecermos firmes, ao nos colocarmos ao lado de Jesus. Então, eu lhe convido neste momento a responder ao convite de Deus. Eu lhe convido a assumir o compromisso de seguir o que é bom e correto, o que é puro e verdadeiro. Moisés firmou-se corajosamente sobre os princípios de Deus no deserto. Vamos nos unir a ele. Vamos subir a montanha. Vamos nos submeter à Palavra do Deus Todo Poderoso.

 

EU TE SEGUIREI, JESUS Letra e Música: Williams Costa Jr. Eu Te seguirei, Jesus. Eu Te seguirei, Senhor. Mesmo que eu enfrente sofrimento, eu Te seguirei, Jesus. Tu mudaste toda a minha vida, fui gerada em novo nascimento. Onde posso ir, se não for contigo?! Tu és meu Senhor e Rei. Eu Te seguirei, Jesus. Eu Te seguirei, Senhor. Mesmo que eu enfrente sofrimento, eu Te seguirei, Jesus. Tudo que não quero isso faço. Não existe bem nenhum em mim. Como conseguir ser vitoriosa? Só por Teu poder, meu Deus. Eu Te seguirei, Jesus. Eu Te seguirei, Senhor. Mesmo que eu enfrente sofrimento, eu Te seguirei, Jesus. Gravado por Sonete no EELP nº 0194 do Ministério Está Escrito

 

ORAÇÃO: Querido Pai, precisamos dos Teus princípios em nossa vida. Sozinhos nós acabamos falhando. Sozinhos acabamos sendo egoístas. Mas agora queremos nos firmar em Ti. Agora queremos nos firmar na Tua Palavra. E fazemos isso depositando a nossa confiança em Jesus Cristo como o nosso Senhor e Salvador. Queremos nos firmar nEle. Queremos que a Tua lei seja escrita em nosso coração. Queremos crescer em Tua graça e verdade. Obrigado por nos capacitares a obedecer a Tua Lei de Amor. Em nome de Jesus, amém

 


 


 

59

UM CANTOR NA ESCURIDÃO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Ele foi espancado violentamente por ter levado as boas novas do evangelho a um povo extremamente apegado a ídolos. Ele foi arrastado para fora da cidade e considerado morto. Mas ninguém contava com a força existente na mensagem que ele levava. Ninguém imaginava que, depois de tudo que havia acontecido, ele voltaria, e continuaria corajosamente em sua missão. O navio havia enfrentado uma forte tempestade no Mar Adriático por 14 dias. A tormenta não dava sinais de ir embora. As duzentas e setenta e seis pessoas a bordo não viam o sol e as estrelas há mais de uma semana. Cercadas por um mar violento e um chuvoso céu escuro elas haviam perdido totalmente a noção de tempo e espaço. Até os experientes marinheiros haviam perdido a esperança de sobreviverem. Eles haviam feito o que podia ser feito - reforçaram a viga mestre com cabos, lançaram fora o carregamento para aliviar o navio. Mas a embarcação estava afundando mesmo assim. Enquanto as agitadas ondas sacudiam o navio, todos se agarravam às cordas e anteparos, tomados de medo e desespero. Os passageiros não comiam há dias. Mas um homem naquele navio não tinha sido vencido pelo medo. Um homem permanecia calmo apesar da tormenta. Ele era um prisioneiro que estava a bordo, acorrentado, a caminho do seu julgamento em Roma. Mas ele se colocou em pé no meio daqueles passageiros desesperados e declarou: "Eu vos rogo que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segurança; pois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo." (Atos 27:34). Esta foi uma declaração e tanto para se fazer no convés de um navio que estava afundando no meio de uma tempestade. Mas quem disse isso não era de um homem qualquer. Ele pegou um pão e, erguendo-o em direção ao céu, deu graças a Deus por aquele alimento. Então ele, partiu o pão e começou a comer, seguro do que estava fazendo. Os outros passageiros, ao verem aquilo, começaram a se animar. Aos poucos, eles perceberam que precisavam comer e também se alimentaram. Depois disso, o navio encalhou e acabou se partindo por causa das ondas. Mas todas as pessoas conseguiram chegar até a praia nos destroços do navio. Nem uma pessoa perdeu a vida. Quem era esse prisioneiro cuja calma na tempestade ajudou a todos a chegarem em segurança? Ele era um missionário aprisionado por proclamar o evangelho de Jesus Cristo. Ele era o Apóstolo Paulo, ocupado em virar o mundo de cabeça para baixo. Você já deve ter ouvido falar de Paulo como o perseguidor que se transformou no grande defensor da fé. Já deve ter ouvido falar de Paulo como o grande teólogo. Já deve ter ouvido falar de Paulo como o grande missionário da igreja. Mas neste capítulo, eu quero que você conheça Paulo, o corajoso. Eu digo "corajoso" no real sentido da palavra. Ele era um homem muito corajoso. Ele foi um dos homens mais resistentes e perseverantes que já existiram. Paulo era valente. Deixe-me contar outro exemplo impressionante. Durante uma de suas viagens missionárias, este apóstolo visitou uma cidade chamada Listra. Enquanto estava lá falando da sua fé em Jesus Cristo, ele curou um aleijado. Os cidadãos de Listra ficaram entusiasmados. Eles começaram a gritar, "os deuses desceram até nós!" (Atos 14:11). A multidão fez um verdadeiro alvoroço. Havia um enorme templo a Zeus naquela cidade e o sacerdote de lá decidiu oferecer o sacrifício de um touro a Paulo. Paulo e seu amigo, Barnabé, correram até a multidão e pediram que parassem. "Somos homens iguais a vocês," eles disseram. "E viemos aqui para ajudá-los a se voltarem desses ídolos vãos para o Deus Vivo que fez o céu e a terra." Com alguma dificuldade, Paulo conseguiu evitar que o povo de Listra viesse a adorá-los. Mas, pouco tempo depois, Paulo enfrentou um grande problema. Alguns Judeus de Antioquia que odiavam o apóstolo entraram em cena. Eles instigaram a multidão contra ele. O povo de Listra acabou produzindo um alvoroço novamente. Desta vez acusando a Paulo de ser um inimigo dos seus deuses! Gritos viraram empurrões. Empurrões viraram pancadas. E finalmente, a multidão começou a apedrejar o apóstolo Paulo até ele cair inconsciente. Ele recebeu tantas pedradas que foi dado como morto. Então a multidão o arrastou para fora da cidade. Depois que todos se foram, os fiéis amigos de Paulo reuniram-se em volta do seu corpo, com lágrimas nos olhos. Mas para surpresa deles, ele se mexeu e sacudiu a cabeça. Depois, Paulo ficou de pé e voltou novamente para Listra. No dia seguinte, ele partiu para mais uma viagem missionária - para Derbe, uma cidade a 100 Km de distância. Nada era capaz de abater este homem. Nada era capaz desviar este homem do seu caminho. Ele sofreu um naufrágio; foi apedrejado; foi açoitado com varas; vivia tendo que fugir para não morrer. Mas ele prosseguia em sua missão. Agora eu gostaria que você pensasse nesta importante pergunta - por que? Por que Paulo era tão valente? Qual era o segredo por trás da sua coragem? Este conhecimento seria muito útil para nós. Poderíamos utilizar semelhante coragem nas tempestades da vida. Não seria ótimo conseguirmos nos recompor, como ele fazia, ao nos sentirmos derrotados e abatidos? Qual era o segredo de Paulo? Olhemos para alguns indícios. O primeiro surge de algo que Paulo escreveu no final de sua vida. Ele estava olhando para traz, recordando a sua fé. E o que ele disse serve como um importante indício sobre o que o fazia ser assim. Está em sua última carta, segunda Timóteo. "Quanto a mim estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda." (2 Timóteo 4:6-8). Paulo combateu o bom combate, o bom combate da fé, como ele mesmo descreveu. E no que ele pensou enquanto refletia sobre sua jornada de vida? Ele pensou no que estava guardado para ele, guardado no céu. Ele pensou na coroa da justiça. Ele pensou na recompensa que será dada a todos os que amam a vinda de Cristo. O que fica claro em todos os relatos de Paulo é o seguinte: ele foi um bom soldado da fé porque manteve seus olhos fixos no prêmio futuro; ele sabia para onde estava indo; ele tinha uma direção na vida; ele sabia o que lhe aguardava além desta vida. E por que ele tinha tanta segurança? Por que ele via de forma tão clara esse prêmio após a morte? Por causa de um fato importantíssimo: a ressurreição de Jesus Cristo. Esse fato resplandece em todas as cartas de Paulo. Veja o que ele escreveu aos cristãos de Roma: "Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele." (Romanos 6:8-9). A ressurreição era sempre o ponto central nas pregações de Paulo por todo o mundo Mediterrâneo. Ele próprio tinha visto o Cristo ressurreto um dia na estrada para Damasco. Aquela revelação o fez deixar de ser um fanático religioso, um perseguidor. Agora ele não podia parar de falar sobre a graça, o amor, a alegria e a paz que fluem daquele Cristo Vivo. O apóstolo Paulo cria que a ressurreição de Cristo havia mudado a história, havia mudado tudo. O primeiro registro de uma pregação de Paulo está em Atos, capítulo 13. Ele chegou em Antioquia e decidiu falar na sinagoga dali. Paulo relembrou a história de Israel, mostrando como ela havia alcançado seu clímax com a vida de Cristo. E depois, o Apóstolo fez a seguinte declaração: "Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção." (Atos 13:32-34). Paulo era fortalecido por este fato: Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos. Nós o vemos proclamando a mesma verdade na cidade de Tessalônica. Atos 17 nos diz que ele passou algum tempo em Tessalônica: "expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu voz anuncio." (Atos 17:3). Posteriormente, Paulo foi pregar aos filósofos de Atenas. Ele falou sobre o Criador em Quem nós existimos. E depois, ele falou a estes céticos pagãos acerca do Juízo porvir. Suas palavras foram: "Pois Ele [Deus]... vai julgar o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu prova disso a todos quando ressuscitou esse homem". (Atos 17:31). Quando ele foi trazido perante Fariseus e Saduceus para responder a acusações, Paulo declarou que ele estava sendo julgado porque ele cria "que os mortos vão ressuscitar" (Atos 23:6). Quando trazido perante o rei Agripa, ele testificou acerca do Cristo que estava destinado a sofrer e a se tornar o primeiro a ressuscitar dentre os mortos. (Atos 26:23). Você vê, a vida de Paulo mudou drasticamente quando ele conheceu o Cristo vivo, quando ele se convenceu da realidade da ressurreição. E não foi uma simples questão de troca de religião, passando de um lado para outro. Saulo, o fanático fariseu, não apenas tornou-se Paulo, o fanático cristão. Não! Paulo vivenciou uma profunda transformação. O Cristo vivo passou a habitar nele. E ele podia dizer, "para mim, o viver é Cristo." (Filipenses 1:21). Saulo, o orgulhoso intelectual, acostumado a uma vida de privilégios, tornou-se Paulo, o servo, que enfrentou constantes privações em nome do povo que ele amava. Paulo viu algo que mudou radicalmente a sua perspectiva. Os carrascos foram implacáveis com Cristo. Eles foram implacáveis na cruz. Eles tentaram degradá-lo e desumanizá-lo. Mas o humilde servo Jesus provou ser mais forte do que todos os seus inimigos. Ele venceu a própria morte. E isto significa que o reino de Cristo é um reino que durará para sempre. A mensagem de Cristo irá prevalecer sobre todo domínio, autoridade e poder. Paulo viu que a graça de Jesus Cristo irá triunfar no final. O amor sacrificial de Jesus Cristo irá triunfar no final. A misericórdia e a paciência de Jesus Cristo irão triunfar no final. Estas são as coisas que durarão para sempre. E assim, Paulo foi tocado pela graça, pelo amor sacrificial, pela misericórdia infinita de Deus. Foi isto que lhe deu perseverança; foi isso que lhe deu resistência. Foi isso que o tornou tão valente em circunstâncias tão difíceis. Sabe, os gregos que ouviram a Paulo em Atenas tinham uma filosofia alternativa. Uma filosofia alternativa sobre o que triunfaria no final. Basicamente, eles colocavam a sua esperança na alma humana, a alma humana imortal, assim chamada. Esta era a idéia deles. Uma idéia que, aos poucos, penetrou no pensamento cristão. Mas que veio de Platão, dos gregos. Para eles o mundo físico estava sujeito ao declínio mas a alma vivia para sempre. E eles buscavam desenvolver uma alma capaz de sobrepor aos altos e baixos da vida, uma alma capaz de ficar tranqüila diante das adversidades, uma alma capaz de resistir à privações sem desanimar. Os filósofos estóicos, em particular, enfatizavam isso. Mas Paulo tinha uma perspectiva muito diferente, uma fonte de energia muito diferente. Ele não buscava dentro de si mesmo algum elo com a imortalidade, através de uma alma imortal. Ele se voltava para fora, para um fato de muita, de extrema importância: a realidade da ressurreição de Jesus. Esse Jesus foi um homem que venceu a morte, ponto. Ele foi um homem que se ergueu acima de todo principado, toda potestade das trevas. Paulo sentiu vontade de ser plenamente fiel a este Deus. Ouça seu alegre testemunho em uma carta aos Filipenses. Paulo está falando sobre sua antiga vida privilegiada como um fariseu de fariseus e então ele escreveu: "considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo". (Filipenses 3:8) Paulo, de fato, perdeu sua posição na alta sociedade. Ele foi desprezado. Ele se tornou um fugitivo, perseguido por fanáticos judeus. Mas ele considerou todos os seus antigos privilégios e honras como lixo comparado à sublimidade de conhecer a Cristo como Senhor, de experimentar a amizade deste homem, de conhecer, como ele diz alguns versos depois, "o poder de sua ressurreição." (verso 10). A ressurreição de Jesus foi o evento máximo na vida de Paulo. Foi um impacto na história. Foi um impacto para Paulo, pessoalmente. Representou o poder vivificante de Deus. Representou o Deus capaz de intervir na noite mais escura e torná-la uma nova manhã, o Deus capaz de transformar a maior tragédia, a morte na cruz, na mais gloriosa redenção. Paulo era um ardente defensor do Cristo ressurreto. E as privações não significavam grande coisa para um homem que já havia perdido tudo. As privações não eram grande coisa para um homem cuja esperança estava em Alguém fora das confusões deste mundo. Amigo, muita gente acredita que, para se tornar valente é preciso se tornar duro, é preciso ter um coração de pedra. Mas Paulo ensina que você se torna valente quando se torna manso por dentro. Você adquire resistência e perseverança ao responder ao convite do gracioso Cristo ressurreto. Paulo prova para nós hoje que este é o tipo de valentia que vale a pena ter. Este é o tipo de força espiritual interior que vale a pena conquistar. Paulo provou isso várias vezes. Ele provou isto em uma noite escura na cidade de Filipos. Paulo e seu companheiro, Silas, foram lançados num calabouço frio e úmido. Seus pés foram presos a troncos. Suas costas estavam em carne viva por causa dos açoites. Os juizes locais os açoitaram com varas porque alguns adivinhadores da cidade se ofenderam com a mensagem deles. A hora? Era meia-noite. O único som eram os gritos angustiados dos prisioneiros ecoando nas paredes de pedra. Então, um outro som começou a sair daquela prisão. Era o som de Paulo e Silas orando ao seu Deus. Era o som de Paulo e Silas cantando louvores ao Deus ressuscitado, ao Deus Vivo. Era o som de dois homens que acreditavam que Deus podia penetrar nos lugares mais escuros. Era um som de júbilo que calou todos os outros sons naquele calabouço. Todos os outros prisioneiros pararam de murmurar e ouviram atentamente aqueles belos cânticos. Por que Paulo e Silas foram tão valentes naquele lugar terrível? Por que eles agüentaram firme? Porque não queriam que ninguém visse o sofrimento deles? Porque eles estavam furiosos com seus perseguidores? Não. Paulo e Silas foram muito valentes porque se tornaram muito mansos. Eles estavam respondendo ao Deus que os amava ternamente. Eles estavam cantando ao Senhor que havia sido bondoso para com eles. Eles estavam erguendo louvores ao Deus que tinha a vida eterna em Suas mãos. Nós ficamos valentes quando nos tornamos mansos, quando permitimos que nosso coração se torne maleável, quando permitimos Jesus entrar, preencher e modelar o nosso coração. Paulo foi um dos seres humanos mais valentes que já existiu neste planeta. Ele foi valente no meio de uma tempestade no mar. Ele foi valente quando açoitado. Ele foi valente quando apedrejado. Ele foi valente quando quase dilacerado por uma multidão. Por que? Porque a devoção ao Cristo vivo preenchia seu coração. Porque uma enorme segurança abrandou seu coração. Porque uma grande esperança aqueceu seu coração. Esta foi a razão de Paulo ter sido tão corajoso nas piores circunstâncias. Seu exemplo é relevante para nós ainda hoje. Seu testemunho nos aponta para um lugar melhor. Sua vida nos convida a estarmos firmados em Cristo. Você está firme nas mãos do Cristo vivo hoje? Você está seguro de que o reino dEle durará para sempre? Você tem a coragem que somente é possível a um coração manso? Eu lhe convido, agora mesmo, a vir até este Senhor ressurreto e prostrar-se aos Seus pés, assim como Paulo fez. Deixe ali o orgulho. Deixe ali o medo. Deposite tudo aos pés de Jesus. Deixe ali a sua culpa também, e você também poderá experimentar o poder da ressurreição de Cristo.

 

ESCOLHI LOUVAR O TEU NOME Letra e Música: Jader Santos Pai, a Ti o meu viver entrego Sinceramente eu te peço: Vem ser comigo, meu Senhor Tentei ser forte mas eu já falhei. Mil vezes já me perguntei: Por quê? Se tudo é tão frio, se o sol já fugiu E eu nem consigo mais cantar Vem, acalma o meu coração. CORO Eu hoje escolhi louvar Teu nome Pois eu sei o Deus que Tu és. Ainda está escuro, mas eu sigo pela fé. Eu hoje escolhi louvar Teu nome, Porque esse é Teu querer O Teu amor é vida, dessa vida eu quero ter. Pai, o medo, às vezes, é cortante Vem visitar-me a todo instante Vem juntos a ti eu quero estar Meu Pai, talvez não saiba não saiba nem pedir Mas vem com Teu amor ouvir o meu clamor. Se tudo é tão frio, se o sol já fugiu E eu nem, consigo mais cantar Vem, acalma o meu coração. Gravado por Fernando Iglesias, Interpretado por Ronaldo Fagundes.

 

ORAÇÃO: Querido Pai, precisamos da Ti. Tentamos dirigir a nossa vida sozinhos, mas não deu certo. Tentamos suportar as adversidades e pressões sozinhos, mas não conseguimos. Agora, entregamos a nossa vida ao Cristo Vivo. Queremos nos dedicar a Ele. Queremos ser fortalecidos pelo poder dEle. Por favor receba-nos. Em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador. Amém

 

 

 

 


 


 

60

O MAIS IMPORTANTE ACONTECIMENTO

DA HISTÓRIA

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Foi a ação mais corajosa de toda a história. Ele passou pelo pior que um ser humano poderia passar, e mesmo assim permaneceu firme, centrado, seguro de Sua missão. Mas, será que entendemos exatamente o que Jesus estava defendendo quando foi erguido naquela cruz sobre um monte chamado Gólgota? A morte de Jesus Cristo nas mãos dos Romanos, no ano 31 da nossa era, foi um evento que repercutiu ao longo da história. Provocou um forte impacto nas pessoas, desde aquela época até os dias de hoje. E quando pensamos na cruz, certas imagens vêm à mente. Nós pensamos no "Servo Sofredor". Esta é uma imagem apresentada pelo profeta Isaías. Ele descreve um homem desprezado e rejeitado por todos, um homem de dores, um homem oprimido e humilhado. (Isaías 53:3,7). Esta profecia messiânica mostra que Cristo seria um Servo Sofredor. Aquele que "derramou a sua alma na morte; e... foi contado com os transgressores." (Isaías 53:12). E então temos a imagem de Cristo como o perfeito Cordeiro de Deus, o manso Cordeiro que foi levado para ser sacrificado. Todos os sacrifícios de cordeiros sem defeito do Velho Testamento oferecidos no altar apontavam para a morte de Cristo na cruz. Isaías acrescenta algo a este quadro. O profeta escreve que, embora Ele tenha sido maltratado e torturado, "Ele... não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca." (Isaías 53:7). Este é o exemplo máximo de "dar a outra face", de não pagar o mal com o mal. Jesus na cruz é um exemplo impressionante de um homem justo que absorve toda a crueldade humana, sem revidar, sem condenar. Jesus transmitiu amor até o Seu último suspiro de vida. Este é um quadro poderoso. Mas eu creio que é importante entender que isto é apenas parte do quadro. Não é a idéia completa. A cruz nos ensina muito mais do que vemos a princípio. Jesus Cristo não foi apenas uma vítima no Calvário. Ele não foi apenas alguém digno de pena. Ele não apenas resistiu. Jesus Cristo não foi apenas um personagem passivo no drama da cruz. Existe um outro lado do drama e neste capítulo eu gostaria de repartir com você um outro modo de olhar para a cruz. No quadro pintado pelos evangelhos, Jesus é o principal personagem do Calvário. Jesus é, na verdade, o diretor da cena. Ele pode parecer passivo como um cordeiro. Mas por trás do servo Sofredor, existe um homem de ação, um homem muito corajoso, um homem passando uma mensagem. Pense um pouco sobre Jesus, com este outro quadro em mente. Comece com a noite em que Jesus foi preso no Jardim de Getsêmani. Estamos acostumados a ver Jesus como alguém que foi passivamente levado para ser julgado perante as autoridades, alguém que ficou calado perante os seus acusadores. Agora contemple esta cena pelo ponto de vista de João. No evangelho de João, vemos Jesus caminhando corajosamente quando a escolta chega para prendê-lo. Ele pergunta, "Quem vocês buscam?" Eles dizem, "Jesus, o Nazareno." Observe a resposta de Jesus: "- Já afirmei que sou eu. Se é a mim que vocês procuram, então deixem que estes outros vão embora!" (João 18:8 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Jesus age rápido para proteger os discípulos que estavam com Ele. Na verdade, Ele disse, "Eu estou aqui; não estou me escondendo. Vocês estão me procurando? Então liberem esses homens." Depois, quando Pedro, num impulso, puxou a espada para enfrentar a multidão, Jesus disse a ele para guardar a arma. Ele diz o seguinte ao Seu discípulo: "Você não sabe que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora mesmo doze exércitos de anjos?" (Mateus 26:53 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Jesus deixa claro que ele estava se submetendo à prisão não porque não tivesse outra escolha, não porque fosse fraco, não porque fosse uma vítima. Ele tinha um exército de anjos a sua disposição. Ele poderia facilmente vencer a multidão no Getsêmani. A seguir, Jesus se volta para os que pretendiam prendê-lo e perguntou: "- Vocês vêm com espadas e porretes para me prender como se eu fosse um bandido? Eu estava todos os dias ensinando no pátio do Templo, e vocês não me prenderam. Mas tudo isso está acontecendo para se cumprir o que os profetas escreveram nas Escrituras Sagradas" (Mateus 26:55-56 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Aqui, Jesus desmascara Seus inimigos. Eles vieram de noite com espadas e porretes. Eles não quiseram prendê-Lo no templo à luz do dia, sob os olhares do povo. O que eles fizeram, tiveram que fazer às escuras. Mas Jesus deixou-se prender, porque fazia parte do plano, fazia parte do plano de salvação de Deus profetizado nas Escrituras. E Jesus, o principal protagonista, cumpriria a sua parte naquele plano. Poucas horas depois, Jesus é levado perante o sumo sacerdote e interrogado sobre seus ensinamentos e sobre as atividades de Seus discípulos. Em sua resposta, Jesus demonstra não ter ficado intimidado por aquele homem poderoso. "- Eu sempre falei a todos publicamente. Ensinava nas sinagogas e no pátio do Templo, onde o povo se reúne, e nunca disse nada em segredo". (João 18:20 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje) O cordeiro de Deus fala com coragem. Ele fala com propriedade. Jesus, compara Sua franqueza com o sigilo da operação. Foi um julgamento ilegal, ocorrido no meio da noite, com testemunhas preparadas às pressas. Jesus expõe os motivos daquele oficial judeu que só queria encontrar um meio de condená-Lo e entregá-Lo aos romanos. Ele diz ao Seu interrogador, "Você já sabe tudo sobre meus ensinamentos; tenho pregado nas sinagogas onde o povo sempre se reúne." Nesta cena não se ouve o lamento de uma vítima. Ouvimos a resposta corajosa de um Homem que sabe exatamente o que está fazendo, um Homem que sabe exatamente para onde aquele drama está se dirigindo. Um pouco depois, encontramos Jesus diante do governador romano, Pilatos. Este é outro poderoso oficial que assume que Jesus sucumbirá diante da pressão. Pilatos fica curioso a respeito deste suposto transgressor e lhe faz inúmeras perguntas. Jesus não responde. Indignado, Pilatos diz, "Você não sabe que tenho autoridade para lhe soltar e autoridade para lhe crucificar?" (João 19:10). Observe o que Jesus responde. "- O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior." (João 19:11 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Jesus não "caiu nas garras" de ninguém. Ele poderia escapar se quisesse. Mas ele decidiu cumprir o seu papel no drama divino até o final. E as pessoas que pareciam ter todo o poder, as pessoas que pareciam estar no controle, foram, na verdade, instrumentos involuntários nas mãos de Deus. Jesus sofreu abusos nas mãos dos soldados romanos, nas mãos dos Seus executores. Seus inimigos cercaram a cruz, zombaram Dele, acharam que finalmente o tinham vencido. Mas, em suas últimas palavras, Jesus revela que eles estavam completamente enganados. Jesus estava cumprindo o plano divino nos mínimos detalhes. Cada personagem, cada acessório, cada cena naquele drama havia sido precisamente predito. Tudo serviu para engrandecer o plano da salvação. E então, em seu último suspiro, Jesus anuncia em grande voz, "Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito." (João 19:30). Está consumado. Está completo. Eu cumpri o meu objetivo. Ninguém tirou a vida de Jesus Cristo. Ele "entregou" o espírito. Ele escolheu entregar a sua vida no Calvário. Este é o outro lado da cruz. Esta é o outro quadro mostrado pelos evangelhos. Jesus entregou a sua vida. De modo algum ele foi uma vítima; de forma alguma ele foi alguém passivo. Ele escolheu enfrentar o Calvário. Ele conduziu a ação. Ele suportou a cruz com um propósito. Ele usou a cruz para alcançar nosso coração. Ele usou a cruz para revelar o seu amor por nós. Mas isto levanta uma importante questão. Se Jesus escolheu proclamar uma mensagem através da cruz, se ele estava querendo transmitir uma mensagem na cruz, que mensagem ele estava comunicando? Qual a verdadeira mensagem da cruz? Bom, algumas respostas surgem naturalmente. As pessoas familiarizadas com o evangelho geralmente têm uma resposta pronta, uma resposta que eles consideram correta. Para estas pessoas Jesus morreu pela verdade. Foi isso que Jesus fez lá na cruz? Ele estava defendendo a verdade? Bom, parece plausível. Mas, existe um grande problema. A verdade não foi bem sucedida no Calvário. De fato, a verdade foi totalmente pisoteada. Pense bem. Que vozes prevaleceram na crucifixão? Quem falou mais? Foram aqueles líderes religiosos ciumentos que ficaram zombando do condenado. Eles não pararam de escarnecer. Eles cercaram a cruz, e disseram: "Se você é o Filho de Deus, desça da cruz" (Mateus 27:40). Ora, Jesus não desceu da cruz. Ele parecia incapaz de salvar a Si mesmo. Havia pessoas no local que poderiam testificar da verdade. Elas tinham sido testemunhas oculares. Elas poderiam ter dito que Jesus havia curado leprosos, devolvido a vista a cegos e ressuscitado mortos. Elas poderiam dizer à multidão que seu Mestre havia previsto aquela crucifixão. Mas os discípulos permaneceram calados. Eles ficaram à distância, à margem dos acontecimentos. Tudo que eles puderam ver naquele momento foi a tragédia, o triunfo dos inimigos de Cristo. Não vemos a verdade triunfando gloriosamente no Calvário. Levando em conta apenas o que estava acontecendo naquele local, se Jesus estava defendendo a verdade, Ele praticamente não conseguiu ser ouvido. Ao redor da cruz o que prevaleceu foi o som do escárnio e do desprezo. Bom, consideremos outra possibilidade. Que outra causa as pessoas costumam defender? Que tal a justiça? Será que Jesus na cruz estava defendendo a justiça? Será que este foi o seu objetivo? Parece razoável. Mas de novo, se olharmos apenas para o que estava acontecendo ao redor da cruz, caímos num grande problema. Se no Calvário a verdade foi pisoteada, a justiça então foi completamente enterrada. O dia em que Jesus foi pregado numa cruz foi um dia de terrível injustiça. O julgamento pelo qual Jesus passou foi tremendamente injusto. A fraqueza de Pilatos diante da pressão do sumo sacerdote e de seus aliados foi uma grande injustiça. A multidão gritando, "crucifica-o, crucifica-o!" e suas vozes terem prevalecido - aquilo foi uma terrível injustiça. Jesus foi torturado sem nenhuma razão lógica. Cristo foi tratado com desprezo sem nenhuma razão lógica. Ali estava um homem que todos os dias da Sua vida havia repartido amor e graça aos que o cercavam. Ele era o mais puro, verdadeiro, e perfeito homem que já existiu. Mas Ele foi tratado como um criminoso qualquer. Ele foi submetido à agonia da cruz. É difícil pensar em algo mais injusto, algo mais desonesto. Se Jesus estava defendendo a justiça no Calvário, poderíamos achar que Ele fracassou. A justiça, aparentemente, não prevaleceu ali. Da hora em que Cristo foi preso até a hora em que Ele foi retirado fraturado e morto da cruz a justiça permaneceu cega. A verdade é algo que as pessoas costumam defender. A justiça é algo que as pessoas costumam defender. Mas esses ideais não explicam por que Jesus enfrentou o Calvário. Certamente existem outros meios da verdade ser revelada. Certamente existem outros meios da justiça ser estabelecida. Então qual foi o objetivo de Jesus afinal? Lembre-se, Ele não foi uma vítima. Ele não foi um participante passivo. Jesus foi o principal protagonista de todo aquele drama. Ele estava passando uma mensagem. Ele enfrentou a cruz com um claro objetivo em mente. A resposta, meu amigo, é algo inacreditável. A resposta nos mostra porque a cruz de Cristo foi o acontecimento mais importante de toda a história. A resposta nos enche de admiração. Jesus assumiu a posição mais corajosa de toda a história pela seguinte razão, e somente por esta razão. Jesus veio salvar os mentirosos. Jesus veio salvar os ladrões. Jesus veio salvar os assassinos. Jesus feio salvar os fofoqueiros e adúlteros. Jesus veio salvar os indiferentes, veio salvar os insensíveis. Jesus veio salvar os controladores e manipuladores. Em outras palavras, Jesus veio salvar os pecadores. Este é o fato mais incrível da história humana. Jesus não suportou o escárnio, a tortura, a dor e a morte por pessoas dignas. Ele suportou tudo isso por pessoas falhas e egoístas. Ele enfrentou o Calvário pelas pessoas mais desprezíveis. O apóstolo Paulo destaca este fato em sua carta aos Romanos: "Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:6-8). Esta foi a razão de Jesus ter enfrentado o Calvário. Esta foi a razão da sua morte na cruz. Jesus aceitou morrer por nós, quando ainda éramos pecadores, quando ainda estávamos distantes. Por que Jesus permaneceu calado diante dos Seus acusadores em Seu julgamento? Por que Ele teve tão pouco a dizer em defesa própria? Porque ele estava agindo para defender a você e a mim. Nós não temos como apresentar defesa. Não temos nada a dizer. Nós somos culpados. Nós estamos condenados diante das justas exigências do supremo tribunal de Deus e das leis de Deus. Cristo não ficou calado por Si mesmo. Cristo ficou calado por você e por mim. Por que Jesus tropeçou pelas ruas de Jerusalém, carregando aquela pesada cruz? Por que ele se esforçou para carregá-la, mesmo com as costas em carne viva por causa das chicotadas dos romanos? Porque Ele estava carregando a cruz por você e por mim. Ele estava carregando o nosso fardo. Ele estava carregando a nossa sentença de morte. Ele tinha que se manter firme. Ele tinha que continuar andando. Ele tinha que caminhar até o Calvário, porque Ele estava carregando a nossa culpa em Seus ombros. Ele estava carregando as nossas falhas e imperfeições. Porque Jesus permitiu que os soldados pregassem as suas mãos e pés nas vigas de madeira? Porque Jesus permaneceu naquela cruz, naquele instrumento de injustiça, quando ele poderia simplesmente ter se livrado dela? Porque Ele permaneceu calado quando homens cruéis zombaram da verdade? Ele fez isso porque ele veio assumir corajosamente o nosso lugar. Ele tinha que permanecer ali até encontrar a morte. Ele tinha que absorver o horror do inferno ali. Ele tinha que experimentar o que significa a separação eterna de Deus. Ele tinha que permanecer ali crucificado entre o céu e a terra para que nós pudéssemos ser reconciliados com Deus. Ele tinha que enfrentar a cruz como um malfeitor a fim que nos trazer de volta para perto do Pai. Ele tinha que permanecer ali como o desprezado e rejeitado a fim de que nós pudéssemos ser bem recebidos pela graça de Deus. Este é o significado da ação corajosa de Jesus. Esse foi o papel que Ele escolheu desempenhar. Esse foi o plano que ele se dispôs a cumprir. Jesus Cristo assumiu a posição mais corajosa da história a favor dos pecadores. E, nunca se esqueça do seguinte, Ele fez tudo isso por amor! Você compreende que ao estar de braços abertos na cruz Jesus aos poucos foi ficando sem ar? O peso de Seu próprio corpo suspenso tornava a respiração difícil. Ele teve que se firmar sobre os pés, os pés que tinham sido cravados na madeira, para poder conseguir respirar. Era uma agonia toda vez que ele precisava respirar. Mas Jesus permaneceu firme. Ele agüentou firme até dizer ao ladrão arrependido, "Você estará comigo no paraíso" (Lucas 23:43). Ele firmou os pés contra aqueles pregos, para poder dizer aquelas palavras. Jesus permaneceu firme até dirigir-se à sua mãe, curvada ao pé da cruz. Ele olhou para o discípulo, João, que estava próximo dela, e disse à Sua mãe, "Mulher, eis aí teu filho" (João 19:26). Jesus permaneceu firme até dizer, "Pai, perdoa-lhes" (Lucas 23:34). Jesus permaneceu firme até poder dizer, "Está consumado" (João 19:30). Jesus permaneceu firme até o fim. E ele enfrentou tudo isso por você e por mim. Você compreende o significado do que Jesus fez naquela cruz no passado? Você compreende porque este acontecimento é tão significativo para nós? O salvador quer muito que cada um de nós esteja com Ele no paraíso. Ele quer muito que cada um de nós experimente o perdão do Pai. Então, precisamos fazer alguma coisa em resposta à corajosa ação de Cristo. A morte de Cristo na cruz mostra que ele nos ama. Seus braços abertos são um convite para que o aceitemos. A cruz torna a nossa fraqueza, a nossa necessidade, muito clara. Ela expõe o pecado em termos muito claros. E as pessoas, instintivamente não querem ver isso. Nós queremos expor uma bela aparência. Nós queremos acreditar que somos bons. Mas para sermos beneficiados pela cruz de Cristo, precisamos reconhecer a nossa separação de Deus. Precisamos aceitar o fato de que Ele assumiu o nosso lugar. Precisamos da Sua vida justa para encobrir a nossa vida injusta. Eu lhe convido a vir a Cristo agora. Eu lhe convido a vir até a cruz onde Cristo morreu pelos ímpios. Ali você vai encontrar perdão. Ali você vai encontrar aceitação. Existe algum pecado em sua vida, existe alguma culpa em sua vida? Você, às vezes, sente a condenação de uma consciência que lhe diz que você não está vivendo em harmonia com a vontade de Deus? Venha agora para Cristo. Aceite a sua misericórdia e perdão.

 

FOI POR VOCÊ TAMBÉM Letra e Música: Williams Costa Jr. Foi por você também. Foi por você também, Que Jesus Se entregou. Veja os cravos a rasgar Suas mãos e pés sem par. Foi por você também Que Jesus Se entregou. Foi por você também. Foi por você também Que o Mestre agonizou Veja o sangue de Jesus Deslizando sobre a cruz Foi por você também Que o Mestre agonizou. Foi por você também. Foi por você também Que Jesus mostrou amor. Padeceu sem merecer E sofreu até morrer. Foi por você também Que Jesus mostrou amor. Foi por você também. Que Jesus mostrou amor. Gravado por Sonete no CD "Foi Por Você Também, pelo SISAC

 

ORAÇÃO: Querido Pai, muito obrigado pela coragem de Jesus no Calvário. Obrigado por Ele permaneceu firme até o fim. Obrigado porque Ele tomou o nosso lugar. Precisamos do Seu perdão. Precisamos da Sua justiça. Olhando para a cruz reconhecemos nossa culpa, nossa imperfeição, nossa fraqueza. Obrigado por nos receberes em Teus braços de amor. Obrigado por Teu perdão. Agradecemos em nome de Jesus. Amém.

 

 

 

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